segunda-feira, 21 de março de 2022

EVANGELHO DO DIA 21 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 4,24-30. 
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a Terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-no até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407)
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Sermão sobre Elias, a viúva 
e as esmolas; PG 51, 348 
Acolher a Cristo 
A viúva de Sarepta recebe o profeta Elias com grande generosidade, esgotando a sua pobreza em honra dele, embora seja uma estrangeira de Sídon, que nunca tinha ouvido o que os profetas dizem acerca do mérito da esmola, e muito menos a palavra de Cristo: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25,35). Que desculpa poderemos nós dar se, depois de termos ouvido tais exortações, depois da promessa de tão grandes recompensas, depois da promessa do Reino dos Céus e da sua felicidade, não tivermos o mesmo grau de bondade que esta viúva? Uma mulher de Sídon, uma viúva, que tinha a família a seu cargo, ameaçada pela fome e vendo chegar a morte, abre a sua porta para acolher um estranho e dá-lhe a pouca farinha que lhe resta. E nós, que fomos instruídos pelos profetas, que ouvimos os ensinamentos de Cristo, que tivemos a possibilidade de refletir sobre as coisas futuras, que não estamos ameaçados pela fome, que temos muito mais do que esta mulher, teremos desculpa se não tocarmos nos nossos bens para os dar? Negligenciaremos a nossa própria salvação? Tenhamos, pois, compaixão pelos pobres, a fim de sermos dignos de possuir para sempre as coisas que hão de vir, pela graça e o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo pela humanidade.

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