sábado, 15 de dezembro de 2018

EVANGELHO DO DIA 15 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 17,10-13. 
Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?» Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para restaurar todas as coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles». Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Baptista. Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Efrém (c. 306-373) diácono da Síria, 
doutor da Igreja 
Obras, tomo I Elias no Monte Horeb
«"Eis que o Senhor vai passar." 
Nesse momento, passou diante dele um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos, mas o Senhor não estava naquele vento» (1Rs 19, 11). Após o furacão, ocorreram tremores de terra e relâmpagos; Elias percebeu que Deus também não estava ali. O objetivo destes fenómenos era conter o zelo, aliás louvável, do profeta nos limites da sua responsabilidade, e ensinar-lhe, a exemplo dos sinais da autoridade divina, que a severidade devia ser temperada com a misericórdia. De acordo com o sentido oculto, os turbilhões de vento, os tremores de terra e os incêndios ateados pelos ventos que precederam a vinda de Deus eram sinais precursores do juízo universal. [...] «Após o fogo, ouviu-se um murmúrio». Através deste símbolo, Deus refreia o zelo imoderado de Elias. Com isto quer dizer-lhe: «Vês que os ventos impetuosos não Me agradam, nem os terríveis tremores de terra, e que também não gosto dos relâmpagos e dos raios: porque não imitas a suavidade do teu Deus? Porque não abrandas um pouco esse zelo que te consome, a fim de te tornares protetor dos homens do teu povo, em vez de seres seu acusador?» O doce murmúrio representa a alegria da vida bem aventurada que será dada aos justos quando, no fim dos tempos, tiver lugar o temível juízo final. [...] «Após ter escutado este murmúrio, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou de pé à entrada da gruta; e eis que uma voz lhe falou: "Elias, que fazes aqui?" Ele respondeu: "Sinto um zelo ardente pelo meu Senhor, o Deus dos exércitos, pois os filhos de Israel abandonaram a tua aliança".» O profeta manteve-se à entrada da gruta, sem ousar aproximar-se de Deus que chegava, e cobriu o rosto, pensando que não era digno de ver Deus. [...] No entanto, tinha perante os seus olhos um sinal da clemência divina e, facto que devia tê-lo tocado ainda mais, passava pessoalmente pela experiência da bondade maravilhosa de Deus nas palavras que Ele lhe dirigia. Pois quem não ficaria seduzido pela benevolência de tão grande majestade, por pergunta tão mansa: «Elias, que fazes aqui?»

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