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| PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 53 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
João batizava para a purificação ritual-penitencial. Jesus batiza com o Espírito Santo – a água viva que lava o interior e nos fecunda, e nos mergulha na vida de Deus. Batizar significa mergulhar. A vida de cada um mede sua intensidade a partir de sua abertura à ação do Espírito Santo. Jesus, ao terminar sua missão, no alto da cruz, dando um grande brado, expirou, deu o Espírito. Do mesmo modo, Deus, no Paraíso, sopra sobre o homem e o faz alma vivente em hebraico. Agora, o faz ser espiritual, quer dizer que tem o mesmo hálito de vida que há em Deus. Depois da ressurreição Jesus sopra sobre apóstolos e diz “Recebei o Espírito Santo, a quem perdoardes os pecados...” O Espírito que recupera a vida.
O Espírito que movia Jesus.
O Espírito Santo repousa sobre Maria e ela concebe o Filho de Deus. É o Espírito quem dá vida ao seio de Maria. Jesus é concedido do Espírito Santo. Do mesmo modo é formado em nós o Cristo, por isso somos cristãos. Cristo vive em nós. Nesta formação somos feitos a sua imagem: temos seus sentimentos, sua mentalidade, seu jeito de ser. Somos uma imagem viva de Jesus. Se o seguimos, nossa vida se torna um evangelho vivo.
O Espírito leva Jesus ao deserto para ser tentado. Ele passa pela tentação, não só nesse momento, mas toda a vida. Amadurece na tentação, assim na última tentação, na morte, sai vencedor. Para nós também o Espírito infunde um espírito de luta contra o tentador. A tentação é boa porque podemos ser fiéis e fortalecer nossos músculos espirituais para as maiores batalhas. Ela nos ajudará a saber onde se acham os perigos e nos levará sempre à maior fidelidade. Nós temos o Espírito. Quando o mal nos cerca, basta deixarmo-nos tocar e guiar por Ele. Com o Espírito seremos sempre vencedores. Não entramos nesta batalha para perder.
Tomado pelo Espírito Jesus reza.
O Espírito que unge Jesus envia-o. Jesus em Nazaré lê o texto do profeta Isaias: “O Espírito do Senhor está sobre mim, por isso Ele me enviou...” Sua missão é de libertação (se Jesus voltasse a pregar a mesma coisa hoje, seria preso pelas autoridades civis e calado pelas religiosas). Se nossa religião não consistir em fazer o que Ele programa para si, não temos ainda a unção do Espírito. Unção não consiste em um sentimento, mas em uma atitude. Este é o seu programa, é o programa do cristão. Contudo, participaremos também de suas conseqüências. Já dissera: onde eu estiver aí estará o meu servo (na cruz). Se tomar as atitudes de Jesus é porque sou ungido: ser ungido não é ter ares de rei, mas ação de servo como Jesus.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JUNHO DE 2003
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