quando São Pedro a batizou, em Roma.
Sofreu pouco depois o martírio,
por não ter sacrificado aos deuses pagãos.
É considerada a primeira mártir do Ocidente.
Século III
Ela sofreu o martírio sob Cláudio II, no século III, foi enterrada na Via Ostiense e mudou-se para o Aventino. É provável que ela tenha sido a fundadora de uma antiga igreja no Aventino. Tudo o que é dito sobre ela são lendas, e as informações que temos são contraditórias e nos remetem a três pessoas diferentes.
Etimologia: Prisca = primitivo, de outra época, do latim
Emblema: Palma de Maiorca
Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de Santa Prisca, em cujo nome uma basílica no Aventino é dedicada a Deus.
É difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, uma vez que as várias notícias sobre ela provavelmente se referem a três pessoas diferentes. A celebração de hoje, no entanto, quer homenagear a fundadora da igreja titular no Aventino, à qual se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo fora dos muros. A igreja antiga, querida por aqueles que gostam de redescobrir os cantos intactos da Roma antiga, na sombra discreta e repousante de suas naves, ergue-se sobre as fundações de uma grande casa romana do século II, como recentes escavações arqueológicas provaram.
Mas a Acta S. Priscae, que fixou seu martírio sob Cláudio II (268-270) e seu enterro na Via Ostiense, de onde seu corpo seria então levado para o Aventino, não têm títulos de credibilidade maiores do que a lenda evocativa, que coloca Santa Prisca na época em que São Pedro realizou seu trabalho missionário em Roma.
Segundo esta lenda, a santa teria sido baptizada aos treze anos pelo próprio Príncipe dos Apóstolos e teria coroado o seu amor por Cristo com a palma do martírio, estabelecendo ao mesmo tempo um primado, também sugerido pelo nome romano, que significa "antes": ela teria sido, de facto, a primeira mulher no Ocidente a testemunhar com martírio a sua fé em Cristo. O protomártir romano teria sido decapitado durante a perseguição de Cláudio, em meados do primeiro século. O corpo da jovem foi enterrado, sempre de acordo com essa tradição, nas catacumbas de Priscila, a mais antiga de Roma.
No século VIII, o mártir romano começou a ser identificado com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: "Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo dar graças não só a todas as igrejas dos gentios» (Rm 16, 3). Assim começou a falar do "titulus Aquilae et Priscae", modificando o título primitivo do qual já conhecemos no sínodo romano de 499. O título cardinalício com que foi homenageada a igreja de S. Prisca, hoje santa hoje quase esquecida pelos calendários, testemunha a devoção que desde os primeiros séculos de vida cristã recebeu estas "primícias" do humilde pescador da Galileia. A igreja de S. Prisca, construída no local de uma casa romana que, segundo a lenda, teria acolhido São Pedro, preserva na cripta um capitel oco, usado pelo próprio apóstolo, para baptizar catecúmenos.
Autor: Piero Bargellini
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