Sofreu pouco depois o martírio, por não ter sacrificado aos deuses pagãos.
É considerada a primeira mártir do Ocidente.
http://alexandrinadebalasar.free.fr/martirologio_01.htm#18
Século III
Ela sofreu o martírio sob Cláudio II, no século III, foi enterrada na Via Ostiense e transferida para o Aventino. É provável que ela tenha sido a fundadora de uma antiga igreja no Aventino. Tudo o que é contado sobre ela são lendas, e as informações que você tem são contraditórias e nos remetem a três pessoas diferentes.
Etimologia: Prisca = primitivo, de outra época, do latim
Emblema: Palma
Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de Santa Prisca, em cujo nome uma basílica no Monte Aventino é dedicada a Deus.
É difícil estabelecer a verdadeira identidade desta mártir romana, apesar dos numerosos documentos antigos, uma vez que as várias notícias a seu respeito provavelmente se referem a três pessoas diferentes. A celebração de hoje tem como objetivo homenagear o fundador da igreja titular do Aventino, a quem se refere a epígrafe funerária do século V, preservada no claustro de São Paulo Fora dos Muros. A antiga igreja, querida por aqueles que gostam de redescobrir os recantos intactos da Roma antiga, na sombra discreta e repousante de suas naves, ergue-se sobre as fundações de uma grande casa romana do século II, como provaram recentes escavações arqueológicas.
Mas a Acta S. Priscae, que fixa seu martírio sob Cláudio II (268-270) e seu sepultamento na Via Ostiense, de onde seu corpo seria mais tarde levado para o Aventino, não tem mais credibilidade do que a lenda evocativa, que coloca Santa Prisca no período em que São Pedro realizou seu trabalho missionário em Roma.
Segundo esta lenda, a santa foi batizada aos treze anos pelo próprio Príncipe dos Apóstolos e coroou seu amor a Cristo com a palma do martírio, ao mesmo tempo em que estabeleceu um registro, também sugerido pelo nome romano, que significa "primeiro": ela teria sido de fato a primeira mulher no Ocidente a testemunhar sua fé em Cristo com o martírio. O protomártir romano teria sido decapitado durante a perseguição de Cláudio, em meados do primeiro século. O corpo da jovem foi enterrado, ainda de acordo com esta tradição, nas catacumbas de Priscila, a mais velha de Roma.
No século VIII, o mártir romano começou a ser identificado com Prisca, esposa de Áquila, de quem fala São Paulo: "Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, que expuseram suas cabeças para salvar minha vida. A eles devo dar graças, não só eu, mas também todas as igrejas dos gentios» (Rm 16, 3). Assim começou a falar do "titulus Aquilae et Priscae" modificando o título primitivo do qual já temos notícias no sínodo romano de 499. O título cardinalício com o qual foi honrada a igreja de Santa Prisca, uma santa agora quase esquecida pelos calendários, testemunha a devoção que desde os primeiros séculos de vida cristã recebeu este "primeiro fruto" do humilde pescador da Galileia. A igreja de S. Prisca, construída no local de uma casa romana que, segundo a lenda, teria abrigado São Pedro, preserva na cripta um capitel oco, usado pelo próprio apóstolo, para batizar os catecúmenos.
Autor: Piero Bargellini
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