segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Santa Salaberga Abadessa Festa: 22 de setembro

(✝︎)Laon, França, 22 de setembro de 665
 
Martirológio Romano: Em Laon, na Nêustria, também na França, Santa Salaberga, abadessa, que se diz ter sido curada da cegueira por São Columbano e iniciada por ele no serviço de Deus. 
Salaberga nasceu perto de Laon em uma família muito ilustre e foi educada em casa com seus irmãos para evitar que ela fosse infectada pelos hereges Bonosiaci. Tão conhecida era a fama de seus pais Gondovino e Sarethruda, que o abade de Luxeuil Santo Eustácio quis visitá-los. Eles o apresentaram apenas a seus dois filhos Leudovino e Fulcru, explicando que eles tinham uma filhinha que sofria de metrorragia, causa de grande fraqueza. Na oração do santo Salaberga foi curado e pôde retomar os jogos e estudos. Uma bela adolescente com todas as graças, ela foi dada em casamento a um jovem de boa família, Richraen, que a deixou viúva depois de apenas dois meses. Por dois anos, vivendo de penitências e jejuns, ela meditou em fazer votos, mas seu pai, para agradar ao rei Dagoberto, casou-a com um de seus conselheiros, Blandino, que também se batizou por amor a Salaberga. Os dois viviam observando a lei de Deus, entre as obras hospitaleiras e as obras de caridade, mas era necessária uma peregrinação ao túmulo de São Remígio para obter o dom dos filhos. Assim nasceram Saretruda, Ebana, Anstrude, Eustácio e São Balduíno. A fama desfrutada pelo vizinho São Gualberto levou Salaberga a fundar um mosteiro de virgens na fronteira entre a Borgonha e a Austrásia, depois transferido para Laon para não ficar à mercê das guerras. Filhos e filhas das melhores famílias afluíam lá, atraídos pela reputação de bondade e caridade que cercava Salaberga. A ermida mudou de aparência, tornando-se um verdadeiro mosteiro com a regra da adoração perpétua. Logo havia trezentas freiras que se reuniam lá para rezar dia e noite. O marido da santa foi isolado em uma cela próxima, que rapidamente se transformou em um verdadeiro mosteiro masculino. Salaberga continuou a viver em santidade e começou a realizar milagres. No final de sua vida, seu filho Eustásio, que morreu prematuramente, apareceu para ela, anunciando que seu irmão Balduíno lhe daria grande honra. Salaberga morreu em sua cama, acalmando as brigas entre seus cunhados, em 22 de setembro de 665. Ela foi enterrada em seu mosteiro, dedicado a Nossa Senhora, então no século XII ela foi transferida para o mosteiro masculino dedicado a São João. O lado mais interessante de sua vida é que ela era abadessa de um mosteiro duplo feminino e masculino, sob a influência de monges irlandeses.
Autor: Don Fabio Arduino

Nenhum comentário:

Postar um comentário