Evangelho segundo S. Mateus 19,27-29.
Naquele
tempo, disse Pedro a Jesus: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa
teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando
o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me
seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou
terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a
vida eterna».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Pio XII (1876-1958), papa
Encíclica «Fulgens radiatur», de 21/3/1947
A Europa civilizada e evangelizada pelos filhos de São
Bento
À marcha das legiões romanas, que rolavam
pelas vias consulares a fim de subjugarem ao império de Roma os povos distantes,
sucedeu, com efeito, o exército pacífico dos monges, desprovidos de forças
materiais, mas armados do poder que vem de Deus (2Cor 10,4), enviados pelo sumos
pontífice a dilatar o reinado de Jesus Cristo até aos confins da terra, não com
a espada e o pavor do saque e da carnificina, mas com a cruz e o arado, com o
amor e a verdade.
Onde quer que chegasse este exército inerme de
agricultores, de artistas, de teólogos, de sábios, de pregoeiros do Evangelho,
marcava bem fundo o rastro das suas pisadas, em oficinas que se erguiam, alegres
de arte e de trabalho, em relhas que se multiplicavam, desabrochando o seio das
florestas na promessa verde dos campos, em novos grupos de povos civilizados,
arrancados aos costumes da selva pelo exemplo e pregação dos monges. Apóstolos
sem-conta calcorrearam, transbordantes de caridade divina, as regiões
turbulentas e ignoradas da Europa, regando-as, generosamente, de suor e de
sangue, levando às populações pacíficas a luz das verdades e da moral cristã.
[…]
Com efeito, desde a Inglaterra, a França, a Holanda, a Alemanha, a
Dinamarca, a Frísia, a Escandinávia, até a Hungria, nenhum povo há que se não
orgulhe do apostolado dos monges, os não considere como glória nacional e
ilustres iniciadores da sua cultura.
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