sábado, 13 de fevereiro de 2021

BEATO JORDÃO DA SAXÔNIA, PRESBÍTERO DOMINICANO

«Recomendei-lhe a pobreza, a caridade e a humildade para que, por meio destas três virtudes, pudesse obter as verdadeiras riquezas, delícias e honras, com a ajuda daquele que é um forte suporte, Nosso Senhor Jesus Cristo» (Carta à Beata Diana de Andaluzia). "Viva honestamente, ame, ensine": assim Jordão resumia a sua regra de vida, que, depois, se tornou Regra dos Dominicanos, na esteira do seu Fundador, que queria que seus frades "se dedicassem à oração, ao ensino e à pregação". 
Vocação da pregação 
Natural de Vestefália, sabe-se pouco sobre a vida de Jordão ou Jordano até quando, em 1219, conheceu São Domingos em Paris: ele o escolheu como seu confessor e começou a estudar para o Diaconato. No ano seguinte, recebeu o hábito dominicano e, logo, se destacou pelas suas habilidades de oratória; iluminadas pelo amor da salvação das almas e pela mensagem do Evangelho, elas o colocam à vontade, tanto entre os pobres como entre os estudantes universitários. Frei Jordão viajou muito, mesmo depois de ser nomeado provincial da Lombardia: participou de Capítulos, mas, sobretudo, levou a todos a Palavra, durante 20 anos, até perder suas forças. A Ordem tão amada! 
A firme fé e a santa vida de Frei Jordão levaram muitas almas para a sua Ordem: o número dos frades passou de trezentos para quatro mil; as casas, de trinta para trezentas. Jordão trabalhou para publicar as primeiras Constituições Dominicanas, dando impulso às missões, à administração dos Sacramentos e tutelando o direito de sepultar os frades nas igrejas dominicanas. Esforçou-se para defender o caráter universal da Ordem e sua independência contra as interferências do clero local; graças a ele, as monjas Dominicanas também foram juridicamente inseridas na Ordem, segundo o expresso desejo do Fundador. 
Na esteira de São Domingos 
Frei Jacinto, o aluno favorito de São Domingos, foi escolhido como seu sucessor. De fato, ainda hoje, o Beato é o intérprete mais autêntico da espiritualidade do Fundador, especialmente dedicado à oração e à devoção a Maria. Com ele tinha também em comum a mansidão: corrigia seus irmãos com bondade, mais do que com o rigor e a disciplina; ele os ouvia, consolava, encorajava até mesmo por meio de cartas, quando não podia estar presente fisicamente. Trata-se de uma espiritualidade muito simples, composta da união com Deus e a imitação de Cristo e da aceitação das tribulações, como instrumento de purificação e meditação da Paixão de Jesus; ele nunca se descuidava da prática das virtudes cristãs e da sua doação a todos, especialmente aos amados pobres. De fato, dizia: "É melhor perder o saio religioso que a piedade". Ao se aproximar do fim da sua vida, conseguiu até ver a trasladação dos restos mortais de São Domingos para um sepulcro digno e, no ano seguinte, também a sua Canonização pelo Papa Gregório IX. 
O naufrágio em Acra 
O navio em que viajava, ao voltar de uma peregrinação à Terra Santa, naufragou em Acra, atual Akron. Ao saber da notícia, os frades da comunidade local foram imediatamente socorrê-lo, mas encontraram seu corpo inundado por uma cruz de luz e o sepultaram em sua igreja. No entanto, seus restos mortais foram dispersos após a invasão dos turcos. No dia da sua morte, a futura Santa Lugarda teve uma visão de Jordão no céu, entre os Apóstolos e os Profetas.

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