sexta-feira, 15 de abril de 2022

15 DE ABRIL: SANTO MÁRTIR SOUKIAS E SEUS COMPANHEIROS: LUCIAN, POLYEUCTO, QUADRATO, ANTÍOCO, IKSORON, MEMAS, FOCAS, SÉRGIO, DOMÉCIO, ADRIAN, ZÓSIMO, VICTOR, THALKISE, JORDÃO, ANASTÁSIO, TEODORO, JACQUES E HEODOSE, NA ARMÊNIA

São Soukias e seus companheiros eram de famílias reais e serviam ao rei Artas da Armênia. Quando São Voskeank, discípulo do apóstolo São Judas Tadeu, chegou à Armênia para pregar o Evangelho, eles não só acolheram a Boa Nova como também foram batizados por ele. Quando a rainha Sathenik tomou conhecimento do fato, proibiu o acesso do missionário ao palácio. Atemorizado, São Voskeank fugiu e os seus novos discípulos seguiram-no. Mas, logo foram alcançados pelos oficiais que tentaram, em vão, persuadi-los a retornar ao palácio. Soukias e seus companheiros disseram que queriam permanecer unidos, independente do que pudesse acontecer a seu pai espiritual. Voskeank então foi submetido ao martírio, mas não ousaram tocar nos príncipes que, em seguida, encontraram refúgio no Monte Zrabash que mais tarde, em homenagem ao santo, passou a se chamar Soukavet. Durante quarenta e quatro anos viveram neste lugar uma vida de rigorosa ascese, vestido pela Providência Divina com uma espessa camada de pelos e comendo o que encontravam na natureza. Nunca foram tomados por enfermidades, vivendo angelicalmente, em contínua oração. Após a morte do rei (c. 130), seu sucessor tomou conhecimento dos príncipes de seu reino haviam desistido de tudo e se convertido à fé cristã. Enviou então uma expedição militar em ao encontro deles. Quando os encontraram nas montanhas, cobertos de pêlos, os soldados custaram crer que fossem mesmo criaturas humanas. Interrogado pelo comandante, Soukias respondeu que havia fugido do mundo para poder viver em paz e dedicar sua vida a Deus, colocando toda a sua esperança na Providência Divina quanto às necessidades do corpo. O oficial prometeu-lhes então que, se voltassem ao palácio real, teriam assegurada uma vida tranqüila e prazerosa. Os santos responderam: «Somos servos de Deus e perdeis vosso tempo com tal abordagem. Por nada nos faríamos estranhos ao Senhor!» ─ Mas vós trocais vossa nobreza e vossa liberdade por uma religião de escravos e adorais um crucificado?», perguntou-lhes o oficial. ─ «Sim, o Crucifixado é o nosso Cristo e o nosso Deus. E se compreendesses isso, farias o mesmo, pois a recompensa que Ele dá é a vida eterna!» Vendo que era impossível convencê-los, o oficial os livrou do suplício, decapitando-os logo. Os Santos Jacques e Teodósio, que haviam conseguido antes escapar, sepultaram depois os corpos de seus companheiros e permaneceram depois no local para prosseguir com suas vidas de ascetismo. Entre os peregrinos que vinham venerar as relíquias dos Santos Mártires, alguns se juntaram a eles formando uma grande fraternidade. No final do século III, São Gregório, o Iluminador fundou neste local uma igreja e um monastério.) 
Trad.: Pe. André Sperandio

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