Imperatriz da Germânia e grande protectora
da abadia de Cluny (França).
Santa Adelaide nasceu no castelo de Orb cerca de 931 e era filha de Rodolfo II, rei de Borgonha de 912 a 937. Quando contava 16 anos, uma década após a morte de seu pai, Santa Adelaide casou-se com o Rei da Itália, Lotário II, filho do rei de Provença, Hugo de Arles, que morreu ainda bastante jovem. Quando isso aconteceu, o seu inimigo, Berengario III, apoderou-se de toda a Lombardia, fazendo Adelaide prisioneira num castelo do lago de Garda, na Suíça, onde a santa sofreu muitas injúrias.
Quando Santa Adelaide se conseguiu libertar, enviou a Otto I, rei da Alemanha, um pedido de ajuda e justiça. Este aceitou seu pedido, além de se apaixonar pela donzela, com a qual se casou no dia de Natal de 951.
Otto I, fundador do Santo Império romano germânico, reinou durante trinta e seis anos e foi sucedido, em 973, por Otto II, que era casado com uma mulher colérica e caprichosa, Teofânia, de origem grega. Influenciado por esta, Otto II desterrou sua mãe que foi refugiar-se na Borgonha, na abadia de Cluny, onde encontrou reconforto e bondade junto do Abade Odilon. Após a morte de Otto II, Teofânia foi quem sucedeu o trono, mas por pouco tempo, pois morreria em 991. Adelaide viu-se então no dever de governar — o que fez durante três anos —, tendo sido considerada por seu povo uma mulher bondosa e generosa. Santa Adelaide é conhecida por ter sido fundadora de diversas casas religiosas e ter convertido inúmeros infiéis.
Antes de morrer, pode novamente encontrar-se com o Abade Odilon de Cluny — que será mais tarde o seu biógrafo — na igreja de São Martinho de Tours.
Cheia de anos e de santidade, Adelaide morreu no dia 16 de Dezembro de 999, no convento de Seltz, perto de Estrasburgo, que ela mesma tinha fundado em 987. Os seus restos mortais ali repousam, desde então.
Afonso Rocha
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