sexta-feira, 4 de julho de 2014

HISTÓRIA DO MEDALHÃO 5-6

V- SOMBRAS E LUZES 
As grandes obras de Deus sempre conheceram dias de provação. Barro Preto não foi uma exceção. No meio de tantas luzes, houve sombras também. Depois que Constantino faleceu por volta de 1854, o Santuário do Divino Pai Eterno caiu nas mãos de administradores gananciosos que desviavam as esmolas dos pobres romeiros para fins escusos. O povo simples se desgostou. O bispo Dom Eduardo Duarte da Silva, cuja residência era em Uberaba, foi inteirado de tudo e veio pessoalmente constatar os fatos. Suas advertências encontraram resistência e até ameaça de morte. Foi preciso aplicar o recurso extremo para cortar os abusos: interditou a igreja que abrigava a Imagem do Pai Eterno. O Santuário passou por uma fase de luto e desolação. Os fiéis lamentavam a situação, como o profeta Jeremias quando chorou sobre Jerusalém profanada: “Como está deserta, a cidade tão populosa outrora...Traíram-na seus amigos, tornando-se inimigos. (Lm 1,4). Por fim, os próprios culpados pediram perdão a Dom Eduardo: “Estamos três anos sem padre, sem missa, sem sacramentos, sem ouvir a Palavra de Deus”. E o interdito foi suspenso. (Continua) 
VI- OS PRIMEIROS REDENTORISTAS 
Nesse meio tempo, Dom Eduardo vai a Roma a fim de convidar padres para cuidar do Santuário, que já estava precisando de uma assistência religiosa permanente. Após bater de porta em porta nos conventos de religiosos, chegou até os Redentoristas, que o atenderam prontamente. Logo veio a primeira turma de padres e irmãos coadjutores. Chegaram dia 12 de dezembro de 1894, após terem percorrido 480 km durante 25 dias no lombo de animal. Chegaram molhados até os ossos por causa da chuva torrencial que os pegou nas vizinhanças de Campininha das Flores. A chegada foi uma bênção para o povo. Logo se fez uma visita aos moradores do lugarejo de Barro Preto, que mais tarde chamar-se-ia Trindade. Como ainda não sabiam falar a nossa língua, pois eram todos alemães, utilizaram-se da linguagem do amor, a chave mágica que abre os corações.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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