quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

EVANGELHO DO DIA 16 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Marcos 8,27-33.
Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem d’Ele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João da Cruz (1542-1591), 
carmelita descalço, doutor da Igreja 
Cântico Espiritual 
«Não compreendes as coisas de Deus»
A profundidade da sabedoria e da ciência de Deus é imensa, a tal ponto que a alma, ainda que numa certa medida lhe reconheça as maravilhas, pode sempre penetrar ainda mais longe. Perante estas riquezas incalculáveis, S. Paulo lançava este grito de admiração: «Oh profundidade dos tesouros da sabedoria e da ciência de Deus! Como são incompreensíveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos!» (Rom 11,33). 
A alma deseja ardentemente mergulhar cada dia mais nestas divinas profundezas, neste abismo imperscrutável dos juízos e dos caminhos de Deus; conhecê-los é um gozo inestimável que ultrapassa qualquer sentimento. [...] Oh! se se compreendesse como é impossível [...] possuir estes imensos tesouros sem passar pelo sofrimento! Com que ardor a alma desejaria a graça de sofrer a cruz! Com que consolação, com que alegria a acolheria para poder entrar nos segredos dessa sabedoria divina! [...] Porque a porta que introduz nos tesouros da sabedoria é tanto mais estreita (Mt 7,13) quanto não é outra senão a própria cruz. Um grande número de almas, é certo, aspira a gozar das delícias que ela nos dá; mas bem poucas há que desejem passar pela única porta que aí conduz. 

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