Irmãs dos Santos Nomes de Jesus e Maria.
Maria Rosa abençoada(Eulalia Melania)Durocher
(*)Saint-Antoine-sur-Richelieu, Quebec, Canadá, 6 de outubro de 1811 –
(+)Longueuil, Canadá, 6 de outubro de 1849
A beata canadense Irmã Maria Rosa (nascida Eulalia Melania Durocher) fundou a Congregação das Irmãs dos Santos Nomes de Jesus e Maria. João Paulo II a beatificou em 23 de maio de 1982.
Martirológio Romano: Em Longueuil, no Canadá, a Bem-aventurada Maria Rosa (Eulália) Durochet, virgem, fundadora da Congregação das Irmãs dos Santos Nomes de Jesus e Maria para a formação humana e cristã das moças.
Uma menina nascida em uma pequena aldeia do interior, com saúde frágil, jamais pensaria em um dia fundar uma congregação de irmãs professoras, difundida hoje em várias partes do mundo, mas o Senhor, para suas obras, também usa pequenas ferramentas.
Eulalia Durocher nasceu em Saint Antoine sur Richelieu, uma pequena cidade em Quebec (Canadá), em 6 de outubro de 1811, em uma família muito religiosa. Ela era a caçula de dez filhos, três dos quais se tornaram padres e duas freiras. Até mesmo seus pais, que eram agricultores, pensaram em sua juventude em consagrar-se a Deus. Eulália (batizada com o nome de Melania) cresceu em um ambiente saudável, tranquilo e profundamente cristão. Aos dez anos foi enviada para o colégio das Irmãs de Notre Dame, em St. Denis, onde permaneceu por dois anos e recebeu sua Primeira Comunhão. Ela então voltou para casa devido a problemas de saúde até que, em 1827, amadurecendo sua vocação religiosa, ela entrou na comunidade de Montreal das mesmas irmãs. Nos três anos seguintes, ele teve que voltar para casa várias vezes, novamente por causa de problemas de saúde, e finalmente renunciou ao seu desejo. Aos dezenove anos, quando sua mãe morreu, mudou-se com seu pai para seu irmão sacerdote em uma aldeia próxima. Cuidava dos afazeres da reitoria, ajudando nas obras paroquiais e sendo apreciado por todos pela disponibilidade e gentileza. No ano seguinte, algumas meninas começaram a ajudá-la e juntas formaram a associação das Filhas de Maria, a primeira no Canadá. Eulália foi eleita diretora da associação, mas sua vocação para se consagrar inteiramente a Deus permaneceu forte e em 1841 pronunciou nas mãos do confessor os votos particulares de pobreza, castidade e obediência. O trabalho na paróquia deu-lhe então a oportunidade de compreender o quão necessária era a educação dos pobres que naquela época eram quase desprovidos dela. A situação sociopolítica em Quebec era complicada. No século anterior, após uma guerra entre a França e a Inglaterra (1763), o país havia ficado sob controle inglês. Desde sua fundação (1603), a chamada "Novelle France" nasceu graças à imigração do velho continente, regulada por regras precisas. Os habitantes eram todos católicos franceses e muitas vezes as relações com os vizinhos ingleses (protestantes) não eram fáceis. Com a Revolução Americana, colonos que não queriam se separar da Coroa Britânica se refugiaram no Canadá. Eles se estabeleceram principalmente no oeste, em Ontário, deixando os territórios do leste para os francófonos. A convivência entre as duas comunidades, que envolvia escolha de governos, liberdade de imprensa e controle do comércio, era difícil. Houve revoltas reprimidas pela força (1838) porque os franceses, apesar de serem maioria, tinham menos direitos. Nesses eventos complexos insere-se a história do bem-aventurado. Em sua cidade, para a instrução do povo, tentou-se trazer da França a Congregação dos Santos Nomes de Jesus e Maria que, impossibilitada de abrir uma casa no exterior, enviou suas próprias constituições para inspirá-la. O confessor de Eulália, um missionário Oblato de Maria Imaculada (fundado por De Mazenod), aconselhou então a jovem a dar vida a uma nova família religiosa. Durocher, contra todas as suas expectativas, juntamente com dois amigos, formaram a primeira comunidade ao fixar residência em uma antiga escola. Foi precisamente nesses anos que Santo Eugênio de Mazenod enviou seus missionários da França para Montreal, abrindo o caminho para o desenvolvimento de sua congregação. A diocese católica era grande e havia muito trabalho a ser feito. Assim nasceram em Longueuil, em 28 de outubro de 1843, as Irmãs dos Santos Nomes de Jesus e Maria. Aprovada pelo bispo Ignace Bourget em 29 de fevereiro do ano seguinte, em 8 de dezembro de 1844 houve profissão e Eulália tomou o nome de Maria Rosa, sendo nomeada superior e amante de noviços. Em 1845 a congregação tinha personalidade jurídica, com reconhecimento pelo parlamento. Foi fundamental a orientação dos Oblatos de Santo Eugênio na formação das irmãs, e a ajuda dos irmãos da Irmã Maria Rosa, em particular de Teófilo. As constituições do Instituto de Marselha foram mantidas, adotando o método de ensino dos Irmãos das Escolas Cristãs. A congregação multiplicou seu apostolado, algumas iniciativas foram pagas e assim atividades educativas para famílias pobres puderam ser financiadas.
Madre Maria Rosa já havia cumprido sua missão terrena, plantando uma semente fecunda no coração da Igreja. Faleceu aos trinta e oito anos de idade, em 6 de outubro de 1849. Pouco antes de expirar, sorrindo, ele disse às irmãs reunidas ao redor de sua cama: "Suas orações estão me mantendo aqui, deixem-me ir!" A congregação, que em 1877 se tornou um direito pontifício, ainda se dedica principalmente à instrução e catequese, seguindo a espiritualidade inaciana. É difundido em várias partes do mundo, além do Canadá e Estados Unidos, está presente no Japão, Lesoto, Brasil, Peru, Camarões, Haiti, Nigéria. Os restos mortais de Madre Maria Rosa são venerados na catedral da diocese de St-Jean-Longueil, a catedral de St-Antoine. O Papa João Paulo II a declarou beata em 23 de maio de 1982.
Autor: Daniele Bolognini
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