O titular da Congregação
Redentorista é o Santíssimo Redentor. Por cair durante o período de férias...
já sabemos o destino. Não é o patrono, pois este é a Imaculada Conceição. Por
que a festa é celebrada no terceiro domingo de julho? Não foi a Congregação que
inventou essa festa. Ela foi fundada como Instituto do Santíssimo Salvador cuja
festa é nove de novembro, dia de sua fundação. E o Santíssimo Redentor? Pelas
informações sabemos que a festa provém de Veneza, e é celebrada nesses dias com
grandiosos festejos populares. Houve uma epidemia entre 1575 e 1577 que matou
um terço da população. A doença era a peste negra – bubônica ou pulmonar. Não era
a primeira que sofriam. Provinha do rato negro. Com a súplica ao Santíssimo
Redentor, foram libertados desse mal em 1576. Os Doges, chefes da cidade,
mandaram construir a Igreja do Santíssimo Redentor, em ação de graças, e
instituíram a festa nesse terceiro domingo. Por isso celebramos nesse dia. A
Igreja comumente é chamada de Redentor, na ilha da Giudecca. A festa envolve
toda a cidade numa grande participação, sobretudo para os fogos de artifício da
meia noite. Como o Redentor é o titular da Congregação, toma-se dessa festa
também o caráter de salvação de todos os males e a característica alegre da
redenção. O nome da Congregação, inicialmente era Instituto do Santíssimo
Salvador. Por haver outra congregação com esse nome, os cônegos do Santíssimo
Salvador da Basílica de Latrão, tivemos que mudar de nome, não de missão.
2065. Um Redentor de todos
Proclamamos “Copiosa Apud Eum
Redemptio”. Numa tradução menos literal dizemos: Jesus é a abundante Redenção.
A tradução junto dele é abundante
redenção não parece correta. Se está junto, não está Nele. Ele é a Graça. A
teologia da redenção não se reduz a cura de males espirituais, redenção de
pecados, mas de todos os males. É verdade que os pecados são fonte dos males do
mundo. Por isso a Redenção atinge todos os males. A natureza não tem pecado e
paga por eles, como lemos em Romanos 8,20-22. Pela redenção a natureza como
também todas as pessoas se redimem. As Constituições Redentoristas dizem: “O
anúncio do Evangelho Redenção visa e maneira especial a Copiosa Redenção que
atinge o homem todo e aperfeiçoa e transfigura os valores humanos” (Cc 6). Tudo
que se refere ao ser humano, homem e mulher, em todas as etapas e fases, deve
ser transfigurado pelo Evangelho da Redenção. O Redentor em seu mistério é o
centro da vida de todos os cristãos. Os redentoristas e todos os que amam o
Redentor, escolhem a pessoa de Cristo como centro da própria vida. “Assim, no
coração da comunidade, para formá-la e sustentá-la, está presente o próprio
Redentor e seu Espírito de amor” (Cc 23).
2066. Redenção do mundo
Aqui entra uma questão muito séria:
Que tipo de espiritualidade nós temos? Está baseada em Jesus ou desfiguramos
seu rosto? Que tipo de pastoral nós implantamos? Só na sacristia ou saímos em
busca dos mais abandonados. Vivemos
espiritualismo ou espiritualidade evangélica? Nessa festa, convém repensar
nossa opção por Jesus Cristo, como Maria o fez. Sem uma profunda
espiritualidade do Redentor não conseguiremos continuar sua missão, com sua
mentalidade. A opção pelo Redentor traz a opção pelos redimidos. Na verdade o
Redentor age através de nós. Por isso, somente depois que assumimos o Redentor
como centro de nossa vida podemos nos dedicar aos redimidos.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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