Evangelho segundo São Lucas 10,38-42.
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1858-1916)
Eremita e missionário no Saara
Meditações sobre o Evangelho
Meu Deus, ensinai-me a encontrar
a minha alegria no vosso louvor!
É fácil perceber que o louvor é uma componente essencial do amor e, portanto, uma parte indispensável dos nossos deveres para com Deus. Mas há uma segunda razão pela qual devemos louvar a Deus: é que permitir que O louvemos é um favor incomparável da sua parte.
Pois não será o maior favor que podemos fazer a alguém permitir que essa pessoa nos diga, nos repita de todas as maneiras que nos ama? Dizer-lhe que o seu amor nos agrada não será quase o mesmo que dizer-lhe que também nós a amamos? Deus permite-nos estar a seus pés, murmurando interminavelmente palavras de admiração e de amor: que graça, que bondade, que felicidade! E que ingratidão seria desprezarmos semelhante favor! Estaríamos a desprezá-lo se não o aproveitássemos! E Deus não só nos permite esta felicidade das felicidades, como no-la ordena; Ele ordena-nos que Lhe digamos que O admiramos e amamos, e nós não respondemos a convite tão precioso e tão doce? Que ingratidão! Que indignidade! Que grosseria! Que monstruosidade!
Meu Senhor e meu Deus, ensinai-me a ter toda a minha alegria em Vos louvar, isto é, em Vos repetir sem cessar que sois infinitamente perfeito e que Vos amo infinitamente: «Delectare in Domino et dabit tibi petitiones tuas» (Sl 36,4), dissestes Vós. Ensinai-me a deleitar-me em Vós, na visão das vossas belezas infinitas, e no murmúrio amoroso e incessante dos vossos louvores a vossos pés! Santa Maria Madalena, alcançai-me a graça de louvar Nosso Senhor, o nosso Mestre comum, como Ele quer que eu O louve!
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