terça-feira, 11 de julho de 2017

REFLETINDO A PALAVRA - “Um ensinamento novo”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
 Profeta Prometido 
Jesus iniciou sua missão na Galiléia, região das trevas, não em Jerusalém, centro espiritual e político de Israel. A cidade de Cafarnaum estava no cruzamento de estradas importantes. Por isso era uma população misturada com pagãos. Não era reconhecida como um povo puro. Por isso o profeta diz que “a região das trevas viu uma grande luz” (Is 9,1; Mt 4,16). Foi ali que Jesus iniciou sua missão. Conforme seu costume foi à sinagoga no dia de sábado. Ali se fazia a leitura da Palavra de Deus. A sinagoga era o coração da vida espiritual do povo. O povo reconhecia que Ele “pregava como quem tem autoridade e não como os mestres da Lei” (Mt 1,21-22). Sua autoridade e poder estão na força do Espírito que age Nele. Os mestres ficavam repetindo preceitos. Ele tem o poder do Profeta predito por Moisés no livro do Deuteronômio, como lemos na primeira leitura. Na estrutura do povo de Israel havia magistrados, juízes, o rei e os sacerdotes. Ao lado destas instituições havia a figura do profeta. Havia também falsos profetas, adivinhos, supersticiosos e coisas piores. Estes foram sempre recriminados, pois enganavam o povo usando o Nome de Deus. Moisés afirma que Deus promete um profeta como ele, que seja intermediário entre Deus e o povo (Dt 18,17-18). Este profeta dará segurança ao povo nas coisas de Deus. É o que o povo reconhece em Jesus. Ser o profeta é missão de Jesus que fala como Deus quer. O povo pode testemunhar que o poder de Jesus se manifesta, sobretudo, na vitória sobre o mal, exemplificado pela cura do endemoniado. Ele está acima e é reconhecido como o Santo de Deus pelo próprio demônio. O mal não pode dominar as pessoas se essas seguem Jesus. O melhor exorcismo é ser de Jesus. O início da missão de Jesus dá a tonalidade para todo evangelho de Marcos. Não podemos colocar a missão de Jesus como um concorrente com o mal para ver quem vence. Por isso seu poder é definitivo e eterno. Assim acontece no mundo atual. A falta de fé dos cristãos propicia e invasão das maldades no mundo. 
Liberdade no compromisso 
Para compreender este texto de Paulo sobre os problemas que o casamento traz para a vida espiritual, temos que entender que os primeiros cristãos esperavam a volta de Jesus para breve. Lemos nas cartas aos Tessalonicenses: Para que trabalhar se Ele vai voltar logo? (2Ts 3,10-11). Paulo acentua outros valores superiores a essa sua opinião. Por seu ensinamento sobre a caridade em 1ª Coríntios 13, entendemos este valor. Somos ensinados a compreender que em qualquer condição que vivamos, temos que viver para o Senhor. Assim o Senhor nos ensinará a viver mais e melhor a própria vocação, seja de casado, seja de solteiro. Ele próprio escreve: “Se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus? (1Tm 3,5). Temos que ter a liberdade de estar em Cristo para nos enriquecer dele e enriquecer o que fazemos. A vida é também uma pregação. 
Uma missão com compromisso 
A oração da missa nos convida a “amar com a verdadeira caridade”. Este amor está a par com a adoração a Deus de todo o coração. Ao aceitarmos Jesus nos envolvemos com sua missão. Participamos de seu profetismo e somos vencedores com Ele, de todo mal. Perguntamos: “Por nossa palavra não causa impacto de conversão e admiração de Deus?” Sabemos que há um desagrado e desencanto com as pregações nas comunidades. Sabemos que a força da palavra não está só no pregador, mas ele pode ajudar. 

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