sexta-feira, 6 de maio de 2022

EVANGELHO DO DIA 6 DE MAIO

Evangelho segundo São João 6,52-59. 
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente». Assim falou Jesus, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
co-padroeira da Europa 
«Misericórdia pelo mundo» 
Deus entrega-Se: loucura de amor 
Trindade eterna, Trindade eterna! Ó fogo! Ó abismo de caridade! Louco pela tua criatura! Verdade eterna, fogo eterno! Ó eterna sabedoria! A sabedoria veio ao mundo sozinha? Não! Porque a sabedoria não foi separada do poder, nem este da clemência. Ó sabedoria, Tu não vieste, pois, isolada, mas escoltada por toda a Divindade. Trindade eterna! Louca de amor! Que proveito retiras Tu da nossa redenção? Nenhum, porque não tens necessidade de nós, Tu, que és o nosso Deus. O proveito recai unicamente no homem. Ó caridade sem preço! Começaste por nos dar a tua divindade e toda a tua humanidade. Depois, legaste-Te inteiramente em alimento, e prevines as nossas falhas fortalecendo-nos no decurso da nossa peregrinação na Terra. Homem, que te legou, pois, o teu Deus? Legou-Se todo a Si mesmo: a sua divindade e a sua humanidade inteira, veladas sob as brancas aparências deste pão. Ó fogo de amor! Não Te bastava, depois de nos teres criado à tua imagem e semelhança, ter-nos refeito sobrenaturalmente no sangue de teu Filho? Tinhas ainda de nos dar a tua essência divina em alimento? Assim o quis a tua caridade, louco de amor que és! Não apenas deste o teu Verbo na redenção e na eucaristia, como, amando até à loucura a tua criatura, lhe deste toda a tua essência.

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