sexta-feira, 19 de maio de 2017

EVANGELHO DO DIA 19 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 15,12-17.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja 
Homilias sobre os evangelhos, n.º27; PL 76, 1204 
«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei»
Todas as palavras sagradas do Evangelho estão cheias de mandamentos do Senhor. Então, porque é que o Senhor diz que o amor é o seu mandamento? «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros». É que todos os mandamentos procedem exclusivamente do amor, todos os preceitos são apenas um, e assentam no fundamento único da caridade. Os ramos de uma árvore vêm da mesma raiz; de igual modo, todas as virtudes nascem exclusivamente da caridade. O ramo de uma boa obra não permanece verde quando esta se desliga da raiz da caridade. Os mandamentos do Senhor são pois múltiplos, e ao mesmo tempo são um só – múltiplos pela diversidade das suas obras, um na raiz do amor. 
Como manter este amor? O próprio Senhor o dá a entender: na maior parte dos preceitos do Evangelho, ordena aos seus amigos que se amem nele, e amem os seus inimigos por causa dele. Aquele que ama o seu amigo em Deus e o seu inimigo por causa de Deus possui a verdadeira caridade. 
Há homens que amam a sua família, mas só por causa dos sentimentos de afeto que nascem da ligação natural. [...] As palavras sagradas do Evangelho não fazem nenhuma recriminação a esses homens. Mas o que se atribui espontaneamente à natureza é uma coisa, o que se deve pela obediência à caridade é outra. Os homens de que tenho estado a falar amam sem dúvida o seu próximo [...], mas segundo a carne e não segundo o espírito. [...] Ao dizer: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros», o Senhor acrescentou imediatamente: «como Eu vos amei». Estas palavras significam claramente: «Amai pela mesma razão por que Eu vos tenho amado». 

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