terça-feira, 4 de novembro de 2025

EVANGELHO DO DIA 04 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,15-24. 
Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa: «Feliz de quem tomar parte no banquete do Reino de Deus». Respondeu-lhe Jesus: «Certo homem preparou um grande banquete e convidou muita gente. À hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: "Vinde, que está tudo pronto". Mas todos eles se foram desculpando. O primeiro disse: "Comprei um campo e preciso de ir vê-lo. Peço-te que me dispenses". Outro disse: "Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te que me dispenses". E outro disse: "Casei-me e por isso não posso ir". Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então, o dono da casa indignou-se e disse ao servo: "Vai depressa pelas praças e ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos". No fim, o servo disse: "Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda há lugar". O dono da casa disse então ao servo: "Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete"».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ambrósio 
(340-397) 
Bispo de Milão, doutor da Igreja 
Comentário ao Evangelho de Lucas,
 7, 200-203; SC 52 
«Obriga toda a gente a entrar, 
para que a minha casa fique cheia» 
Os convidados desculpam-se, embora o Reino não esteja fechado a ninguém que não se exclua a si próprio. Na sua bondade, o Senhor convida todos; só a nossa cobardia ou a nossa loucura nos afastam dele. Aqueles que preferem comprar um campo não têm lugar no Reino: no tempo de Noé, compradores e vendedores foram engolidos pelo dilúvio (cf Lc 17,26-28); o mesmo acontecerá a quem se desculpa porque acabou de se casar, pois está escrito: «Se alguém vier ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo» (Lc 14,26). Confrontado com o desprezo arrogante dos ricos, Cristo virou-Se para os gentios, e foi buscar bons e maus, para fazer crescer os bons e melhorar as disposições dos ímpios. Ele convida os pobres, os aleijados e os cegos, o que mostra que a deficiência física não exclui ninguém do Reino e que a imperfeição do pecado é curada pela misericórdia do Senhor. Ele manda procurar nas encruzilhadas dos caminhos, porque «a sabedoria clama nas ruas, eleva a sua voz nas praças» (Prov 1,20). Ele envia os servos às praças, para dizer aos pecadores que deixem o caminho largo e empreendam antes o caminho estreito que conduz à vida (cf Mt 7,13); envia-os às ruas e ao longo das cercas, porque os que avançam para os bens que hão de vir, sem serem retidos pelos bens do presente, comprometidos no caminho da boa vontade, são capazes de alcançar o Reino dos Céus; e também os que sabem distinguir o mal do bem, quer dizer, os que opõem o baluarte da fé às tentações do pecado.

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