quarta-feira, 9 de novembro de 2022

EVANGELHO DO DIA 9 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São João 2,13-22. 
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no Templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas, e os cambistas sentados às bancas. Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do Templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio». Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo pela tua casa». Então, os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este Templo e em três dias o levantarei». Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para se construir este Templo e Tu vais levantá-lo em três dias?». Jesus, porém, falava do templo do seu corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Aelredo de Rievaulx 
Monge cisterciense (1110-1167)
Sermão 8 para a a festa de São Bento 
«O templo de Deus é santo e 
esse templo sois vós» (1Co 3,17) 
Moisés, depois de ter conduzido Israel para fora do Egito, construiu no deserto um tabernáculo, uma tenda de santuário, graças às doações dos filhos de Jacob. É preciso ver que, como diz o apóstolo Paulo, tudo isso era simbólico (1Cor 10,6). Sois vós, meus irmãos, que sois agora o tabernáculo de Deus, o templo de Deus, como explica o apóstolo: «O templo de Deus é santo, e esse templo sois vós». Templo onde Deus reinará eternamente, vós sois a sua tenda, pois Ele acompanha-vos no caminho; Ele tem sede em vós, tem fome em vós. Essa tenda continua a ser transportada pelo deserto desta vida, até chegarmos à Terra Prometida. Então, a tenda tornar-se-á templo e o verdadeiro Salomão dedicá-lo-á «durante sete dias mais sete dias» (1R 8,65), isto é, durante o duplo repouso da imortalidade para o corpo e da beatitude para a alma. Por agora, se somos verdadeiramente filhos espirituais de Israel, se saímos espiritualmente do Egito, façamos oferendas para a construção do tabernáculo: «Cada um recebe de Deus o seu próprio carisma, um de uma maneira, outro de outra» (1Cor 7,7). Que tudo seja, portanto, comum a todos. Que ninguém considere o carisma que recebeu de Deus como seu bem pessoal; que ninguém tenha ciúmes dum carisma que o seu irmão tenha recebido. Mas cada um considere aquilo que lhe pertence como sendo de todos os irmãos, e não hesite em considerar como seu o que é de um irmão. Segundo o seu desígnio misericordioso, Deus age connosco de modo que todos tenhamos necessidade dos outros: o que um não tem, pode encontrá-lo no irmão. «Nós, que somos muitos, formamos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros que pertencem uns aos outros» (Rom 12,5).

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