quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

EVANGELHO DO DIA 7 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 11,28-30. 
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Papa Francisco 
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §18 
(trad. © Libreria Editrice Vaticana) 
«Vinde a Mim» 
A plenitude a que Jesus leva a fé possui outro aspeto decisivo: na fé, Cristo não é apenas Aquele em quem acreditamos, a maior manifestação do amor de Deus, mas é também Aquele a quem nos unimos para poder acreditar. A fé não se limita a olhar para Jesus, olha também a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos: é uma participação no seu modo de ver. Em muitos âmbitos da vida, fiamo-nos noutras pessoas que conhecem as coisas melhor do que nós: temos confiança no arquiteto que constrói a nossa casa, no farmacêutico que nos fornece o remédio para a cura, no advogado que nos defende no tribunal. Também precisamos de alguém que seja fiável e perito nas coisas de Deus; e Jesus, seu Filho, apresenta-Se como Aquele que nos explica Deus (cf Jo 1,18). A vida de Cristo, a sua maneira de conhecer o Pai e de viver totalmente em relação com Ele, abre um espaço novo à experiência humana, um espaço onde nós podemos entrar. São João exprimiu a importância que a relação pessoal com Jesus tem para a nossa fé através de vários usos do verbo «crer». Juntamente com o «crer que» é verdade o que Jesus nos diz (cfJo 14,10; 20,31), João usa mais duas expressões: «crer a (sinónimo de dar crédito a)» Jesus e «crer em» Jesus. «Cremos a» Jesus, quando aceitamos a sua palavra, o seu testemunho, porque ele é verdadeiro (cf Jo 6, 30). «Cremos em» Jesus, quando O acolhemos pessoalmente na nossa vida e nos confiamos a Ele, aderindo a Ele no amor e seguindo-O pelo caminho (cf Jo 2,11; 6,47; 12,44). Para nos permitir conhecê-lo, acolhê-lo e segui-lo, o Filho de Deus assumiu a nossa carne; assim, a sua visão do Pai deu-se também de forma humana, através de um caminho no tempo. A fé no Filho de Deus feito homem em Jesus de Nazaré não nos separa da realidade; antes, permite-nos individuar o seu significado mais profundo, descobrir como Deus ama este mundo e o orienta sem cessar para Si; e isto leva o cristão a comprometer-se, a viver de modo ainda mais intenso o seu caminho na Terra.

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