O Padre Maximiliano Kolbe nasceu em Zdunska Wola (Polônia) a 8 de janeiro de 1894. Sua família era extremamente pobre, mas profundamente devota. Ele, porém, comportava-se de forma buliçosa, turbulenta, até o dia em que a mãe escreveu-lhe as seguintes palavras:
-"Meu pobre menino, o que será de você?".
Esta pergunta o deixou preocupado. A seguir, um fato extraordinário e fundamental aconteceu, conforme relatou ele para a mãe: "Eu rezei muito para a Virgem Santíssima pedindo que me dissesse o que seria do meu futuro. Então, ela me apareceu com duas coroas nas mãos: uma branca, a outra vermelha. Olhando-me, amorosamente, ela me perguntou qual das duas eu ia querer.
-"Eu aceitei as duas!"
Franciscano conventual desde 1907, fundou a Milícia da Imaculada em 1917, associação destinada ao apostolado católico e mariano. Instalou uma tipografia e editou a revista mariana Cavaleiro da Imaculada, que alcançou a significativa tiragem de um milhão de exemplares. Chegou a instalar uma emissora de rádio e a estender suas atividades apostólicas até o Japão: entre 1930 e 1936 foi missionário em Nagasaki. Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos judeus refugiados. Em1941, foi preso pela Gestapo, junto com outros quatro frades - pois os nazistas temiam a sua influência na Polônia -, e levado para a prisão de Pawiak, em Varsóvia. Lá, foi violentamente espancado por ser religioso e padre. Depois Maximiliano é transferido para o campo de concentração de Auschwitz. No dia 14 de agosto de 1941, ele ofereceu a sua vida para salvar a de um companheiro do campo. Trancado com outros dez, numa cela onde morreriam todos de fome, após 14 dias passados em oração, ainda foi encontrado com vida pelos carcereiros que o mataram com uma injeção de ácido fênico. Seu corpo foi cremado e suas cinzas espalhadas pelo campo, misturando-se às cinzas de quase três milhões de vítimas do ódio nazista contra a humanidade.
Foi em 1941, no auge da perseguição nazista contra judeus, padres e freiras. P. Maximiliano é um dos presos porque pregou contra o regime. Os prisioneiros eram divididos em pelotões de 100 para facilitar o controle. Mas um do grupo do Pe. Maximiliano fugiu e não foi encontrado. Conforme a lei que vigorava no campo de trabalhos forçados, se um prisioneiro fugisse, dez ou mais companheiros do pelotão a que pertencia, deveriam morrer de fome e sede na cela da morte. Pe. Maximiliano escapou do sorteio fatídico. Mas um deles começou a chorar convulsivamente: “E agora, o que vai ser da minha esposa e dos meus filhos!”Maximiliano ouviu o choro e os lamentos do companheiro, condoeu-se dele e... se ofereceu para pegar seu lugar. A troca foi aceita. Logo em seguida os condenados foram trancafiados na cela da morte, de onde seriam retirados só depois de mortos.Frei Maximiliano agüentou duas semanas na cela da morte, confortando seus companheiros de cela, reduzidos a pele e osso. Ele foi o penúltimo. Uma injeção mortal aplicada por um profissional do campo de concentração, pôs fim à vida do mártir da caridade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Venerável Padre Pelágio CSsR
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