domingo, 15 de outubro de 2023

EVANGELHO DO DIA 15 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Mateus 22,1-14. 
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O Reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: "Dizei aos convidados: preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto, vinde às bodas". Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio; os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade. Disse, então, aos servos: "O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes". Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe: "Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?". Mas ele ficou calado. O rei disse, então, aos servos: "Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí, haverá choro e ranger de dentes". Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion
Abade(1858-1923) 
O festim eucarístico 
As núpcias do Filho de Deus 
Cristo diz-nos: «O Reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho». Quem é que este rei e este filho representam? Quem são os convidados para este festim de bodas? Haverá algum mistério por trás desta alegoria? Segundo os Doutores da Igreja, o Rei é o Pai celestial. Quando, para redimir o mundo, o Pai decretou a encarnação do Verbo, estava a preparar, pela união da natureza humana com a pessoa divina, um maravilhoso banquete nupcial. A encarnação do Verbo é nupcial, porque, ao receber a humanidade santa como sua, o Filho de Deus fez dela sua esposa. Estas eram já, no sentido mais elevado, as «núpcias do Cordeiro» (Ap 19,7). Para Cristo, a união com a sua Igreja significa sobretudo a união com cada alma através da graça santificante e da caridade. De facto, escreve São Paulo aos coríntios: «Foi com um só esposo, Cristo, que vos desposei, para vos apresentar a Ele como virgem pura» (2 Cor 11, 2). O rei tinha convidado muitos convivas para participarem no banquete, mas todos se escusaram. Por isso, enviou os seus servos às encruzilhadas para chamar os mais pobres para o farto banquete que tinha preparado. Deste modo, a sala do banquete foi aberta aos humildes, aos doentes e até aos aleijados. Quem é que esta multidão representa? Vemos nela o povo cristão, chamado pela munificência divina ao banquete eucarístico. Aqueles que participam dos mistérios sagrados gozam da união de amor reservada aos convidados do banquete; Cristo toma posse das suas almas e eles, por sua vez, possuem-no na fé e na caridade. Esta união imita, de certo modo, a da santa humanidade com o Verbo, que é o modelo de todas as relações de intimidade e de amor entre a criatura e o seu Deus. É a estas alturas da vida sobrenatural que todos somos convidados.

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