sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

EVANGELHO DO DIA 10 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Lucas 5,12-16. 
Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero, fica curado». E imediatamente a lepra o deixou. Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para O ouvirem e serem curados dos seus males. Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para orar. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Afonso-Maria de Ligório 
(1696-1787) bispo, doutor da Igreja 
1.º Discurso para a novena de Natal 
«Jesus estendeu a mão e tocou-lhe» 
«Ao entrar no mundo, Cristo disse: “Tu não quiseste sacrifícios nem oferendas, mas preparaste-Me um corpo. Então, Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade”» (Heb 10,5-7; Sl 40,7-9). Será verdade que, para nos salvar da nossa miséria [...] e para conquistar o nosso amor, Deus quis fazer-Se homem? De tal maneira é verdade que é artigo de fé: «E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos Céus [...] e Se fez homem» (Credo) [...]. Sim, Deus procedeu deste modo para Se fazer amar por nós. [...] Quis assim manifestar-nos a grandeza do seu amor: «Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens» (Tt 2,11). O homem não Me ama, parece ter dito o Senhor, porque não Me vê. Vou tornar-Me visível, conversar com ele, e assim far-Me-ei seguramente amar. «Depois disto, ela [a sabedoria do Senhor] apareceu sobre a Terra e permaneceu entre os homens» (Br 3,38). O amor de Deus pelo homem é imenso, imenso e para toda a eternidade: «Amei-te com um amor eterno. Por isso, dilatei a minha misericórdia para contigo» (Jer 31,3). Mas nós não tínhamos visto ainda como é grande, incompreensível; quando o Filho de Deus Se fez contemplar na forma de uma criança deitada nas palhas de um estábulo, tal amor manifestou-se-nos verdadeiramente: «manifestou-se a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens» (Tt 3,4). «A criação do mundo», observa São Bernardo, «fez brilhar o poder de Deus, a governação do mundo, a sua sabedoria; mas a encarnação do Verbo fez resplandecer a sua misericórdia aos olhos de todos» [...]. «Ao desprezar a Deus», faz notar São Fulgêncio, «o homem separou-se dele para sempre; e como o homem já não podia regressar a Deus, Deus dignou-Se a vir ao seu encontro na Terra». Já dissera Santo Agostinho: «Nós não podíamos ir ao médico; por isso, o médico teve a bondade de vir até nós».

Nenhum comentário:

Postar um comentário