segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

EVANGELHO DO DIA 13 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo S. Marcos 8,11-13.
Naquele tempo, apareceram alguns fariseus e começaram a discutir com Jesus. Para O porem à prova, pediam-Lhe um sinal do céu. Jesus suspirou do fundo da alma e respondeu-lhes: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: não se dará nenhum sinal a esta geração». Depois deixou-os, voltou a subir para o barco e foi para a outra margem do lago. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja 
«Sobre a Santíssima Trindade,» livro 12, 52-53 
«Porque pede esta geração um sinal?»
Pai Santo, Deus Todo Poderoso [...], quando levanto para o teu céu a fraca luz dos meus olhos, poderei duvidar de que é o teu céu? Quando contemplo o caminho das estrelas, o seu regresso no ciclo anual, quando vejo as Plêiades, a Ursa Menor e a Estrela da Manhã, e considero como cada uma brilha no lugar que lhe foi assinalado, percebo, ó Deus, que estás aí, nesses astros que não compreendo. Quando vejo «as belas ondas do mar» (Sl 92,4), não compreendo a origem dessas águas, não compreendo sequer o que põe em movimento os seus fluxos e refluxos regulares, e no entanto, creio que existe uma causa – certamente impenetrável para mim – para estas realidades que ignoro, e também aí eu pressinto a tua presença. 
Se volto o meu espírito para a terra, que, pelo dinamismo de forças escondidas, decompõe todas as sementes que acolheu no seu seio, as faz germinar lentamente e as multiplica, e depois lhes permite crescerem, não encontro nada que possa compreender com a minha inteligência; mas esta ignorância ajuda-me a discernir-Te a Ti, porque, se não conheço a natureza posta ao meu serviço, reencontro-Te, no entanto, pelo facto de ela existir para minha utilização. 
Se me volto para mim, a experiência diz-me que não me conheço e admiro-Te tanto mais quanto sou para mim um desconhecido. De facto, mesmo que não os possa compreender, tenho a experiência dos movimentos do meu espírito que julga, destas operações, da sua vida, e esta experiência a Ti a devo, a Ti que me deste a partilhar esta natureza sensível que faz a minha felicidade, mesmo que a sua origem esteja para além da minha inteligência. Não me conheço a mim próprio, mas dentro de mim encontro-Te e, ao encontrar-Te, adoro-Te.

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