PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR |
Num bairro a 3 km. de Ipati, num pequeno sítio, morava João Ferreira pai de numerosa família. Casal trabalhador e caridoso ao extremo. À hora do almoço a menina Joana arrumava a mesa, colocando sempre dois pratos a mais, para algum pobre que chegasse. Eram “os pratos de Cristo” como diziam.
Um dia o farmacêutico do bairro veio trazer uma triste noticia: Morrera a viúva dona Melânia, deixando oito órfãos. Luto e tristeza na casa. João e a esposa dona Ana foram tomar providencias. Após consolar a todos, o casal resolveu pegar dois dos meninos:
- Quem tem 12, pode criar mais dois – disse a esposa.
E João acrescentou:
- Leve a menina maior para cuidar dos dois.
O vigário mandou entregar dois orfãozinhos para sua mãe, e os outros três foram logo adotados.
Pouco tempo depois chegou o juiz da comarca a fim de conhecer esse casal tão prestimoso. Fez questão de pegar um dos “pratos de Cristo”. Após o almoço deixou um relógio de ouro como presente.Ao nascer Guilhermino, o 13º filho, o juiz fez questão de ser o compadre de batismo. Depois do batizado, foi com o padre vigário até a casa e mandou João assinar uns papéis. Era a escritura de dois terrenos que estava recebendo como presente e recompensa pelas suas boas obras. Dona Maria, esposa do juiz, repetiu mais uma vez:
- Quem dá aos pobres empresta a Deus.
Lição para a vida - Todos os fiéis viviam unidos e colocavam tudo em comum (At 2,44).
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