segunda-feira, 11 de novembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 11 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 17,1-6. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os provoca. Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao mar, do que ser ocasião de pecado para um só destes pequeninos. Tende cuidado. Se teu irmão cometer uma ofensa, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes num dia e sete vezes vier ter contigo e te disser: "Estou arrependido", tu lhe perdoarás». Os apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: "Arranca-te daí e vai plantar-te no mar", e ela vos obedeceria». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld 
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Carta de 15/07/1916 
«Perdoa-lhe» 
O amor não consiste em sentirmos que amamos, mas em querermos amar. Quando queremos amar, amamos; quando queremos amar acima de tudo, amamos acima de tudo. Se acontecer sucumbirmos a uma tentação, não é porque o amor não exista, é porque é demasiado fraco. Temos de chorar, como São Pedro, de nos arrepender, como São Pedro, mas, também como ele, de dizer três vezes: «Amo-Te, amo-Te, amo-Te, Tu sabes que, apesar das minhas fragilidades e dos meus pecados, eu Te amo» (cf Jo 21,15s). Jesus provou abundantemente o amor que tem por nós, para que nele acreditemos mesmo sem o sentirmos. Sentir que O amamos e que Ele nos ama seria o Céu; mas o Céu, salvo em raros momentos e com algumas exceções, não é aqui em baixo. Lembremos sempre uns aos outros esta dupla história: a das graças que Deus nos deu pessoalmente desde que nascemos e a das nossas infidelidades; aí acharemos motivos infinitos para nos perdermos, com ilimitada confiança, no seu amor. Ele ama-nos porque é bom, não porque nós sejamos bons; não é verdade que as mães amam os filhos desencaminhados? E havemos de encontrar muitas razões para a humildade e a desconfiança de nós próprios. Procuremos resgatar uma parte dos nossos pecados através do amor ao próximo, do bem que fazemos ao próximo. A caridade com o próximo, o esforço por fazer bem aos outros, é um excelente remédio para as tentações: é passar da simples defesa ao contra-ataque.

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