quinta-feira, 31 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Ressuscitou ao terceiro dia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O Senhor ressuscitou...
 
Ao ouvirmos os discursos dos apóstolos depois de Pentecostes, sentimos o desejo ardente desses homens simples de transmitir a certeza da Ressurreição de Jesus. Eles afirmam com segurança: “Nós O vimos”, “Ele Se pôs no meio de nós”. Querem transmitir sua experiência de terem vivido com Ele uma normalidade de vida: “Nós que comemos e bebemos com Ele depois que ressuscitou dos mortos” (At 10,41). O vigor deste anúncio vem da certeza da experiência pessoal. Não se tratou de um defunto que voltou, mas alguém que morreu e passou à vida ressuscitada. Seu corpo não conheceu a corrupção. A morte não O dominou. Lázaro morreu e voltou à vida. Mas depois morreu de novo. Os próprios dirigentes do povo, sumos sacerdotes, reconheceram a Ressurreição, tanto que pagaram aos soldados para que dissessem que “enquanto dormiam, os discípulos vieram e roubaram o corpo” (Mt 28,11-15). S. Agostinho diz: “Se estavam dormindo, como souberam que foram os discípulos”? Os discípulos eram muito simples para inventar essa história. Eles mesmos, como dizem os discípulos de Emaús, já tinham por encerrada a “temporada” de Jesus. A Ressurreição é um fato totalmente novo e o princípio de uma vida completamente nova. Não se trata somente de um fato histórico, mas de um fato que dá início a um mundo novo. Mas não mudou nada na história do mundo, podemos dizer. Esse fato vai além da história, pois penetra na eternidade. Justamente aqui é que se justifica a força dos apóstolos que entenderam sua dimensão divina. Deus ressuscitou Jesus (At 10,40). 
Creio na Ressurreição 
Rezamos na profissão de fé que cremos que Jesus ressuscitou. Mas não passa muito de uma afirmação de fé que não interfere em nossa vida. No catolicismo ocidental passamos por um tempo difícil. Depois da formação do cristianismo ocidental houve a decadência do império romano e a invasão dos povos novos que vieram de longe, chamados de bárbaros. Não tinham a tradição e outra formação. Foram necessários séculos para que fossem formados na cultura ocidental. Houve um distanciamento da cultura e da formação cristã. Pelos inícios do segundo milênio, deu-se muito valor aos aspectos humanos da vida de Cristo, de Maria e dos Santos. A Ressurreição, que é mais difícil de explicar, ficou como uma doutrina mais distante. Não influenciava a vida concreta das pessoas. A partir dos tempos da renovação que culmina no Vaticano II, deu-se maior valor a esse dado fundamental de nossa fé, colocando-o como fundamento e gerador da vida cristã. 
Vivemos a partir da Ressurreição 
Será um processo muito longo passar de uma religiosidade somente devocional para uma fé fundada na consciência da Ressurreição como centro da vida cristã. Ela não elimina a devoção e, na verdade, a torna sólida. O sentimento participa da entrega de fé, mas só o sentimento não é capaz de sustentar a vida cristã. A fé na Ressurreição nos une a Cristo em sua passagem (Páscoa) da morte para a Vida. Esta passagem, a fazemos como os discípulos fizeram, como lemos no evangelho e nas cartas de S. João: Vivendo o mandamento novo do amor. Nele fazemos a passagem da morte para a vida, isto é, saímos de nós mesmos como Cristo saiu de Si e fez a passagem para o Pai dando-se aos irmãos. Supera-se o individualismo de uma fé voltada para si, para uma fé fortalecida pelo amor. “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos” (1Jo 3,14). Essa é a Páscoa do discípulo. É a morte que dá vida.
ARTIGO PUBLICADO EM MAIO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,47-53. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos, e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». Quando acabou de proferir estas parábolas, Jesus continuou o seu caminho. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
«Morais sobre Job», 
Livro XIII, SC 212 
A ascese vigilante do justo 
«Os meus dias extinguem-se» (Job 17,1). 
O fôlego esgota-se com o medo do juízo, porque quanto mais a alma do eleito se sente próxima do juízo supremo, mais treme de pavor ao examinar a sua consciência e, se chega a descobrir em si algum pensamento carnal, consome-o no fogo da penitência. O eleito bate na sua consciência com tanto mais penetração quanto mais espera rigorosamente o juiz, já próximo. É por isso que os eleitos acreditam que o seu fim está sempre próximo. De facto, se a alma do réprobo se comporta muitas vezes mal, é porque acredita que ainda tem muito tempo de vida neste mundo. Assim, o fôlego do justo murcha e o do injusto fortalece-se; precisamente porque se enche de orgulho, o seu fôlego não se extingue. Mas, quando o justo considera a brevidade da sua vida, afasta-se das faltas de orgulho e de impureza. Daí o aditamento: «Os meus dias extinguem-se; só me resta o sepulcro» (Job 17,1). Aquele que considera o que será na morte age com temor; e, já não estando vivo, por assim dizer, a seus próprios olhos, vive com verdade aos olhos daquele que o formou. É por esta ascese vigilante que o homem justo escapa às armadilhas do pecado. Donde as palavras da Escritura: «Em todas as tuas obras, lembra-te do teu fim, e jamais haverás de pecar» (Si 7,36)

Fábio da Mauritânia

São Fábio (nascido na Mauritânia, falecido em 303 ou 304 na Mauritânia Cesariense, atualmente Cherchell, Argélia) foi um mártir do Império Romano na antiga Mauritânia, venerado como santo pela Igreja Católica. A memória da liturgia é realizada em 31 de julho. 
Hagiografia 
Da vida de Fábio sabe-se que ele foi escolhido para carregar a bandeira do governador quando este organizou uma assembleia. Fábio recusou porque a cerimônia tinha caráter pagão. Ele foi preso, submetido à tortura e tentado, mas não mudou seus planos. Então Fábio foi decapitado. Por essa razão ele é apelidado de "o Porta-Estandarte", porque ele não queria levar uma bandeira com imagens pagãs. Sua morte se insere no período da perseguição contra os cristãos ordenada pelo Imperador Diocleciano. 
O culto 
Diz-se que para impedir o enterro e posterior veneração popular, sua cabeça e seu corpo foram lançados ao mar em pontos diferentes, mas o mar milagrosamente os reuniu, e seus restos mortais ainda estão preservados em Cartenas, na Argélia. Sua festa é celebrada no dia 31 de julho.

Santo Afonso Rodrigues religioso leigo, +1617

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve de interromper os seus estudos na instrução primária, pois, com a morte do pai, assumiu os compromissos do negócio da família. Casou-se com Maria Soares, a quem amou tanto quanto aos dois filhos. Infelizmente, todos faleceram precocemente. Entrando em crise espiritual, Afonso entregou-se à oração e à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamamento a ser irmão religioso. Foi recebido na Companhia de Jesus como irmão e, depois do noviciado, foi enviado para um colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços. De entre as virtudes heróicas que conquistou, na graça e no desejo de ser firme, foi a obediência a sua prova de verdadeira humildade; como simples irmão, aceitava com amor todas as ordens e desejos dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: «Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda a parte a vontade divina». Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues sofreu muito antes de, em 31 de outubro de 1617, entregar a alma a Deus.

31 de julho - Beata Afonsa Maria Eppinger

Madre Afonsa Maria Eppinger foi beatificada na França em 09 de setembro de 2018, a nova Beata é fundadora das Irmãs do Santíssimo Salvador, cujo carisma é responder às aspirações das pessoas de viver sua dignidade, na paz e na felicidade, o rito de beatificação foi presidido pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, na Catedral de Estrasburgo, que na sua homilia fala do amor de Deus pela Beata: A beatificação de Elisabeth Eppinger, que passou a se chamar Afonsa Maria em honra de Santo Afonso de Ligório, nos mostra de maneira exemplar o que significa ser abençoado, o que significa ser abençoada. Significa tomar Jesus Cristo como uma medida de tudo, sendo chamado de abençoado por ele mesmo e, portanto, vivendo uma proximidade particular com ele, como claramente emerge de suas bem-aventuranças. Nas bem-aventuranças, o íntimo mistério de Jesus Cristo resplandece. Eles são, de acordo com as belas palavras do Papa Bento XVI em seu livro sobre Jesus de Nazaré, como "uma oculta biografia interna de Jesus, um retrato de sua figura". De maneira semelhante, Santo Agostinho expressou sua convicção de que somente Jesus realmente realizou plenamente o sermão na montanha, no centro do qual estão as bem-aventuranças. Somente nesta perspectiva cristológica o significado do discipulado no seguimento de Jesus nasce das bem-aventuranças. Elisabeth - como foi chamada no batismo - nasceu em 9 de setembro de 1814, em Niederbronn Les Bains, norte da Alsácia, na França. Era a primeira de onze filhos de uma família de camponeses.

31 de julho - Beato Francisco Solano Casey

Em Detroit, nos Estados Unidos de América, foi proclamado Beato Francisco Solano, sacerdote dos Frades Menores Capuchinhos. Discípulo humilde e fiel de Cristo, distinguiu-se por um serviço incansável aos pobres. Possa o seu testemunho ajudar sacerdotes, religiosos e leigos a viver com alegria o vínculo entre anúncio do Evangelho e amor pelos pobres. 
Papa Francisco – 21 de novembro de 2017 
O Beato Francis Solano Casey alcançou a santidade aqui nos Estados Unidos, escalando diariamente os passos que levaram ao encontro com Deus através do amor pelos irmãos necessitados. Os outros, especialmente os pobres, não foram vistos como um fardo ou um obstáculo para o seu caminho de perfeição. Mas como um caminho para a luz do esplendor divino. 
Cardeal Angelo Amato – 19 de novembro de 2017 

Santa Helena (Elin) de Skövde, Viúva e Mártir - 31 de julho

Mártir da primeira metade do século XII. Sua festa se celebra no dia 31 de julho.  Sua vida (Acta SS., Julio, VII, 340) é atribuída a São Brynolph, Bispo de Skara, na Suécia (1278 - 1317). E' chamada também de Santa Elin de Vastergötland, do nome da província sueca onde se encontra Skövde. Helena nasceu no ano de 1101 em Vastergötland, Suécia. De origem aristocrática, era filha de Jarl Guthorm. Sua família era pagã e em sua juventude se converteu ao Cristianismo. Foi dada em casamento a um homem de caráter forte. Tendo ficado viúva muito jovem, vivia piedosamente em sua propriedade em Vámp; ela deu seus bens aos pobres e dedicou-se a ações espirituais e caritativas, dando esmolas e contribuindo com generosidade na construção da igreja da sua cidade. As portas de sua casa estavam sempre abertas para os necessitados. Segundo a legenda, foi Helena quem mandou construir a Våmbs Church (Våmbs kyrka) na Diocese de Skara, na sua propriedade em Våmb. A igreja em Skövde, agora chamada de Igreja de Santa Helena (Sankta Helena kyrka), também foi construída em grande parte como resultado de generosas doações de Helena. O marido de sua filha era um homem muito cruel e foi assassinado por seus próprios empregados. Seus familiares, desejando vingar sua morte, interrogaram os empregados, que admitiram o crime, mas afirmaram falsamente que haviam agido instigados por Helena.

Beata Zdenka Cecília Schelingova, Mártir - Festejada 31 de julho

No dia 14 de setembro de 2003, Festa da Santa Cruz, João Paulo II beatificou, numa solene cerimônia em Bratislava, na Eslováquia, a Irmã Zdenka Cecilia Schelingova e o Bispo Vasil’ Hopko, ambos mártires eslovacos.
     Na presença de bispos, alguns cardeais, sacerdotes e religiosas, testemunhas e vítimas ainda vivas da “Igreja do Silêncio”, também chamada “Igreja das catacumbas do século XX” nos países sob o domínio comunista, o papa recordou os filhos da Santa Igreja que irrigaram com seu sangue aquelas regiões e deu como exemplo das perseguições de ontem e de hoje as duas figuras notáveis que beatificava. 
     Cecilia Schelingova, este era o seu nome de leiga, nasceu em 24 de dezembro de 1916 em Krivá, distrito de Dolny, Eslováquia, penúltima de 11 filhos. Três dias depois foi batizada. Seus pais, Pavol e Zugana, eram honestos camponeses que deram uma educação religiosa aos filhos, fundamentada na oração e no cumprimento do dever - trabalhar no campo e nas lides da casa.
     Cecília se distinguia de suas companheiras na escola pela diligência, obediência e a prontidão com que procurava ajudar os outros.
     Em 1929 começou a colaborar na paróquia das Irmãs de Caridade da Santa Cruz.  Atraída pela caridade das Irmãs, com apenas 15 anos desejou entrar naquela Congregação. Seus pais e seus irmãos se alegraram muito e se sentiram muito satisfeitos com sua escolha.

Beata Catarina de Louvain, Monja cartusiana - 31 de julho

Monja cartusiana na atualidade     Ela nasceu no início do séc. XIII numa família judia e seu nome era Raquel. Tendo decidido abraçar a religião cristã, na qual ela fora educada em segredo, contra a vontade dos paisuma noite ela deixou sua casa e refugiou-se no mosteiro Parcum Damarum em Louvain (Sainte Marie du Parc).
Ali foi batizada publicamente, e foi dado a ela o nome de Catarina; ela tomou o hábito religioso da Ordem CistercienseO pai, tomando conhecimento dissotentou de tudo para assegurar que sua filha lhe fosse devolvidae parece que ele teria conseguido com dinheiro o apoio de pessoas de autoridadeincluindo o Bispo de Liège, mas encontrou a oposição feroz de outros, tais como a Abade de Viviers.
Isso deu origem a uma amarga e longa lide, na qual também participou o Arcebispo de Colônia, Engelberto. Finalmente a justiça prevaleceu e Catarina pode viver em paz o resto de sua vida, durante a qual ela teve visões e êxtases, e operou milagres.

Inácio de Loyola Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA 
Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, 
destacou-se pela coerência 
e radicalidade de seu espírito. 
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2]. 
A hora esperada pela Providência 
Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência.

Germano de Auxerre Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, e seu dia é celebrado em 31 de Julho. Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano.

São Justino De Jacobis do Bispo de San Fele Dia da Festa: 31 de julho

(*)San Fele (Potenza), 9 de outubro de 1800
(+)Zula (Eritreia), 31 de julho de 1860 
Justino de Jacobis tornou-se Abuna Jacob para o povo etíope. E quando Paulo VI o proclamou santo em 1975, o episcopado daquele país o chamou de "pai da Igreja da Etiópia". Nascido em San Fele (Potenza) em 1800, tornou-se padre na Congregação da Missão de São Vicente de Paulo em 1824. Cuidou de vítimas de cólera em Nápoles em 1836-37 e, dois anos depois, partiu para Tigré, trabalhando em Adwa e Adi Kwala. Lá, fundou um seminário para padres locais, o Colégio da Imaculada. Mas essa não foi sua única visão à frente de seu tempo. Ele também dialogou com os cristãos coptas. Um deles, Ghebrè Michail, converteu-se ao catolicismo e auxiliou o missionário no trabalho de inculturação da fé. Mas quando Abuna Jacob foi ordenado bispo — por Guglielmo Massaia — surgiu um conflito com o bispo copta. E seguiu-se uma perseguição: Ghebrè Michail morreu na prisão, enquanto Giustino, expulso, morreu em Zula (Eritreia) em 31 de julho de 1860. (Avvenire) 
Etimologia: Justin = honesto, correto (significado intuitivo)
Emblema: Cajado pastoral 
Martirológio Romano: No Vale de Alighede, na Etiópia, São Justino De Iacobis, bispo da Congregação da Missão, que, manso e cheio de caridade, dedicou-se às obras apostólicas e à formação do clero local, sofrendo depois fome, sede, tribulações e prisão.

ORAÇÕES - 31 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quinta-feira – Santos: Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito
Evangelho (Mt 13,47-53) “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo.”
Falando ainda do Reino, Jesus diz que a salvação é oferecida a todos, a todos mesmo. Todos são amados e chamados para a vida. O amor, também o amor de Deus, não se impõe; espera nossa aceitação, mas respeita nossa liberdade. Somo responsáveis pela nossa decisão, nosso futuro está em nossas mãos. Se rejeitamos o amor, não precisamos de outro castigo além do viver sem amor.
Oração
Senhor, deixo-me prender pela rede de vosso amor, aceito o convite para entrar em vosso Reino. Somente assim terei a felicidade e paz. Mas, sei também que a qualquer momento eu vos posso abandonar. Guardai-me, então, de minha própria insensatez, para que jamais vos deixe, iludido por falsas promessas. Dai-me a graça de acolher vosso favor e vos permanecer fiel até a morte. Amém. 

quarta-feira, 30 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Vós sois uma nação santa”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Muitas moradas 
No correr destes domingos pascais os evangelistas vão desenhando a figura da comunidade à luz da Ressurreição de Jesus. Em poucas palavras, resumem anos de crescimento, inventiva apostólica e respostas às grandes questões em que a comunidade se colocava. Como não tinham o texto dos evangelhos e cartas, os cristãos lembravam as palavras de Jesus e, em torno delas, construíam as orientações, pois eram assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, às reuniões em comum, à fração do pão e às orações (At 2,42). Eram um evangelho vivo. A comunidade acaba sendo como que um espelho da vida futura. Jesus diz que há lugar para todos no céu. Este lugar é cuidadosamente preparado por Ele. O jeito de chegar lá é estar unido a Ele que é o caminho a verdade e a vida (Jo 14,6). Ele é a estrada e o espelho do Pai. Quem O vê, vê o Pai. Estar unido a Cristo pela fé é fazer este caminho, realizar esta verdade e viver esta vida. Deste modo o fiel participa da vida de Cristo e faz o que Ele fazia e faz mais ainda, pois Jesus, junto do Pai é a vida do discípulo que acreditou (Jo 14,12). 
Comunidade que cresce 
Mas esta comunidade tem que se organizar na situação em que vive. Os discípulos, interpretando a missão que Jesus lhes dera, instituem os diáconos para o serviço da comunidade. Comunidade sem serviços é fantasia. A fé se encarna no mundo em que vivem os discípulos. Ela é social, encarnada e transformadora. Fé que não olha em volta, não vê Deus. Fé só de princípios sem prática é murcha, não produz (Tg 2,17). É muito perigoso explicar a santidade da Igreja tirando-a da realidade. Isso é o que chamamos de espiritualismo. É o típico modo egoísta de viver a fé. Penso em mim, e os outros que se danem. Isso não é o modo de vida de Jesus. Ele é o espelho. Devemos caminhar como caminhou, diz S. João. Esse espiritualismo está presente em muitos modos de organizar a vida da comunidade e das muitas espiritualidades, movimento e outros que têm pululado no terreiro da Igreja. Tirar a fé da realidade é negar a encarnação e vida de Jesus. Ele seguiu seu povo, mas foi capaz de apresentar uma renovação para que a fé não fosse só regras, mas fonte de vida. Por isso são necessários os diversos serviços que se organizam. Esses não são eternos. Podem sofrer mudanças, adaptações e até surgirem novos serviços. 
Santa e pecadora 
Contudo esta comunidade é santa, pois está fundada em Cristo e unida, como pedras vivas, formando o edifício espiritual. Ela presta culto a Deus. É sacerdotal. Por estar unida a Cristo e aos outros irmãos, é santa. O povo de Deus é santo. O santo não é aquele que não erra, mas porque erra, pode crescer e produzir frutos de conversão. A Prece Eucarística V diz: “Igreja é santa e pecadora”. Santa, enquanto de Deus; pecadora, enquanto marcada pelo pecado e em condições de crescer sempre mais. Pecadora porque erra ao viver a fé misturada com a mentalidade do mundo. Pedro diz em sua carta: “Nela tropeçam os que não acolhem a Palavra” (1Pd 2,8). Todos os fiéis são chamados à santidade. Cada um a seu modo e na sua condição de trabalho, estado civil, idade e sabedoria. Deus quer que todos sejam santos. Para isso abre-nos o caminho através de Cristo, mas em comunidade, como pedras vivas do edifício espiritual. Essa santidade também deve sair de nossos conceitos exclusivistas, como só nós tivéssemos a receita. Mas há muita santidade que não tem nosso carimbo, mas tem a marca de Jesus. Onde existe o amor aí Deus está. 
Leituras: Atos 6,1-; Salmo 32; 
1Pedro 2,4-9;João 14,1-12 
1. Após a Ressurreição de Jesus os discípulos se reúnem em comunidade para ouvir a palavra, rezar, celebrar a Eucaristia (partir o pão) e confraternizar. 
2. Para o desenvolvimento da comunidade criam-se serviços que devem sempre estar em evolução. 
3. A Igreja é santa da parte de Deus e pecadora da parte humana. Deve sempre se converter. 
Caminho sem atalho 
Jesus foi para o Céu e logo recebeu um servicinho: preparar um lugar para nós. Ele quer que estejamos com Ele. E prometeu, que assim que arrumar lugar vem nos buscar. Como é que vai nos levar? Pelo caminho. Não conhecemos o caminho, disse o apóstolo Tomé. Jesus é claro: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Quem O segue pela Verdade vai ter a Vida. E afirma: não há outro caminho para ir ao Pai senão Ele. Somos como um edifício que O tem como alicerce. Somos Pedras vivas, que unidas formam o edifício espiritual. Quem não crê Nele tropeça e cai. Quem O aceita é raça escolhida, sacerdócio do Reino e nação santa. Essa comunidade espiritual também tem necessidades humanas que devem ser resolvidas pela comunidade. É o que vemos na escolha dos diáconos para uma solução do atendimento aos pobres. 
Homilia do 5º Domingo da Páscoa (14.05.2017)

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,44-46.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Narsés Snorhali 
(1102-1173) 
Patriarca arménio 
Segunda parte, §§ 473-476; SC 203 
«O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas»
Em busca da tua pérola,
não me coloquei como o mercador;
e não dei, em troca do Imutável,
o amor do efémero.

Não vendi, segundo o mandamento,
a concupiscência do terreno,
para adquirir o que é de alto preço:
a estrela da manhã, nascida do orvalho.

Ó Tu, que nasceste da Virgem uma pérola,
Deus e homem, dois num só,
faz que de teu amor divino
eu seja mendigo de coração ferido!

Abre a minha câmara nupcial, a mim, que anseio;
entra no apartamento com o afeto do teu coração;
faz de mim novamente tua morada
e abraça-me com a tua mão direita.

Santos Abdon e Sennen Mártires Festa: 30 de julho

Originários da Pérsia, talvez fossem príncipes: Abdon era mais velho e Senén mais novo. Convertidos ao cristianismo, em Roma, sepultavam os mártires com generosidade. Era o século III, durante a perseguição de Décio. Presos, ambos se recusam oferecer sacrifícios aos ídolos e morreram como mártires. 
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html 
† Roma, século III
Abdon e Sennen são originários da Pérsia. Convertidos ao cristianismo, foram presos durante a perseguição ordenada pelo Imperador Décio (século III). Acorrentados, foram levados para Roma, onde foram primeiro espancados e depois martirizados, mortos à espada, provavelmente no Coliseu. Suas relíquias estão preservadas na Basílica de São Marcos Evangelista, no Monte Capitolino, para onde foram trazidas pelo Papa Gregório IV do cemitério de Pôncio. 
Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Pontianus, na Via Portuense, os Santos Abdon e Sennen, mártires.
Abdon e Sennen são dois mártires que certamente existiram no século III e foram martirizados em Roma. As informações sobre suas vidas são lendárias, mas deve haver, sem dúvida, alguma verdade nelas. Primeiro, eles são lembrados em um grande número de textos oficiais e martirológios, como o "Depositio Martyrum", o "Martyrologio Hieronymiano", o "Calendário de Mármore de Nápoles" e os "Sacramentários Gelasiano e Gregoriano".

Santas Máxima, Donatila e Segunda Mártires (†304)

As três mártires eram jovens, com certeza, pois sabemos que Máxima tinha 14 anos, Donatila 12 anos e não se sabe a idade de Segunda, mas deveria ser também muito jovem. A história do martírio delas foi escrita nos primeiros séculos e começa com Máxima e Donatila, que eram duas virgens que moravam perto de Thugga ( atual Túnis, Tunísia), na África, em um domínio imperial romano . Em 303, o procônsul Anulino promulgou os decretos imperiais de Diocleciano, que prescreviam a todos os habitantes que realizassem atos de adoração aos deuses, sob pena de severa punição aos se abstivessem. Toda a população da região obedeceu às ordens do Imperador, apenas as duas meninas recusaram porque os cristãos, denunciados por uma mulher local, foram presos e transferidos para Thugga para serem julgados por Anulino. Outra garota se juntou à passagem das duas virgens, uma terceira cristã também dedicada à virgindade.

Santa Godeleva, Mártir, 30 de julio

Santa Godeleva nasceu de nobres pais por volta do ano 1050, no término de Boulogne, Norte da França. Aos 18 anos, ela foi casada com um cavalheiro flamengo, Bertulfo de Ghistelles, que pouco tempo preferiu abandoná-la afirmando que o casamento não tinha sido consumado. Godeleva foi confiada à ex-sogra, que a tratou com notável crueldade, ao ponto que ela preferiu voltar para a casa dos pais. Estes apelaram ao bispo local para que persuadisse Bertulfo a voltar a morar com sua esposa. Por um certo tempo o marido aceitou, mas entretanto aproveitou para organizar o assassinato: Godeleva será estrangulada por dois servidores, e seu corpo jogado em um poço. Isso ocorreu em uma data entre 6 e 30 de julho de 1070 (a incerteza da data fez com que ao longo dos séculos a comemoração variasse de lugar no calendário). Bertulfo voltou a casar, mas os arrependimentos do assassinato fizeram com que ele decidisse terminar seus dias preso em um mosteiro. Tradicionalmente Godeleva foi considerada "mártir", embora seja difícil para nós identificar o motivo, porque parece que não enfrentou a morte por uma questão de fé ou em defesa de alguma outra virtude cristã peculiar.

Santa Angelina Princesa da Sérvia Festa: 30 de julho † 1516

Filha de Jorge Arianita e cunhada do príncipe Ivan-i Chronojevic, a quem Eugênio IV confiara a bandeira da Igreja na luta contra os turcos, Angelina casou-se com Estêvão, o Cego, irmão de Lázaro II Greblanovic. Quando Lázaro morreu em 21 de janeiro de 1458, sem herdeiros varões, Estêvão tornou-se déspota da Sérvia, mas em 1467 foi forçado a fugir com a família para escapar da pressão turca e foi para a Itália, onde morreu dez anos depois, em 1477. Angelina estabeleceu-se em Kupinovo (Srem), para onde mandou transladar o corpo do marido e, tendo recuperado o título de déspota após a morte de Zmaj Vuk (1485 ou 1486), cunhou moedas de prata e ouro com a sua imagem de um lado e a dos seus filhos Djurdje e Ivan do outro. Ela construiu um convento em Krusedol (Srem) e faleceu em 1516. Foi sepultada em Krusedol junto com o marido e os filhos. A Igreja Sérvia a venera sob o nome de "Majka Angelina" em 30 de julho, enquanto Estêvão, o Cego, é celebrado em 11 de outubro, Ivan em 10 de dezembro e Djurdje, que se tornou monge e adotou o nome de Máximo, em 18 de janeiro. 
Autor: Augusto Moreschini 
Fonte: Biblioteca Sanctorum

Beata Maria Vicenta de Sta. Doroteia, Fundadora - 30 de julho

Madre Maria Vicenta nasceu no Estado de Cotija, Michoacán, México, terra de santos, filha de Luís Chávez e de Benigna de Jesus Orozco, no dia 6 de fevereiro de 1867; aos dois meses recebeu na pia batismal o nome de Doroteia, que significa “presente de Deus”. Nos primeiros anos de sua vida trabalhou como pastora e antes da 1ª Comunhão lhe deram um Menino Jesus de porcelana que seria seu companheiro por toda a vida. Todos os anos a família deixava a ela o encargo de preparar o presépio para os festejos de Natal, e muitos vizinhos vinham vê-lo, pois havia um encanto na forma como ela colocava as figuras, a cada ano de um modo diferente. Após uma terrível inundação, a família ficou ainda mais pobre do que antes e o pai decidiu mudar-se para Cocula, Jalisco, Guadalajara, e passou a morar no bairro pobre de migrantes chamado Mexicaltzingo. No bairro de Mexicaltzingo a umidade e a falta de alimentação fizeram Doroteia adoecer gravemente dos pulmões; ela foi atendida no Hospital da Santíssima Trindade da Confraria de São Vicente de Paula. Era o ano 1892, Doroteia tinha 24 anos. As Filhas da Caridade haviam sido expulsas de Guadalajara no ano em que Doroteia nasceu; as asas brancas de seus véus não eram vistas no Hospício Cabañas e nos hospitais de Belém e de São Felipe.

Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas, Fundadora – 30 de julho

A primeira santa mexicana, chamada carinhosamente ''Madre Nati''
 Os idosos são viajantes que estão indo e é preciso acompanhá-los com a maior ternura possível”. Tal frase só poderia estar nos lábios de uma pessoa sensível e atenta, pressurosa e delicada, tão enamorada de Nosso Senhor Jesus Cristo para vê-Lo em todas as pessoas idosas e sofredoras. Assim se delineia a figura e a personalidade de Maria Natividade de Jesus Sacramentado, a primeira mulher mexicana proclamada santa.
     Seu pai era um católico tão fervoroso e convicto, que renunciou aos estudos universitários de jurisprudência no momento em que percebeu que estavam minando a sua Fé. Este católico coerente e corajoso transmitiu aos seus doze filhos os princípios que cultivava.
     Natividade Venegas de La Torre nasceu em 8 de setembro de 1868, em Zapotlanejo, Jalisco, no México. A última de doze filhos, desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, comungava todos os dias de joelho, exercia obras de caridade e sentindo o forte desejo de consagrar-se totalmente ao Senhor no serviço ao próximo.

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade. O presidente do tribunal, imediatamente, mandou que trouxessem incenso e um altar portátil e, dirigindo-se à queixosa, convidou-a a agir de modo que pudesse intentar a ação. Bastaria um único grãozinho de incenso e recuperaria todo o patrimônio. Tudo dependia de um simples grão de incenso, da fumaça que dirigisse aos ídolos. Julita recusou-se por amor a Jesus.

Pedro Crisólogo Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões. Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

A Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores.

Leopoldo Mandic Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação.

ORAÇÕES - 30 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quarta-feira – Santos: Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita.
Evangelho (Mt 13,44-46) “Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola.”
– O mercador de pérolas, encontrou a joia de seus sonhos, e vendeu tudo para a comprar.Era como o início de um conto oriental, e os olhos brilharam. E Jesus levou seus ouvintes a ver que o Pai oferecia tesouro muito maior que pérolas: vida, esperança, amor, paz. Tudo isso já agora, e para sempre.Pena que nem sempre me dê conta do tesouro escondido, das pérolas que Deus me oferece.
Oração
Senhor Jesus, ando atarefado, distraído e apressado, sem ver o tesouro, as pérolas que escondeis para mim. Não vejo tantos sinais de vossa bondade, cuidadosa de todos, a bondade de meus irmãos. Não percebo como me quereis feliz agora e sempre. Ajudai-me a deixar tudo que for preciso para abrir-me à felicidade que me ofereceis. Não permitais que me deixe levar por ilusões. Amém.

terça-feira, 29 de julho de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Caminhos de Ressurreição”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Homens que se renovam 
Celebramos a Ressurreição já ocorrida porque sua realidade é sempre atual. E ainda temos que deixar que esta realidade penetre nossas pessoas e nossos corações. É um mistério tão augusto que corremos o risco de deixá-lo somente como uma ideia sobre Jesus e não sua vida em nós. O Cristo glorificado está glorioso junto do Pai, mas ao mesmo tempo continua servidor entre nós abrindo-nos as torrentes das águas da salvação (Is 12,3). Essas águas são a ação do Espírito que nos foi dado (Jo 7,3-9). Se prestarmos atenção, ação dos discípulos não era fazer coisas maravilhosas, mesmo que as tenham feito, mas continuar como Jesus, fazendo o bem (At 10,38). A vida dos ressuscitados com Cristo se mantinha na Palavra anunciada pelos Apóstolos, nas orações, na fração do pão e nas refeições em comum (Jo 2,42). Isso era o modo de viver a Ressurreição. Os homens e mulheres renovados pela fé em Jesus viviam a caridade entre si e para com os outros. Vemos na narrativa da escolha dos diáconos que deviam cuidar de muita gente, sobretudo as viúvas (que eram abandonadas pelas famílias quando morriam os maridos). Já logo assumem uma questão prática, que chamamos de social. Era o primeiro problema à vista. Não basta proclamar a fé, é preciso instituir a caridade, pois ela é o reflexo de Cristo em nós. Como diz João, “andar como Cristo andou” (1Jo 2,6). Todos tinham grande respeito por eles. Entre eles não havia necessitados, pois os que possuíam e vendiam e davam o dinheiro aos apóstolos que o repartiam (At 4,35). Diziam os pagãos: “Vede como se amam”. 
Estruturas renovadas.
Cada celebração da Ressurreição chama a um mundo novo, com novos modos de vida. A ideia que temos sobre a Ressurreição como um dogma, não nos conduz à prática da Ressurreição na vida concreta. A vida que a Ressurreição nos sugere é a capacidade de buscar estruturar o mundo a partir do Reino de Deus como Jesus o implantou e, como conseqüência, teve que ir até à morte de Cruz. A morte de cruz foi para Ele a síntese de tudo: dar a vida, empenhar-se totalmente para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10). Doar a vida não se reduz a morrer pelos outros, mas dedicar-se pela vida dos outros para que todos vivam também espiritualmente bem. O mundo caminha em sentido contrário no egoísmo, ganância e prepotência. Onde todos cuidam uns dos outros, todos estarão bem cuidados. O egoísmo mata. Pensar no outro para que todos pensem em nós. Vejamos como isso pode influir no mundo econômico, social, político. O contrário, que é pensar só em si, tem demonstrado que só prejudica a si mesmo e aos outros. Toda a política econômica mundial, se não se adequar ao Evangelho, só aumentará o sofrimento dos povos. Temos que crer na renovação do mundo pela Ressurreição.
Ressurreição das realidades materiais 
O mundo espera sua renovação. Paulo nos fala na Carta aos Romanos que a natureza, também ela foi sujeita à vaidade. E espera a manifestação dos filhos de Deus. Ela não cometeu pecado, mas foi prejudicada pelo pecado do homem. Ela participa da esperança da humanidade. Ela sofre até o momento como em dores de parto esperando a Redenção (Rm 8,18-23). Como a natureza participa do louvor da humanidade a Deus, participa também dos sofrimentos e da Ressurreição. Levar a natureza à libertação é respeitar o seu ritmo, condições e finalidades. Lidar com a natureza é cultivar o ser humano. Na Eucaristia a natureza participa do Mistério de Cristo, pois o pão e vinho serão seu corpo ressuscitado. Na Eucaristia ela enxuga suas lágrimas e sorri.
ARTIGO PUBLICADO EM MAIO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo São João 11,19-27. 
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermões sobre o Evangelho de João, n.° 49, 15 
«Quem acredita em Mim, viverá» 
«Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim 
nunca morrerá». 
Que quer isto dizer? «Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido», como Lázaro, «viverá», porque Deus não é um Deus de mortos, mas um Deus de vivos. Já a propósito de Abraão, de Isaac e de Jacob, os patriarcas há muito mortos, Jesus tinha dado a mesma resposta aos judeus: «Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob; não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos» (Lc 20,38). Por isso, acredita e, ainda que estejas morto, viverás! Mas, se não acreditares, ainda que estejas vivo, na verdade estás morto. De onde vem a morte da alma? Vem do facto de a fé já não estar nela. De onde vem a morte do corpo? Vem do facto de a alma já não estar nele. A alma da tua alma é a fé. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido no seu corpo, terá a vida na sua alma até que o próprio corpo ressuscite para nunca mais morrer. E quem vive na sua carne e acredita em Mim, ainda que tenha de morrer durante algum tempo no seu corpo, não morrerá para a eternidade, devido à vida do Espírito e à imortalidade da ressurreição. É isto que Jesus quer dizer na sua resposta a Marta. «Acreditas nisto?» «Acredito, Senhor», respondeu ela, «que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». E, acreditando nisto, acredito que és a ressurreição, acredito que és a vida, acredito que quem acredita em Ti, ainda que tenha morrido, viverá; acredito que quem vive e acredita em Ti nunca morrerá.

Santos Luís Martin e Zélia Guérin - Pais de Santa Teresinha do Menino Jesus

Luís Martin e Zélia Guérin foram declarados bem-aventurados em 19 de outubro de 2008. Não foram beatificados por serem os pais de Santa Teresinha, mas porque se empenharam totalmente em fazer a vontade de Deus em qualquer situação de suas vidas.
Luís e Zélia, com suas vidas, nos ensinam que a santidade é caminho para a esposa, o marido, os filhos, os colegas de trabalho e para a sexualidade. 
O santo não é um super-homem, mas um homem verdadeiro.
Se tanto amamos Teresinha de Lisieux, se tanto nos encanta sua santidade, devemos dizer que ela é fruto de seus pais, um casal que vivia o amor de Deus tanto na alegria como nas tristezas. As muitas cartas deixadas por Zélia dão testemunho deste colocar-se inteiramente nas mãos de Deus.

29 de julho - Santo Olaf

Santo Olavo (Olaf) nasceu em 995 e era filho do rei Harald Grenske da Noruega. Em sua juventude, ele foi para a Inglaterra como um viking, onde participou de muitas batalhas e ficou muito interessado no cristianismo. Recebeu o batismo em Rouen, França das mãos do arcebispo Robert em 1010. Em 1015 com a idade de 20 anos ele retornou à Noruega. Depois de passar por várias dificuldades, ele foi eleito rei da Noruega e levou a religião cristã como base de seu reino. Ele lutou contra práticas pagãs duras, demolindo templos, construindo igrejas nesses lugares e trazendo bispos e padres da Inglaterra. Sua valente luta contra a antiga constituição do condado e pela união da Noruega, assim como seu amor pelo cristianismo, fez surgir inimigos. Os clãs se rebelaram contra Olaf e foram ao rei Canuto, da Dinamarca e da Inglaterra, em busca de ajuda. Desta forma Olaf foi traído, expulso e Canuto tornou-se rei da Noruega. Após dois anos de exílio, Olaf retornou à Noruega com um exército e encontrou os rebeldes em Stiklestad, onde uma batalha ocorreu em 29 de julho de 1030. O rei Olaf lutou com coragem, mas foi mortalmente ferido. Antes de morrer, ele orou: "Deus me ajude". Muitos milagres foram reportados em sua tumba e no vale do Rio Vid onde ele tombou ferido mortalmente.

SÃO LÁZARO

Amigos de Jesus Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria, eram amigos fraternos de Jesus de Nazaré. Viviam em Betânia, a cerca de três milhas de Jerusalém, e Jesus, muitas vezes, se hospedava na casa deles. A amizade entre Jesus e Lázaro é testemunhada pelas palavras, com as quais Maria e Marta tinham mandado dizer-lhe para visitar o irmão doente: “Senhor, aquele que amas, está enfermo”. E ainda, depois, com a chegada de Jesus, aparentemente tarde demais para salvá-lo: “Senhor, se tivesses vindo aqui – disse Marta – meu irmão não teria morrido”. As testemunhas do episódio, percebendo a perturbação e aos lágrimas de Jesus, diante do sepulcro fechado do amigo, murmuravam entre si: “Vejam como ele o amava...” (cf. Jo 11,3.21.36). As referências sobre a amizade entre ambos levam a identificar Lázaro, segundo alguns, com o “discípulo que Jesus amava”, ao invés de João Evangelista, que é mais plausível. O episódio da ressurreição de Lázaro, narrado apenas no Evangelho de São João, tem um valor profético e simbólico, porque preanuncia a Ressurreição de Cristo. A casa dos amigos de Betânia e o sepulcro vazio de Lázaro tornaram-se, logo, desde os primórdios do cristianismo, meta de peregrinações, às vésperas do Domingo de Ramos.

SANTA BEATRIZ

Precipitavam-se as perseguições contra os cristãos em Roma. Da ponte chamada Emília, perto da ilha Tiberina, foram jogados no rio Tibre os corpos dos dois irmãos de Beatriz, - Simplício e Faustino - por serem cristãos. O sofrimento e o temor deviam ser os sentimentos que invadiam o coração da santa mulher, que, porém, não hesitou em recuperar seus corpos para dar-lhes uma digna sepultura. Graças à ajuda de dois sacerdotes, ela conseguiu tirá-los da correnteza do rio.
Martírio por Cristo 
A mesma sorte dos irmãos coube também a Beatriz. Sendo denunciada como cristã, foi presa e, apesar das ameaças, perseverou na fé. Outra mulher, Lucina, ofereceu uma sepultura a Beatriz e Rufo, em uma escavação vulcânica, onde tinham sido postos os corpos dos seus irmãos.

Santos Félix e Adauto, mártires, na via Portuense

Félix ou Felício foi um dos primeiros mártires cristãos da história. Sabe-se pouco ou nada da sua vida. Sabe-se, porém, o lugar onde foi sepultado: em Roma, ao longo da terceira milha da Via Portuense, no cemitério que, mais tarde, recebeu o nome deste Santo. 
Padroeiros dos perseguidos pela causa de Deus 
Origens 
Os registros existentes sobre os santos Félix e Adauto são poucos. A história desses dois chegou até nós através da Tradição (com “T” maiúsculo) cristã, que remonta aos primeiros tempos do cristianismo. Sabe-se que São Félix foi um sacerdote cristão que viveu no tempo do imperador Diocleciano por volta do ano 300, em Roma. O pouco que se sabe sobre Santo Adauto é surpreendente e inquietante. 
Mártires oferecendo suas vidas por Jesus 
A história conta que São Félix foi preso pelos soldados do imperador Diocleciano, um dos maiores perseguidores dos cristãos, pelo simples fato de se declarar cristão e exercer o ministério sacerdotal em Roma.

Santas Lucila, Flora e Eugênio e companheiros , mártires Festa: 29 de julho

Emblema:
Palma 
Uma antiga tradição afirma que Flora e Lucila eram irmãs, cidadãs romanas, que viveram no século III. Elas se destacaram em Roma por sua fé, amor à castidade e desprezo pelo mundo. Um dia, em Óstia, foram sequestradas por um africano chamado Eugênio, que, movido por seu exemplo, mais tarde se converteu. Quando o Imperador Galiano emitiu o edito condenando os cristãos, Flora e Lucila demonstraram extraordinária coragem, sacrificando suas vidas por Cristo. Isso foi por volta do ano 260. A tradição acrescenta que, no século IX, suas relíquias foram levadas para Arezzo, para o mosteiro beneditino que ficava perto de Olmo. Em 1196, os monges foram forçados a deixar a colina Torrita (que ainda é chamada de Santa Flora). Eles construíram o mosteiro em Arezzo, levando as preciosas relíquias para a abadia, que agora são mantidas no altar dedicado a Santa Rita. O festival local de Flora e Lucila está marcado para 29 de julho.

Santa Marta de Betânia – 29 de julho

      Marta é contemporânea de Jesus. Ela é mencionada treze vezes nos Evangelhos. Era irmã de Lázaro, grande amigo de Jesus e de Maria, aquela que se sentava aos pés do Mestre para ouvi-lo. A família de Marta vivia no vilarejo de Betânia, a três quilômetros de Jerusalém. A casa de Marta era um verdadeiro local de descanso para Jesus e seus discípulos. Convivendo com o Mestre, ouvindo-o e servindo-o, Marta conheceu o Reino dos céus. Ela presenciou a ressurreição de seu irmão Lázaro, operada por Jesus, quatro dias após sua morte.