segunda-feira, 20 de setembro de 2021

REFLETINDO A PALAVRA - “Festejamos a cidade dos Céus”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Deus é louvado nos seus santos.
 
Celebramos a festa de todos os Santos. Quem são os Santos? O livro do Apocalipse nos narra: “São aqueles que vieram da grande tribulação e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14). Santos são todos os que estão nos céus. Temos uns santos que tem o nome na folhinha. Estes são alguns poucos, ao todo uns 4 mil, que foram dados como exemplo e modelo. Nos Céus há gente que pode ser maior do que eles (se houver medida em santidade). Estes foram indicados pelas comunidades com especial atenção pela sua vida e milagres. A Igreja oficialmente os reconheceu. O próprio S. João escreve no Apocalipse que, além dos 144.000, “havia uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas que ninguém podia contar” (Ap 7,9). O Céu é para todos. Só não vai quem não quer. Ao celebrarmos esta festa, estamos honrando a Deus em seus santos. Honrando os santos, nossos irmãos, estamos louvando e agradecendo a Deus e a seu Filho que nos deu a chance de viver o Evangelho das bem-aventuranças e assim poder ir para o Céu. Para viver este programa que o Evangelho de Mateus nos apresenta, é preciso viver como filho de Deus (1 Jo 3,1-3). “Sendo filhos, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele o é” (2). A festa de todos os santos antecipa a festa que viveremos no Céu, um dia, com todos os santos. 
Esperamos em sua intercessão. 
Oferecendo a Deus a Eucaristia em honra dos santos, rezamos na oração sobre as oferendas: “Esperamos em sua intercessão contínua pela nossa salvação”. Há uma troca de favores: honramos os santos e eles intercedem pela nossa salvação. A missão dos santos junto de Deus é interceder por nós. A força de sua intercessão colabora com nossa salvação. Reza a oração da missa: “por intercessores tão numerosos, concedei-nos a plenitude de vossa misericórdia”, a nossa salvação. Entendemos assim que o culto dos santos é bom, útil e necessário para nossa salvação porque somos o Corpo de Cristo e todos os membros do corpo colaboram para a vida saudável (salvação) de todos os membros. Quando dizemos todos os membros, estamos incluindo nossos parentes e amigos falecidos que não são um amontoado de ossos esquecidos em um cemitério, mas cidadãos vivos e muito interessados por nós nos Céus. Eles querem que vamos estar com eles na glória do Pai. Por isso, nossos intercessores são aqueles que são de nosso sangue. 
Viver como filhos. 
São João, em sua carta (1 Jo 3,1-3), afirma que já vivemos esta santidade. Certamente ainda na condição da fragilidade. Foi o presente que Deus nos deu de “sermos filhos de Deus”. Ser filho é já ter a santidade do Pai. Não só somos chamados, mas o somos de fato (1). Se de fato somos filhos, somos de fato santos. Todo aquele que nÊle espera purifica-se como Ele é puro (3). A santidade que esperamos se inicia aqui. Para desenvolver esta santidade temos a ajuda da intercessão dos santos. Nós agradecemos na medida que os honramos, celebrando a Eucaristia a Deus que é sua vida. Procuremos viver uma vida santa, para podermos festejar com eles a alegria eterna de viver em Deus. 
Leituras:Apocalipse7,2-4.9-14;Salmo23; 
1 Jo 3,1-3; Mateus 5,1-12. 
Ficha: 1. Festa de todos os santos. Quem são os santos? São todos aqueles que estão no Céu. Nós celebramos de uma vez só todas pessoas que passaram por esta terra e viveram uma vida que lhes abriu o Céu. Entre eles estão nossos parentes e amigos. Estes santos são aqueles que não aparecem nos calendários. Estes são propostos como modelo e as comunidades quiseram apresentá-los para serem canonizados, pois conheceram suas vidas e seus milagres. 
2. Celebrando a Eucaristia em honra dos santos nós pedimos sua intercessão e louvamos a Deus por ter filhos tão fiéis. Os santos, como reza a oração, intercedendo por nós conquistam para nós a misericórdia de Deus. Na realidade continuamos unidos, de modo particular aos que foram nossos próximos e agora sendo próximos de Deus não se esquecem de nós. 
3. Embora em nossa condição de fragilidade, já vivemos esta santidade, pois somos filhos de Deus. Ser filho é ter a santidade do Pai. Celebrando a festa de todos os santos agradecemos a Deus honrando seus filhos queridos e benditos nos Céus. Por isso, não deixemos de lado a santidade de vida, pois vale a pena.
Homilia de Todos os Santos
EM NOVEMBRO DE 2004

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