sexta-feira, 28 de novembro de 2025

EVANGELHO DO DIA 28 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,29-33. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo aconteça. Passará o céu e a Terra, mas as minhas palavras não passarão». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes (185-253) 
Presbítero, teólogo 
Primeira homilia sobre o salmo 38
«O verão está próximo» 
«Senhor, dá-me a conhecer o meu fim 
e o número dos meus dias, para que 
veja como sou efémero» (Sl 38,5]. 
Se me permitisses conhecer o meu fim, diz o salmista, e se me desses a conhecer o número dos meus dias, poderia perceber o que me falta. Ou talvez ele queira indicar com estas palavras que todo o trabalho tem um fim. Por exemplo, o objetivo de um empreendimento de construção é fazer uma casa; a finalidade de um estaleiro naval é construir um barco capaz de triunfar sobre as vagas do mar e de suportar as investidas dos ventos; e o objetivo de cada profissão é algo semelhante, para cuja realização a própria profissão foi criada. Por isso, talvez haja também um certo objetivo na nossa vida e na existência do mundo, para o qual fazemos tudo o que fazemos na nossa vida, ou para o qual o próprio mundo foi criado ou subsiste. Também o apóstolo Paulo recorda esse objetivo quando diz: «Depois será o fim, quando Cristo entregar o Reino a Deus, seu Pai» (1Cor 15,24). É pois necessário que nos apressemos para essa meta, uma vez que o valor da obra é a razão pela qual fomos criados por Deus. Assim como o nosso organismo corporal é pequeno e reduzido quando nascemos e no entanto se desenvolve e tende para o limite do seu tamanho crescendo em idade; assim como a nossa alma recebe primeiramente uma linguagem balbuciante, que seguidamente se vai tornando mais clara, para chegar finalmente a uma forma de se exprimir perfeita e correta; assim também toda a nossa vida começa no presente, decerto balbuciante, entre os homens deste mundo e se conclui e chega ao seu auge nos Céus, perto de Deus. Por este motivo, o profeta deseja conhecer o fim para que foi criado; porque, olhando para o objetivo, examinando os seus dias e considerando a sua perfeição, vê o que lhe falta em relação a essa meta para a qual tende. É como se aqueles que saíram do Egito tivessem dito: «Senhor, dá-me a conhecer o meu fim», que é uma terra boa e uma terra santa, «e o número dos meus dias», quanto ainda me falta caminhar para chegar à terra santa que me foi prometida, «para que veja como sou efémero».

Nenhum comentário:

Postar um comentário