quinta-feira, 15 de setembro de 2022

EVANGELHO DO DIA 15 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 19,25-27. 
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E, a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Guerric de Igny (1080-1157) 
Abade cisterciense 
1.º Sermão para a Assunção;PL185A,187
«Eis a tua Mãe» 
Maria concebeu um filho, que é o Filho unigénito do Pai no Céu, e o filho unigénito de sua Mãe na Terra. Esta única virgem-mãe, que teve a glória de dar ao mundo o Filho unigénito de Deus, beija o seu próprio Filho em todos os membros do seu Corpo e não enrubesce quando lhe chamam Mãe de todos aqueles em quem ela reconhece Cristo, já formado ou em vias de o estar. Eva, que tinha legado aos filhos a condenação à morte antes mesmo de estes terem visto a luz do dia, foi chamada a «mãe de todos os viventes» (Gn 3,20). Mas, como não correspondeu ao desígnio do seu nome, foi Maria quem realizou o mistério que não se cumprira. Tal como a Igreja, da qual é símbolo, Maria é a Mãe de todos os que renasceram para a vida. Ela é, na verdade, a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; ao conceber essa Vida, regenerou, de alguma forma, todos os que dela iam viver. A bem-aventurada Mãe de Cristo, reconhecida como Mãe dos cristãos em virtude deste mistério, é também sua Mãe pelo cuidado que tem para com todos eles e pelo afeto que lhes testemunha. Não os trata com dureza, mas a todos trata como seus filhos. As suas entranhas, uma única vez fecundadas, não se esgotaram, mas dão constantemente à luz frutos de bondade. «Bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1,42), ó doce Mãe, que te inundou de uma bondade inesgotável: nascido de ti uma única vez, Ele permanece em ti para sempre.

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