terça-feira, 18 de julho de 2017

Santa Marina de Orense, Mártir - 18 de julho

         Sua vida está mesclada entre a realidade e a legenda.
     Nasceu em Balcagia, atual Bayona de Pontevedra na Galícia (Espanha), cerca do ano 119, sendo filha de Lucio Castelio Severo, governador romano de Gallaecia e Lusitania e de sua esposa Calsia, que deu à luz em um só parto a nove meninas enquanto seu esposo está fora, percorrendo seus domínios.
     Assustada com o fato, e temendo ser repudiada por infidelidade conjugal, Calsia decide desfazer-se das crianças e as entrega à sua fiel servidora Sila, ordenando que sob o maior segredo as atirasse no Rio Minho.
     Sila, cristã convicta, em vez de cometer crime tão horrível, as deixou em casas de famílias amigas e as crianças foram batizadas pelo bispo São Ovídio e criadas na fé católica.
     Chegou o momento em que elas tiveram que comparecer diante de seu próprio pai, acusadas de serem cristãs, o qual, ao saber que eram suas filhas, as convida a renunciar a Cristo para viver rodeada dos luxos e comodidades próprias ao seu nascimento.
     Ele as aprisionou tentando amedrontá-las, porém elas conseguem fugir do cárcere e se dispersam. Todas elas, entretanto, acabariam sendo mártires.
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     A devoção popular situa Liberada e Marina (irmãs) mártires na idade de 20 anos no dia 18 de janeiro de 139.
     A festa de Santa Liberada se celebra no dia 20 de julho, por ser a data em que suas relíquias foram transladadas da cidade de Sigüenza à Bayona galega no ano 1515. A festa de Santa Marina se celebra no dia 18 de julho.
     No local onde ela foi martirizada surgiram três mananciais de água. Zurbarán a representou vestida como uma grande dama.

A igreja de Sta Marina em Águas Claras

Santa Marina de Orense, Virgem e Mártir de Águas Santas
     O acesso à localidade de Santa Marina de Águas Santas se pode efetuar desde Orense pela N525 ou pela A52.
     As origens desta igreja estão ligadas à vida enigmática e legendária de Santa Marina, mártir do século II d.C., cujos restos se conservam em seu interior.
     São várias as legendas com diferentes versões, porem todas coincidem em que Marina, desde pequena, foi entregue à uma mulher cristã para que esta a criasse e nessa fé a menina foi educada. Por isto foi repudiada por seu pai. Quando adulta, tornou-se uma jovem formosa que Olíbrio, de um alto cargo romano, tentou seduzi-la sem êxito e também não conseguiu que ela abjurasse sua religião.
     Indignado, encerrou-a em um calabouço; depois mandou açoitá-la; mais tarde tentaram queimá-la, mas de todos estes tormentos ela se livrava milagrosamente.
     Finalmente, Olíbrio mandou decapitá-la. O local onde sua cabeça caiu brotou um manancial com propriedades curativas: Águas Santas. Na tradicional romaria que se celebra cada 18 de julho, os romeiros visitam a fonte.
     A devoção popular erigiu sucessivamente vários santuários em honra da santa. Na época pós constantiniana foi erguida uma pequena igreja em torno dos lugares santificados no martírio. Nos inícios da Reconquista, uma igreja mais ampla foi construída. Posteriormente, em fins do século XII, os cônegos regulares de Santo Agostinho começaram a igreja atual, porém não a concluíram. Os templários o fizeram no século XIII.

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