Evangelho segundo São Mateus 11,28-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Tradução litúrgica da Bíblia
Cónego regular
«Esponsórios Espirituais», 1
«Vinde a Mim,que sou manso
e humilde de coração»
A terceira vinda de Cristo pertence ainda ao futuro, e terá lugar, quer no juízo, quer na hora da morte.
O juízo de Cristo será justo porque Ele, sendo o Filho do homem, também é a sabedoria do Pai, à qual compete julgar. Com efeito, para Ele, todos os corações são transparentes e manifestos, no Céu, na Terra e no inferno. Aquando desse juízo, Cristo, nosso esposo e juiz, recompensará e castigará em conformidade com a justiça, dando a cada um segundo os seus méritos: a cada homem bom, e por cada boa obra produzida em Deus, concederá a recompensa sem limites que é Ele próprio, e que criatura alguma pode merecer. De facto, como Ele colabora em todas as obras da criatura, é graças à força divina dele próprio que a criatura merece Cristo como recompensa, e isso será feito com toda a equidade.
Na sua primeira vinda, na qual Deus Se fez homem, Cristo viveu humildemente e morreu pelo amor que nos tem. Devemos segui-lo, tanto na nossa vida exterior, praticando a perfeição das virtudes, como interiormente, com caridade e verdadeira humildade. Na sua segunda vinda, que é a presente, na qual Deus surge inundando de graça os corações que ama, devemos desejá-lo e orar-Lhe em cada dia, para nos mantermos erguidos e retos, e crescermos em novas virtudes. Na sua terceira vinda, que será a do juízo ou a da hora da nossa morte, devemos esperá-lo e desejá-lo com confiança e respeito, para sermos libertados do exílio presente e penetrarmos, por fim, na morada da glória.
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