sábado, 11 de maio de 2019

EVANGELHO DO DIA 11 DE MAIO

Evangelho segundo São João 6,60-69. 
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?» Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou: «Por isso é que vos disse: ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?». Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa de Ávila(1515-1582) 
carmelita descalça, doutora da Igreja 
«Caminho de perfeição»,34/36 
«Nós acreditamos» 
Quem quiser que peça o pão material! Nós pedimos ao Pai eterno que mereçamos receber o nosso pão celeste com disposições tais que, se não tivermos a alegria de O contemplar com os olhos do corpo, de tal forma Ele Se esconde, que Ele Se revele pelo menos aos olhos da alma e Se manifeste a ela. É este um alimento inteiramente diferente, cheio de alegria e de delícias; ele é o sustento da vida. [...] Conheço uma pessoa a quem o Senhor deu uma fé tão forte, que quando ouvia alguém dizer que gostava de ter vivido na época em que Cristo, o nosso Bem, estava neste mundo, se ria consigo mesma. Dado que O possuímos, pensava ela, no Santo Sacramento de um modo tão verdadeiro como naquele tempo, que mais podemos desejar? [...] E deitava-se a seus pés; aí chorava em companhia de Maria Madalena, como se O tivesse visto com os olhos do corpo em casa do fariseu (Lc 7,36s). Mesmo quando não sentia devoção, a fé dizia-lhe que Ele estava verdadeiramente ali. Com efeito, seria preciso ser-se mais estúpido do que se é e cegar-se voluntariamente para sentir a menor dúvida quanto a isto. Não se trata aqui de um trabalho da imaginação, como quando pensamos no Senhor na cruz ou em qualquer outra circunstância da sua Paixão; aí representamos a coisa em nós mesmos, tal como ela se passou. Aqui, ela tem realmente lugar; é uma verdade certa, e não é necessário ir procurar o Senhor noutro sítio, bem longe de nós. Com efeito, sabemos que enquanto a matéria do pão não for consumida pelo calor natural do corpo, Jesus está em nós; consequentemente, aproximemo-nos d'Ele. Quando Ele estava neste mundo, o simples contacto das suas vestes curava os doentes; se temos fé, não podemos duvidar de que Ele continua a fazer milagres quando está tão intimamente unido a nós. Porque não há de dar-nos aquilo que Lhe pedimos, se está em nossa casa?

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