terça-feira, 14 de novembro de 2023

São Gregório Palamas

Foi um dos maiores expoentes 
da Doutrina ascética e mística 
e a sua pratica e técnica provocou
grande controvérsia na Igreja
durante o século XIV.
Gregório Palamas (em grego: Γρηγόριος Παλαμάς) (Constantinopla, c. 1296 — Tessalônica, 14 de novembro de 1359) foi um monge do Monte Athos, Grécia, e, posteriormente, arcebispo de Tessalônica, conhecido como o teólogo preeminente do Hesicasmo. É venerado como santo pela Igreja Ortodoxa, sendo comemorado em 14 de novembro e também no segundo domingo da Grande Quaresma, chamado Domingo de São Gregório Palamas. Além disso, alguns de seus escritos são encontrados na Filocalia. 
História 
Palamas foi, a princípio, requisitado pelos seus colegas monges do Monte Athos a defendê-los das acusações do monge Barlaão de Seminara. Barlaão acreditava que os filósofos tinham maior conhecimento acerca de Deus do que os próprios profetas, além de valorizar o intelectualismo acima do asceticismo (que inclui práticas como a Oração de Jesus - ou Oração do Coração -, muito utilizada pelos hesicastas). Além disso, Barlaão rejeitava que Deus poderia ser de qualquer modo acessível aos homens, enquanto São Gregório não apenas defendia que, sim, as atividades divinas são acessíveis, como também apresentou a doutrina da energia incriada de Deus para explicar, inclusive, a Transfiguração de Jesus Cristo. Discorrendo acerca da questão de como é possível para humanos terem conhecimento de um transcendental e irreconhecível Deus, ele desenvolveu uma distinção entre conhecê-Lo em sua essência (em grego, ousia) de conhecê-Lo em suas energias (no grego, energeiai). Ele sustentava a doutrina ortodoxa que é impossível conhecer Deus em Sua essência (saber quem é Deus, de facto), mas é possível conhecê-Lo em Suas energias (saber o que Deus faz e quem Ele é em relação à criação e ao homem), uma vez que é a forma pela qual Ele se revela à humanidade. Assim sendo, ele faz referências aos Padres Capadócios e outros escritores cristãos e Pais da Igreja. Palamas ainda defende que quando Pedro, Tiago e João testemunharam a Transfiguração de Jesus no Monte Tabor, eles estavam, na verdade, vendo a luz de Deus (chamada, por isso, de Luz de Tabor) e que é possível a outros o direito a ver a mesma luz com o auxílio de certas disciplinas espirituais e meditações, ainda que não seja uma maneira mecânica ou automática.

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