“O Filho do Pai...surgiu para nós... para dar a luz aos que estavam nas trevas e reunir os dispersos. Portanto, louvamos a gloriosa Teotókos”
A vida de São José, o Hinógrafo foi escrita por outro monge chamado Teófano, considerado seu discípulo e sucessor.
Segundo esse escrito, José teria nascido no ano 816 na Sicília de pais devotos cristãos, chamados Plotino e Ágata. Após a morte deles, e em virtude das invasões dos árabes, se refugiou com sua família na região sul da Grécia, em Tessalônica.
Com quinze anos de idade tomou o hábito monástico no mosteiro de Latomia. Ordenado presbítero rumou para Constantinopla onde viveu na igreja de Santo Antipa.
Era o período da iconoclastia, isto é, da crise que havia deflagrado uma luta no Oriente cristão sobre a possibilidade ou não da veneração às imagens: os iconoclastas defendiam a tese que as imagens não deveriam ser usadas, posto que davam margem à idolatria. É por esse motivo, que José será mandado à Roma para buscar o apoio do papa Gregório IV em favor da luta de seu grupo contra essa posição radical.
Infelizmente, o navio em que viajava foi assaltado por piratas árabes: além de não chegar à Roma, José foi conduzido até a ilha de Creta como escravo, onde os iconoclastas o mantiveram preso por seis anos.
Na manhã de Natal de 820, sexto ano de seu aprisionamento, o imperador Leão foi assassinado numa igreja enquanto assistia às Matinas. No mesmo momento, segundo a tradição cristã, São Nicolau teria aparecido para José na prisão e pedido para que ele cantasse em honra a Deus. Nicolau então teria lhe dito: "Levanta-te e siga-me!". José foi então imediatamente transportado para os portões de Constantinopla. De acordo com alguns relatos, porém, após ter escapado de Creta ele teria reiniciado a viagem para Roma, onde ele foi gentilmente recebido e só depois teria retornado para a capital imperial.
Ao retornar para Constantinopla decide viver como eremita; mais tarde fundará um mosteiro, será exilado e, finalmente, será nomeado custódio da grande igreja de Santa Sofia de Constantinopla. Teve uma produção de hinos sagrados que foram acolhidos na liturgia grega, por esse motivo recebeu o nome de “hinógrafo”.
Seus hinos ainda são cantados, não apenas nas Igrejas Ortodoxas, mas nas ocidentais também. Uma quantidade deles foi também adaptada na forma hinos populares protestantes.
Morreu no dia 3 de abril de 886.
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