segunda-feira, 18 de abril de 2022

EVANGELHO DO DIA 18 DE ABRIL

Evangelho segundo São Mateus 28,8-15. 
Naquele tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante dele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e, depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro, com esta recomendação: «Dizei: "Os discípulos vieram de noite roubá-lo, enquanto nós estávamos a dormir". Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o dinheiro e fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os judeus até ao dia de hoje. 
Tradução litúrgica da Bíblia
Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de São João,62,63
«Molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes»

Quando o Senhor, Pão da Vida (Jo 6,35), deu pão a este homem morto e marcado, entregando o pão vivo a quem O traíra, disse-lhe: «O que tens a fazer, fá-lo depressa». Não estava a ordenar-lhe que praticasse um crime; estava revelar o mal que havia em Judas e a anunciar o nosso bem. Pois o facto de Cristo ter sido entregue foi um mal para Judas e um bem para nós. Por conseguinte, Judas prejudicou-se beneficiando-nos, sem o saber.«O que tens a fazer, fá-lo depressa»: palavras de um homem que está pronto, mas não de um homem irritado; palavras que não anunciam a punição de quem traiu, mas a recompensa do Redentor, daquele que resgata. Ao dizer: «O que tens a fazer, fá-lo depressa», Cristo, mais que condenar o crime de infidelidade, procura apressar a salvação dos crentes: «foi entregue por causa das nossas faltas» (Rom 4,25); «como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela» (Ef 5,25). É isso que leva o apóstolo Paulo a dizer: «Amou-me e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gal 2,20). De facto, ninguém entregava Cristo se Ele mesmo não Se tivesse entregado. Quando Judas O trai, é Cristo que Se entrega; um negoceia a sua venda, o Outro o nosso resgate. «O que tens a fazer, fá-lo depressa»: não que tenhas poder para tal, mas porque é a vontade daquele que tudo pode. «Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente. Era noite», e aquele que saía era a noite. Depois de a noite ter saído, Jesus disse: «Agora, foi glorificado o Filho do homem». «Um dia passa ao outro esta mensagem» (Sl 18,3), ou seja, Cristo confiou-Se aos seus discípulos para que O escutassem e O seguissem no amor. O mesmo acontecerá quando este mundo, vencido por Cristo, acabar. Então, o joio deixará de se misturar com o trigo, «então, os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai» (Mt 13,43).

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