quinta-feira, 12 de julho de 2018

EVANGELHO DO DIA 11 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 10,7-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Boaventura (1221-1274) 
franciscano, doutor da Igreja 
Vida de São Francisco, Legenda major, cap. 3 
«Ide e proclamai que está próximo o reino dos céus» 
[O jovem] Francisco assistia devotamente à Missa em honra dos apóstolos; o Evangelho era aquele em que Jesus envia os seus discípulos a pregar e lhes ensina a maneira evangélica de viver: «Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado». Compreendendo e interiorizando este texto, ficou apaixonado por essa pobreza dos apóstolos e gritou, num transporte de alegria: «É isto que eu quero! É isto que desejo com toda a minha alma!» E, sem mais, tirou os sapatos, deixou cair o cajado, abandonou o alforje e o dinheiro como objetos dignos de repúdio, ficando apenas com a túnica, e deitou fora o cinto, que substituiu por uma corda: pôs todo o seu empenho em concretizar o que acabara de ouvir e quis conformar-se em tudo com esse código de perfeição, dado aos apóstolos. Um impulso comunicado por Deus levou-o, desde então, à conquista da perfeição evangélica e a uma campanha de penitência. Quando ele falava [...], as suas palavras, totalmente impregnadas pela força do Espírito Santo, penetravam até ao mais profundo dos corações e mergulhavam os ouvintes no espanto. Toda a sua pregação era um anúncio de paz, e ele começava cada um dos seus sermões com esta saudação ao povo: «Que o Senhor vos dê a paz!» «Foi uma revelação do Senhor que me ensinou esta fórmula», declarou mais tarde. [...] Falava-se cada vez mais do homem de Deus, dos seus ensinamentos simples e da sua vida, e alguns, vendo o seu exemplo e tocados por esse espírito de penitência, juntaram-se a ele e, deixando tudo e vestindo-se como ele, começaram a partilhar a sua vida.

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