quinta-feira, 1 de agosto de 2019

EVANGELHO DO DIA 1 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 13,47-53. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos, e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». Quando acabou de proferir estas parábolas, Jesus continuou o seu caminho. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho (354-430) 
bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
«A fé e as obras», caps. 3-5 
Imitar a paciência do Senhor 
Nosso Senhor foi um modelo incomparável de paciência: aguentou um «demónio» entre os seus discípulos até à sua Paixão (Jo 6,70), e dizia: «Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo» (cf Mt 13,29). Tendo a rede como símbolo da Igreja, predisse que esta traria para a praia, quer dizer, até ao fim do mundo, toda a espécie de peixes, bons e maus. E deu a conhecer de muitas outras maneiras, tanto abertamente como através de parábolas, que haveria sempre essa mistura de bons e maus. E, no entanto, afirmou que é necessário vigiar pela disciplina na Igreja quando disse: «Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganhado o teu irmão» (Mt 18,15) […] Hoje, porém, vemos pessoas que só tomam em consideração os preceitos mais rigorosos, que mandam reprimir os que causam perturbação, que ordenam que «não se deem aos cães as coisas santas», que se «tratem como aos publicanos» aqueles que desprezam a Igreja, que se repudiem do seu corpo os membros escandalosos (Mt 7,6; 18,17; 5,30). O seu zelo intempestivo causa muita tribulação à Igreja, porque desejariam arrancar o joio antes do tempo; e a sua cegueira faz deles inimigos da unidade de Jesus Cristo. […] Tomemos cuidado para não deixarmos entrar no nosso coração estes pensamentos presunçosos, para não procurarmos destacar-nos dos pecadores com receio de que o contacto com eles nos manche, para não tentarmos formar como que um rebanho de discípulos puros e santos. Sob o pretexto de não frequentarmos os maus, conseguiríamos apenas romper a unidade. Pelo contrário, recordemo-nos das parábolas da Escritura, dessas palavras inspiradas, desses exemplos tocantes, onde se nos demonstra que os maus estarão sempre misturados com os bons na Igreja, até ao fim do mundo e até ao dia do juízo, sem que a sua participação nos sacramentos seja prejudicial aos bons, desde que estes não participem dos pecados daqueles.

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