quarta-feira, 19 de abril de 2023

EVANGELHO DO DIA 19 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 3,16-21. 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». Quem acredita nele não é condenado, mas quem não acredita nele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus». E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia  
Santa Catarina de Sena (1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 27, ao cardeal Jacques Orsini 
Uni-vos à caridade da cruz! 
Foi a caridade que levou Deus a tirar-nos de Si mesmo, isto é, da sua infinita sabedoria, para que fôssemos felizes e pudéssemos participar na sua felicidade suprema. E foi esse o laço que, depois de o homem perder a graça devido ao seu pecado, uniu e ligou Deus à natureza humana e a transplantou em nós. Porque a vida foi enxertada na morte; nós estávamos mortos e a sua união connosco deu-nos a vida. Desde que Deus foi assim transplantado no homem, o Homem-Deus correu, todo abrasado de amor, para a morte ignominiosa da cruz. Foi nesta árvore que quis ser enxertado o Verbo incarnado, pregado à cruz pelo amor e não pelos cravos, que não teriam sido suficientes para reter o Homem-Deus. O doce Mestre subiu a esse trono para nos ensinar a doutrina da verdade; e a alma que a segue não pode cair nas trevas. Por isso, não durmais mais, meu Pai, porque sois uma fraca coluna por vós mesmo; mas uni-vos à árvore da cruz; ligai-vos por amor, por uma caridade inefável e sem limites, ao Cordeiro imolado que derrama o seu sangue de todas as partes do seu corpo. Que os nossos corações se derretam; chega de dureza e de negligência, porque o tempo não dorme. Permaneçamos com Deus pelo amor e um santo desejo, e já não teremos nada a temer.

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