domingo, 19 de outubro de 2025

EVANGELHO DO DIA 19 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 18,1-8. 
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre, sem desanimar: «Em certa cidade, vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: "Faz-me justiça contra o meu adversário". Durante muito tempo, ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: "É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente"». E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo. E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a Terra?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João-Maria Vianney 
(1786-1859) 
Presbítero
Cura de Ars
Sermão para o 2.º domingo depois da Páscoa 
O dom da perseverança na oração 
A oração é absolutamente necessária para ter a felicidade de perseverar na graça de Deus depois de a ter recebido no sacramento da Penitência. Com a oração, podeis tudo, sois, por assim dizer, senhores da vontade de Deus, se me é permitido falar desta maneira; sem a oração nada podeis fazer, e tanto basta para vos mostrar a necessidade da oração. Todos os santos começaram a sua conversão pela oração e perseveraram pela oração; e todos os condenados se perderam pela sua negligência na oração. Portanto, a oração é absolutamente necessária para a perseverança. [...] Mas a oração de que vos falo, que é tão poderosa diante de Deus, que nos atrai tantas graças, que parece condicionar a vontade de Deus, que parece, por assim dizer, forçá-lo a conceder-nos o que Lhe pedimos, é uma oração feita numa espécie de desespero e de esperança. Chamo-lhe desespero considerando a nossa indignidade e o desprezo que temos tido por Deus e pelas suas graças, que nos faz reconhecer-nos indignos de aparecer diante dele e de ousar pedir-Lhe mais graças, nós que tantas graças recebemos e as pagámos com ingratidão; o que deve levar-nos a pensar, em cada momento da nossa vida, que a terra se vai abrir debaixo dos nossos pés. [...] Chamo-lhe esperança representando a grandeza da misericórdia de Deus, o desejo que Ele tem de nos tornar felizes, o que Ele fez para nos merecer o Céu. Animados por pensamento tão consolador, dirigir-nos-emos a Ele com grande confiança. [...] Eis, meus irmãos, a oração de que quero falar, que nos é absolutamente necessária para obter o perdão e o dom precioso da perseverança.

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