quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

EVANGELHO DO DIA 8 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 6,45-52. 
Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão. Depois de os ter despedido, foi orar para o monte. Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra. Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar; e fez menção de passar adiante. Mas, vendo-O andar sobre o mar, julgaram que fosse um fantasma e começaram a gritar, pois todos O viram e se assustaram. Mas Ele logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!» A seguir, subiu para o barco, para junto deles, e o vento amainou. E sentiram um enorme espanto, pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães: tinham o coração endurecido. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Sales(1567-1622) 
bispo de Genebra, doutor da Igreja 
Cartas 
«Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!» 
Todas as embarcações têm uma bússola marítima, cuja agulha magnética aponta a direção da estrela polar; ainda que a barca siga para Sul, a bússola nunca deixa de indicar o Norte. Do mesmo modo, que o fino ponteiro do espírito indique sempre a direção de Deus, que é o seu Norte [...]. Ides para o mar alto deste mundo; não mudeis de mestre, nem de mastro, nem de vela, âncora ou vento. Tende sempre Jesus Cristo por mestre e a sua cruz por mastro, nela pondo as vossas resoluções, como quem as estende numa vela; que a vossa âncora seja uma profunda confiança nele, e ide em boa hora. Queira o vento propício das inspirações celestes enfunar as velas do vosso barco, mantendo-as sempre pandas, e fazer-vos chegar, em felicidade, ao porto da santa eternidade [...]. Que no meio do desnorte tudo encontre o sentido certo; não o digo apenas relativamente ao que está ao redor de nós, mas ao que está em nós, quer a nossa alma esteja triste ou alegre, tranquila ou em amargura, serena ou em tribulação, na claridade ou nas trevas, em tentação ou em repouso, na alegria ou na dor, em secura ou em ternura, quer o sol a queime, quer o orvalho a refresque - que o ponteiro deste nosso coração, do nosso espírito, da nossa superior vontade, que é a nossa bússola, vele sempre e se guie, incessante e perpetuamente, pelo amor de Deus.

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