(+)Angera, Varese, 16 de agosto de 1376/1379
As fontes sobre ele são imprecisas e obscurecidas pela lenda. Em peregrinação a Roma, após doar todos os seus bens aos pobres, teria parado em Acquapendente, dedicando-se a cuidar das vítimas da peste e a realizar curas milagrosas que espalharam sua fama. Perambulando pela Itália central, dedicou-se a obras de caridade e assistência, promovendo conversões constantes. Diz-se que morreu na prisão, após ser preso perto de Angera por soldados sob suspeita de espionagem. Invocado no campo contra doenças do gado e desastres naturais, seu culto se espalhou extraordinariamente pelo norte da Itália, ligado em particular ao seu papel como protetor contra a peste. Gregório XIII introduziu o nome de Roque no Martirológio Romano e, sob o pontificado de Urbano VIII, a Congregação dos Ritos estabeleceu um Ofício e uma Missa específicos para as igrejas construídas em sua homenagem. Finalmente, em 1694, Inocêncio XII ordenou aos franciscanos que celebrassem a festa com um duplo rito maior, reforçado pela menção feita em 1547 por Paulo IV na Bula Cum a nobis de São Roco como membro da Ordem Terceira de São Francisco.
Padroeiro: Pacientes Infecciosos, Deficientes, Prisioneiros, Montpellier
Etimologia: Rocco = grande e forte, ou alto, do alemão
Emblema: Cão, Cruz no lado do coração, Anjo, Símbolos de peregrinos
Martirológio Romano: Na Lombardia, São Roque, originário de Montpellier, na França, adquiriu reputação de santidade com suas peregrinações piedosas pela Itália cuidando das vítimas da peste.
Apesar da grande popularidade de São Roque, as informações sobre sua vida são muito fragmentadas para compor uma biografia completa. No entanto, graças a uma extensa pesquisa, é possível esboçar um amplo perfil do nosso Santo, compilando uma série de informações essenciais sobre sua breve existência terrena. Entre as várias "correções" propostas às datas tradicionais (1295-1327), aquela que hoje parece mais consolidada foi se consolidando gradualmente: o Santo nasceu em Montpellier entre 1345 e 1350 e morreu em Voghera entre 1376 e 1379, muito jovem, com não mais de 32 anos. Segundo todas as biografias, seus pais, Jean e Libère De La Croix, eram um casal de virtudes cristãs exemplares, ricos e abastados, mas devotados a obras de caridade. Entristecidos pela perda de um filho, dirigiram orações constantes à Virgem Maria da antiga Igreja de Notre-Dame des Tables até obterem a graça solicitada. Segundo a devoção piedosa, o menino, chamado Rocco (de Rog ou Rotch), nasceu com uma cruz vermelha impressa no peito. Por volta dos vinte anos, perdeu os pais e decidiu seguir a Cristo até o fim: vendeu todos os seus bens, ingressou na Ordem Terceira Franciscana e, vestindo o hábito de peregrino, jurou ir a Roma para rezar nos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo. Seu cajado, manto, chapéu, cantil e concha eram seus adornos; a oração e a caridade, sua força; Jesus Cristo, sua alegria e santidade. É impossível reconstituir a rota que ele escolheu para chegar ao nosso país a partir da França: talvez pelos Alpes e depois em direção à Emília e à Úmbria, ou pela Riviera Francesa para descer da Ligúria até a costa do Tirreno. O certo é que, em julho de 1367, ele estava em Acquapendente, uma pequena cidade na província de Viterbo, onde, ignorando os conselhos daqueles que fugiam da peste, nosso Santo pediu para servir no hospital local, colocando-se a serviço de todos. Ao traçar o sinal da cruz sobre os doentes e invocar a Trindade de Deus para a cura das vítimas da peste, São Roque tornou-se um instrumento de Deus para curas milagrosas. São Roque permaneceu em Acquapendente por cerca de três meses até que a epidemia diminuísse, e então rumou para a Emília-Romanha, onde a doença se alastrava com mais violência, a fim de prestar assistência às infelizes vítimas da peste.
Sua chegada a Roma pode ser datada entre 1367 e o início de 1368, quando o Papa Urbano V havia retornado recentemente de Avignon. É inteiramente provável que nosso Santo tenha ido ao Hospital do Espírito Santo, e é aqui que se diz que ocorreu o milagre mais famoso de São Roque: a cura de um cardeal, liberto da peste após ter traçado o sinal da cruz em sua testa. Foi este cardeal que apresentou São Roque ao pontífice: o encontro com o Papa foi o momento culminante da estadia de São Roque em Roma. Sua partida de Roma ocorreu entre 1370 e 1371. Várias tradições indicam a presença do Santo em Rimini, Forlì, Cesena, Parma e Bolonha. O certo é que em julho de 1371 ele estava em Piacenza, no Hospital de Nossa Senhora de Belém. Lá, ele continuou seu trabalho de confortar e cuidar dos doentes, até descobrir que havia sido atingido pela peste. Por iniciativa própria, ou talvez expulso pelo povo, ele deixou a cidade e se refugiou em uma floresta perto de Sarmato, em uma cabana perto do rio Trebbia. Lá, um cão o encontrou e o salvou da fome, trazendo-lhe um pedaço de pão todos os dias, até que seu rico dono, seguindo-o, descobriu o refúgio do santo. O Deus poderoso e misericordioso não permitiu que o jovem peregrino morresse de peste, pois ele tinha que curar e aliviar o sofrimento de seu povo. Enquanto isso, em todos os lugares por onde Rocco passou e curou com o sinal da cruz, seu nome tornou-se famoso. Todos falavam do jovem peregrino que trouxe a caridade de Cristo e o poder milagroso de Deus. Após sua cura, São Rocco continuou sua jornada de volta à sua terra natal. As hipóteses antigas sobre os últimos anos da vida do santo são inverificáveis. A lenda diz que São Rocco morreu em Montpellier, para onde havia retornado, ou em Angera, no Lago Maggiore. O certo, porém, é que, a caminho de casa, ele se viu implicado nos complicados acontecimentos políticos da época: São Roque foi preso como suspeito e levado perante o governador em Voghera. Quando interrogado, para cumprir seu voto, recusou-se a revelar seu nome, dizendo apenas que era "um humilde servo de Jesus Cristo". Lançado na prisão, passou cinco anos lá, vivenciando essa nova provação como um "purgatório" para a expiação de seus pecados. À medida que a morte se aproximava, pediu ao carcereiro que lhe trouxesse um padre; então, alguns eventos milagrosos ocorreram, levando os presentes a notificar o governador. A notícia se espalhou rapidamente, mas quando a porta da cela foi reaberta, São Roque já estava morto: era 16 de agosto de um ano entre 1376 e 1379.
Antes de sua morte, o Santo havia recebido de Deus o dom de se tornar o intercessor de todas as vítimas da peste que invocassem seu nome. Esse nome foi descoberto pela mãe idosa do Governador ou por sua enfermeira, que, pelo detalhe da cruz vermelha em seu peito, o reconheceram como Roque de Montpellier. São Roque foi sepultado com todas as honras.
Em seu túmulo em Voghera, o culto ao jovem Roque, um peregrino de Montpellier, amigo dos pobres, dos atingidos pela peste e dos pobres, imediatamente começou a florescer.
O Concílio de Constança, em 1414, o invocou como santo para a libertação da epidemia de peste que se espalhara por lá durante as deliberações do concílio.
Desde 1999, a Associação Europeia dos Amigos de São Roque atua na Igreja de São Roque, em Roma, onde, por ordem do Papa Clemente VIII, uma notável relíquia do braço direito de São Roque é mantida desde 1575. Seu objetivo é difundir o culto e a devoção ao Santo da Caridade por meio de seu exemplo concreto de amor aos doentes e necessitados.
Além do centro romano, outros centros rocchianos são:
- a Arciconfraternita Scuola Grande di Venezia, que abriga seu corpo
; - o Santuário de São Roque em sua cidade natal, Montpellier
; - a Associação Internacional, também sediada em Montpellier e que reúne e conecta as várias associações nacionais
; - a Associação Nacional de São Roque Itália, sediada em Sarmato (PC), onde ocorreu o encontro com o cão
; - o Comitê Internacional de Estudos Rocchianos, sediado em Voghera (PV), cidade onde o culto começou.
Autor: Mons. Filippo Tucci, Primicerio Chiesa San Rocco - Roma
Nascido em Montpellier, França, por volta de 1350, Rocco (do alemão "grande e forte") encantou seus pais, que oraram fervorosamente à Virgem Maria por seu filho. A criança nasceu com uma cruz vermelha gravada no peito. Seu pai e sua mãe, ricos e nobres, cristãos e caridosos, ensinaram a Rocco a bondade de coração. Quando Rocco ficou órfão, aos vinte anos, decidiu seguir o Evangelho ao máximo. Vendeu seus bens, distribuiu-os aos pobres e ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Vestia-se como um peregrino, com uma capa, um chapéu de abas largas para se proteger do sol, um cajado com uma cabaça oca pendurada como garrafa d'água, uma concha para beber em fontes, botas e um rosário pendurado no cinto. Seu destino era Roma para visitar o túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo.
Naquela época, porém, a epidemia de peste assolava a Europa, matando mais de vinte milhões de pessoas. Durante sua jornada, Rocco parou em hospitais para cuidar dos doentes, abandonados por todos. Fortalecido por sua fé em Jesus e pelo sinal da cruz sobre os infectados, o jovem realizou milagres de cura, e sua fama se espalhou por todas as cidades que visitou: Acquapendente (Viterbo), Rimini, Forlì, Parma, Cesena e Bolonha. Chegando a Roma, curou um cardeal da peste, que, em gratidão, providenciou para que ele se encontrasse com o Papa.
No caminho para casa, Rocco ajudou muitas outras pessoas infectadas, até que ele próprio adoeceu em Piacenza. Para evitar ser um fardo, refugiou-se em uma floresta. Graças a um pequeno cão que lhe trazia um pedaço de pão todos os dias, Rocco sobreviveu. O nobre Gottardo, intrigado, seguiu seu cão um dia e, reconhecendo o peregrino doente como o famoso curandeiro Rocco, levou-o para sua casa e cuidou dele até que se recuperasse. O jovem se recuperou e retomou sua jornada para a França, mas foi preso em Voghera (Pavia) por ser considerado um criminoso. O peregrino não revelou sua verdadeira identidade porque, por humildade, havia prometido a si mesmo não explorar suas origens nobres. Ele passou cinco anos na prisão e, após sua morte, por volta de 1379, graças à cruz vermelha impressa em seu peito desde o nascimento, seus acusadores descobriram a verdade. Rocco foi homenageado com um funeral suntuoso, e seus restos mortais agora repousam em Veneza, na igreja que leva seu nome. Ele é o protetor de prisioneiros, inválidos, viajantes, peregrinos, farmacêuticos e pedreiros. Ele também protege o cinema, as casas, os joelhos e os cães. Ele é invocado contra epidemias, doenças contagiosas, cólera, desastres naturais e doenças animais.
Autora: Mariella Lentini
Poucas informações biográficas estão disponíveis.
São Roque nasceu em Montpellier entre 1345 e 1350 e morreu em Voghera entre 1376 e 1379, muito jovem, com não mais de trinta e dois anos. Segundo todas as biografias, seus pais, Jean e Libère De La Croix, eram um casal de virtudes cristãs exemplares, ricos e abastados, mas devotados a obras de caridade. Tristes pela perda de um filho, rezaram continuamente à Virgem Maria da antiga Igreja de Notre-Dame des Tables até obterem a graça solicitada. Segundo a piedosa devoção, o recém-nascido, que recebeu o nome de Roque (de Rog ou Rotch), nasceu com uma cruz vermelha impressa no peito. Por volta dos vinte anos, perdeu os pais e decidiu seguir a Cristo de corpo e alma: vendeu todos os seus bens, filiou-se à Ordem Terceira dos Franciscanos e, vestindo o hábito de peregrino, jurou ir a Roma para rezar nos túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo. Seu cajado, manto, chapéu, cantil e concha eram seus adornos; a oração e a caridade eram sua força.
Da França para a Itália
É impossível reconstruir a rota que ele escolheu para chegar ao nosso país a partir da França: talvez pelos Alpes e depois rumou para a Emília e a Úmbria, ou pela Riviera Francesa para descer da Ligúria até a costa do Tirreno. O certo é que em julho de 1367 ele estava em Acquapendente, uma pequena cidade na província de Viterbo, onde, ignorando os conselhos daqueles que fugiam da peste, nosso Santo pediu para servir no hospital local, oferecendo-se a todos. Ao fazer o sinal da cruz sobre os doentes e invocar a Trindade de Deus para a cura das vítimas da peste, São Roque tornou-se um instrumento de Deus para curas milagrosas. São Roque permaneceu em Acquapendente por cerca de três meses até que a epidemia diminuísse, e então seguiu para a Emília-Romanha, onde a doença se alastrava com mais violência, para prestar assistência às infelizes vítimas da peste.
O
Milagre de Roma
Sua chegada a Roma pode ser datada entre 1367 e o início de 1368, quando o Papa Urbano V havia retornado recentemente de Avignon. É inteiramente provável que nosso Santo tenha ido ao Hospital do Espírito Santo, e é aqui que se diz que ocorreu o milagre mais famoso de São Roque: a cura de um cardeal, liberto da peste após ter traçado o sinal da cruz em sua testa. Foi este cardeal que apresentou São Roque ao pontífice: o encontro com o Papa foi o momento culminante da estadia de São Roque em Roma. Sua partida de Roma ocorreu entre 1370 e 1371. Várias tradições indicam a presença do Santo em Rimini, Forlì, Cesena, Parma e Bolonha. O certo é que em julho de 1371 ele estava em Piacenza, no Hospital de Nossa Senhora de Belém. Lá, ele continuou seu trabalho de confortar e cuidar dos doentes, até descobrir que havia sido atingido pela peste. Por iniciativa própria, ou talvez expulso pelo povo, ele deixou a cidade e se refugiou em uma floresta perto de Sarmato, em uma cabana perto do rio Trebbia. Lá, um cão o encontrou e o salvou da fome, trazendo-lhe um pedaço de pão todos os dias, até que seu rico dono o seguiu e descobriu o refúgio do santo.
Na prisão em Voghera
A Providência impediu que o jovem peregrino morresse de peste, pois ele deveria curar e aliviar o sofrimento de seu povo. Enquanto isso, por onde Rocco passou e curou com o sinal da cruz, seu nome se tornou famoso. Todos falavam do jovem peregrino que trouxe a caridade de Cristo e o poder milagroso de Deus. Após sua cura, São Rocco continuou sua jornada de volta à sua terra natal. As hipóteses antigas sobre os últimos anos da vida do santo são inverificáveis. A lenda diz que São Rocco morreu em Montpellier, para onde havia retornado, ou em Angera, no Lago Maggiore. O certo, porém, é que, a caminho de casa, ele se viu implicado nos complicados acontecimentos políticos da época: São Roque foi preso como suspeito e levado perante o governador em Voghera. Quando interrogado, para cumprir seu voto, recusou-se a revelar seu nome, dizendo apenas que era "um humilde servo de Jesus Cristo". Preso, passou cinco anos ali, vivenciando essa nova provação como um "purgatório" para a expiação de seus pecados. À medida que a morte se aproximava, pediu ao carcereiro que lhe trouxesse um padre; então, alguns eventos milagrosos ocorreram, levando os presentes a notificar o governador. A notícia se espalhou rapidamente, mas quando a porta da cela foi reaberta, São Roque já estava morto: era 16 de agosto de um ano entre 1376 e 1379.
Padroeiro das vítimas da peste .
Antes de sua morte, o Santo havia recebido de Deus o dom de se tornar o intercessor de todas as vítimas da peste que invocassem seu nome. Esse nome foi descoberto pela mãe idosa do Governador ou por sua enfermeira, que, pelo detalhe da cruz vermelha em seu peito, o reconheceram como Roque de Montpellier. São Roque foi sepultado com todas as honras. Em seu túmulo em Voghera, o culto ao jovem Roque, um peregrino de Montpellier, amigo dos pobres, dos atingidos pela peste e dos pobres, imediatamente começou a florescer. O Concílio de Constança, em 1414, o invocou como santo para a libertação da epidemia de peste que se espalhara por lá durante as deliberações do concílio.
Fonte:
Família Cristã
Nenhum comentário:
Postar um comentário