sexta-feira, 15 de junho de 2018

EVANGELHO DO DIA 15 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 5,27-32. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não cometerás adultério". Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teus olhos do que todo o corpo ser lançado na geena. E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor que se perca um só dos teus membros do que todo o corpo ser lançado na geena. Também foi dito: "Quem repudiar sua mulher dê-lhe certidão de repúdio". Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em caso de união ilegítima, expõe-na ao adultério. E quem se casar com uma repudiada comete adultério.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Paulo VI (1897-1978) papa de 1963 a 1978 
Encíclica «Humanae vitae», 8-9 
«Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27) 
O amor conjugal exprime a sua verdadeira natureza e nobreza quando se considera a sua fonte suprema, Deus, que é Amor. [...] O matrimónio não é, portanto, fruto do acaso, ou produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação pessoal recíproca, [...] os esposos tendem para a comunhão do seu ser, com vista a um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas. Depois, para os batizados, o matrimónio revela a dignidade de sinal sacramental da graça, enquanto representa a união de Cristo com a Igreja (Ef 5,32). A esta luz, aparecem-nos claramente as notas características do amor conjugal. [...] É, antes de mais, um amor plenamente humano, quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, um ato da vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as dores da vida quotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem a sua perfeição humana. É, depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, sentindo-se feliz por poder enriquecê-lo com o dom de si próprio. É, ainda, um amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo matrimonial. [...] É, finalmente, um amor fecundo, que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas.

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