terça-feira, 18 de julho de 2017

EVANGELHO DO DIA 18 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 11,20-24.
Naquele tempo, começou Jesus a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem arrependido: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós. E tu, Cafarnaum, serás exaltada até ao céu? Até ao inferno é que descerás. Porque se em Sodoma se tivessem realizado os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje. Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para a terra de Sodoma do que para ti». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja 
Comentário sobre o profeta Joel; PL 25, 667 (trad. breviário rev.) 
Jesus chama as cidades da Galileia à conversão
«O Senhor é bom e misericordioso», preferindo à morte o arrependimento dos pecados (Jl 2,13). «Ele é paciente e rico em misericórdia»; não imita a impaciência dos homens, mas espera longamente o nosso arrependimento. «Está pronto a parar o mal» ou a arrepender-Se dele. Quer dizer que, se nos arrependermos dos nossos pecados, Ele mesmo Se arrependerá das suas ameaças e não nos infligirá os males com que nos ameaçara; se mudarmos de opinião, também Ele mudará. [...] 
No entanto, o profeta que acaba de dizer: «O Senhor é bom e misericordioso, paciente e rico em misericórdia, pronto a parar o mal ou a arrepender-Se dele» acrescenta, para que essa grande clemência não nos torne negligentes: «Quem sabe? Talvez Ele volte atrás, renuncie ao castigo e nos encha de bênçãos» (v. 14). Eu, diz ele, exorto-vos à penitência, e sei que a clemência de Deus é inexprimível. Como disse David: «Tem piedade de mim, meu Deus, na tua grande misericórdia, na abundância do teu perdão apaga os meus pecados» (Sl 50,3). Mas, porque nós não podemos conhecer a profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus (Rom 11,33), vou exprimir-me de forma mais ligeira, formularei apenas um desejo, dizendo: «Quem sabe se Deus não mudará de opinião e não perdoará?» Este «quem sabe» deve entender-se como designando uma coisa difícil. 

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