segunda-feira, 8 de setembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA -

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
“Acolher a Palavra”
 
Diante do fechamento dos chefes do povo e dos sacerdotes do templo, Jesus propõe a parábola dos dois filhos que recebem uma ordem do pai para irem trabalharem na sua plantação. Um diz que não quer ir, mas depois vai. O outroiz que vai, mas não vai. Qual dos dois fez a vontade do Pai? Pergunta Jesus. - O que foi, repondem, mesmo tendo dito que não iria. Então aplica a eles a parábola, pois se acham os “bons” do povo de Deus. Mas não acolheram as palavras de João que chamava à conversão. Os pecadores e prostitutas acolheram. Mesmo tendo visto sua conversão, não se converteram. Jesus mostra, então, que estão recusando a Ele que é a Palavra do Pai. Assim não estão cumprindo a vontade do Pai. Os pagãos, que eram distantes de Deus, acolheram o anúncio e foram acolhidos por Deus. E eles não. O profeta exemplifica apresentando reclamação do povo que diz que Deus está errado em seus julgamentos não considerando o justo que se extravia. Deus é claro. Se for justo, mas pratica o mal, morre. Se o ímpio deixa o mal, ele vive. Vemos aí a comparação com o evangelho. De nós é cobrada a fidelidade à Palavra de Deus e a nossa fé em Jesus. Acreditar significa viver a fé. Dizer que crê, mas não viver de acordo com a Palavra, não está na verdade e vive longe de Deus. Por outro lado podemos encontrar pessoas que não fazem parte da comunidade Igreja, mas realizam a Palavra em suas vidas, mesmo sem saber ou conhecer a fé cristã. “Não basta dizer Senhor, Senhor, e ter uma prática que não corresponda à fé. Esse não está no caminho de Deus, não faz a sua vontade. Então não pode cobrar de Deus. 
Tende os sentimentos de Cristo 
A generosidade de Deus para com todos supera os limites de nossa imaginação. Cristo, ao se entregar à morte, obedece ao Pai que quer a salvação de todos (1Tm 2,4). No evangelho deste domingo vimos que o filho que obedece é aquele que faz a vontade do Pai, mesmo que se tenha negado obedecer. A obediência supera o mal do pecado. Assim, como Paulo explica, Jesus é o Filho que assumiu a fragilidade humana, carregou os pecados dos que negam. É fiel e faz a vontade do Pai: “Pois Eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo, 3,38). Paulo, no hino da carta aos Filipenses, narra como Jesus obedeceu ao Pai: Encarnou-se, apesar de ser Deus, assumiu a condição de escravo até a morte e morte de cruz. Obedeceu ao extremo em sua entrega (l Fl,5-10). Por isso Deus O exaltou. Faz a vontade do Pai quem cumpre a Palavra. E tem como resposta a ressurreição. Ao sim do Filho há sempre o sim do Pai. Cristo expressa os sentimentos do Pai para com todos ao assumir a condição humana. De Deus nada mais precisamos esperar, pois, dando-nos Jesus nos deu todas as coisas (Rm 8,32). Se fizermos o caminho de Jesus temos a certeza de estar respondendo sim ao Pai. 
Recordai vossa ternura 
Para responder corretamente ao Pai, somos instruídos pelo salmo 24 que nos põe em oração justamente para conhecer a vontade do Pai e realizá-la em nossa vida: “Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação” (Sl 24,4-5). Na fragilidade humana pedimos que Deus não se esqueça de sua misericórdia. É curioso como nós fazemos memória das grandezas de Deus, mas pedimos que Deus faça memória também de suas misericórdias e bondade. Ele não é esquecido, mas nós temos a liberdade de tratá-lo com esse carinho até jocoso, mesmo sabendo que o Senhor é piedade e retidão... 
Leituras: Ezequiel 18,25-28; Salmo 24;
Filipenses 1,1-11;Mateus 21,28-32 
1. Para explicar que devemos responder positivamente à palavra de Deus, Jesus nos conta a parábola dos dois filhos. Assim mostra aos judeus que eles não acolheram a Palavra.
2. A generosidade de Deus acontece em Jesus que obedece ao Pai. 
3. Para responder ao Pai, pedimos que nos mostre seus caminhos. 
Certa a resposta 
Em confronto com seus adversários, Jesus propõe a questão da resposta ao projeto de Deus. Conta uma parábola e pergunta: Qual dos dois fez a vontade do pai? Com a resposta à questão colocada, mostra que os chefes não obedecem a Deus que lhes confiou sua vinha, isto é, seu povo. De um lado estão os sacerdotes e chefes do povo e do outro os pecadores. São os dois filhos. Os que dizem sim, mas não vão trabalhar na vinha, desobedecem. Os que dizem não são os pecadores. Mas depois vão trabalhar na vinha. Esses são o filho que obedece. A parábola se aplica ao procedimento dos sacerdotes e chefes do povo que receberam uma missão de Deus e não cumpriram. Dá o exemplo dizendo que os pecadores e prostitutas acolheram a pregação de João e eles, não. Agora propõe um mundo novo a mandado do Pai, e eles recusam. Não obedecem. Ele próprio dá o exemplo de quem obedece ao Pai. Assumiu a condição humana e foi até ao extremo em sua entrega obediente. Por isso, Deus O ressuscitou. Obedecer só dá lucro. A resposta está certa.
Homilia do 26º Domingo Comum (01.10.2017)

EVANGELHO DO DIA 8 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 1,1-16.18-23. Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado Emanuel, que quer dizer Deus connosco». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Teodoro Estudita 
(759-826) 
Monge de Constantinopla 
Homilia n.º 2 para a Natividade de Maria, 4, 7 
A Virgem Maria, apaixonadamente amada por Deus! 
Nunca nada esteve tão próximo de Deus como a bem-aventurada e admirável Virgem Maria. Haverá ser mais puro? Haverá ser mais irrepreensível? Ela era tão apaixonadamente amada por Deus, luz suprema e infinitamente pura, que Ele Se combinou substancialmente com ela pela irrupção do Espírito Santo e dela nasceu, Homem perfeito, mantendo a sua própria natureza imutável e sem mistura. Que maravilha! No seu imenso amor pelos homens, Deus não Se envergonhou de tomar como mãe aquela que era sua serva. Que condescendência! Na sua infinita bondade, não hesitou em tornar-Se filho daquela que Ele próprio tinha moldado. Estava verdadeiramente apaixonado pela mais graciosa das suas criaturas e tomou para Si aquela que valia mais do que as potências do Céu, a quem que se aplicam estas palavras do profeta Zacarias: «Exulta e alegra-te, filha de Sião, porque Eu venho habitar no meio de ti, oráculo do Senhor» (Zc 2,14). «Alegra-te, casa do Senhor, terra que Deus pisou com os seus passos. Tu que contiveste na tua carne Aquele cuja divindade transborda todo o lugar. Foi de ti que Aquele que é a própria simplicidade assumiu a natureza complexa do homem: o Eterno entrou no tempo e o Infinito adquiriu limites. Alegra-te, ó cheia de graça» (cf Lc 1,28): a tua obra e o teu nome são mais alegres do que qualquer alegria, pois de ti veio ao mundo a alegria imortal, Cristo, que é remédio para a tristeza dos homens. Alegra-te, paraíso mais feliz do que o jardim do Éden, onde germinou toda a virtude e cresceu a árvore da Vida».

Bem-aventurada Josefa de São João de Deus Ruano Garcia e Nossa Senhora das Dores de Santa Eulália Puig Bonany Virgens e mártires Festa: 8 de setembro

† Buñol, Espanha, 8 de setembro de 1936
 
 Beatificada em 11 de março de 2001 pelo Papa João Paulo II.
Martirológio Romano: Na cidade de Buñol, perto de Valência, também na Espanha, a Beata Josefa de São João de Deus Ruano García e Nossa Senhora das Dores de Santa Eulália Puig Bonany, virgens da Congregação das Irmãs dos Anciãos Abandonados e mártires, que, na mesma perseguição contra a fé, derramando seu sangue, receberam a coroa de glória. 
 Giuseppa Ruano Garda nasceu em Berja (Almeria, Espanha) em 9 de julho. 1854 e foi batizado na paróquia da Assunção dois dias depois; Ele recebeu a confirmação no 1º set. 1877. Ela entrou na congregação das Irmãzinhas dos Anciãos Abandonados em 8 de dezembro. 1877, aos 23 anos. Tomou o hábito em Valência em 19 de março. 1880, onde também fez sua profissão temporária um ano depois, sua profissão perpétua em 15 de outubro. 1885. Foi superiora em Cascante (Navarra) de 1916 a 1922; em Requena (Valência) de 1922 a 1928; em Alcira (Valência) de 1928 a 1934, e novamente em Requena de 1922 a 1928; em Alcira (Valência) de 1928 a 1934, e novamente em Requena de 1934 até sua morte. No início da Guerra Civil, em 1936, o comitê comunista de Requena ocupou o jardim de infância da cidade, em cuja comunidade havia oito freiras, incluindo Ruano Garcia, que era o superior, e Puig Bonany, o porteiro.

Beata Lúcia de Omura, Mártir japonesa - 8 de setembro

O xogunato e governo imperial tolerou inicialmente o estabelecimento de missões católicas e dos missionários, pensando aproveitar o fato de a presença dos cristãos vir a enfraquecer o poder dos monges budistas e ajudar no comércio com Espanha e Portugal. Porém, vendo que as Filipinas tinham sido tomadas pelos espanhóis após a conversão da população, o governo xogum viu o cristianismo como uma ameaça e começou a perseguir os cristãos. A religião foi banida e os que recusassem renegá-la eram executados. Lúcia de Freitas ou Fletes nasceu em Nagasaki em 1542 de família nobre, e contraiu matrimônio com o rico comerciante português Felipe de Fletes. Dela disse o Pe. Diego de São Francisco, missionário do Japão naquele tempo: “O Senhor a havia dotado de muitas virtudes e devoção, e particularmente luziram nela a hospitalidade e o desejo do martírio”. Viúva, terceira dominicana, quando em 1614, o fundador da dinastia de Tokugawa, promulgou um decreto que proibia praticar a religião católica e ordenava, sob pena de morte, que os missionários abandonassem o país, hospedou generosamente o Padre dominicano Beato Domingos Castellet.

Beata Apolônia do Santíssimo Sacramento (Lizarraga Ochoa de Zabalegui) Virgem e mártir - 8 de setembro

Apolônia Lizárraga nasceu na cidade de Lezaun, que então pertencia ao município de Valle de Yerri, em Navarra, Espanha. Ela entrou no noviciado dos Carmelitas da Caridade de Vedruna, em Vitória, em 16 de julho de 1886 e emitiu os primeiros votos em 17 de julho de 1888, desde então era conhecida com o nome do Apolônia do Santíssimo Sacramento. Apolônia ocupou vários cargos na sua congregação, de professora nas escolas em Trujillo (Cáceres) e Villafranca de los Barros (Badajoz) a superiora da comunidade de Sevilha e diretora da escola de Vich. Finalmente, foi eleita superiora geral do Instituto em 1925, cargo que ocupou até 1936, ano em que sofreu o martírio. Como Superiora Geral preocupava-se com a expansão do Instituto, que chegou a ter casas em Buenos Aires, na Argentina; Vigo, Leon, Murcia e Alcoy em Espanha; e quatro na França. Quando a guerra eclodiu em 1936, Apolônia dedicou-se a buscar refúgio para as religiosas de sua congregação, a fim de salvar suas vidas, especialmente as noviças e as doentes. Ela escondeu-se nas casas de vários amigos. Em setembro daquele mesmo ano, ela foi presa e encarcerada em San Elias (Barcelona). Na tarde de 8 de setembro, de acordo com algumas testemunhas que foram presas com ela na Checa, foi serrada e esquartejada e seus restos foram jogados como isca para os suínos.

Santos Adriano e Natália Esposos e mártires Festa: 8 de setembro

† Nicomédia, Bitínia, século 4
Os santos esposos Adriano e Natália sofreram o martírio juntos perto de Nicomédia, na Bitínia, mas o Martyrologium Romanum comemora hoje apenas Adriano, em cuja honra o Papa Honório I transformou a cúria do Senado Romano em uma igreja 
Martirológio Romano: Em Roma, a comemoração de Santo Adriano, mártir, que sofreu o martírio em Nicomédia, na Bitínia, na atual Turquia, e em sua homenagem o Papa Honório I transformaram a cúria do Senado Romano em uma igreja.
A única notícia certa é que havia um antigo e muito forte culto a um Adriano, mártir de Nicomédia, tanto no Oriente quanto no Ocidente. O novo Martirológio Romano comemora o santo neste dia sem mais comentários. O resto é suposição e lenda. Os bollandistas e o antigo martirológio romano afirmaram a existência de dois Adrianos de Nicomédia diferentes, ambos os quais morreram mártires, mas em perseguições diferentes e cujos restos mortais foram levados para Argipópolis. A seguir, um resumo dessas histórias. Diz-se que um Adriano era um oficial pagão da corte imperial em Nicomédia.

Sérgio I Papa, Santo + 701

Papa, eleito em 15 de dezembro de 687. 
Fé sepultada na antiga basílica de
São Pedro.
Nascido em Palermo, numa data desconhecida, Sérgio foi eleito papa em 15 de dezembro de 687. Logo em seguida, chegou da Bretanha o rei pagão Ceadwalla, soberano de Wessex, o qual desejava tornar-se cristão, recebendo o batismo diretamente das mãos do papa Sérgio I, adotando o nome de Pedro. Sérgio I foi um papa muito popular, por ter sido um homem de fé, de oração. Antes de tornar-se sacerdote, já era famoso na Schola Cantorum. Depois de ordenado, tornou-se um personagem eminente do clero. Quando morreu o papa Cónon, em 687, foi indicado para sucedê-lo. Naquela época, os imperadores romanos do Ocidente e do Oriente reclamavam para si a autoridade de pontífice, não aceitando estar abaixo do papa, mesmo em questões de fé.

Tomás de Vilanova Agostiniano, Santo 1486-1555

Padre espanhol, defensor da verdura da Igreja da Igreja, 
contra o protestantismo de Lutero. 
O anti-Lutero 
Quase na mesma época em que um ex-frade agostiniano, Martinho Lutero, pervertia a Alemanha com sua pseudo-reforma, outro agostiniano, São Tomás de Vilanova, promovia com firmeza a verdadeira reforma religiosa 
e de costumes na Espanha 
São Tomás de Vilanova nasceu em Fuenllana (Espanha) no ano de 1488 e criou-se em Villanueva de los Infantes, de onde tomou seu nome ao entrar na Ordem dos Agostinianos. Seus pais, Alonso Tomás Garcia e Lucia Martinez de Castellanos, emulavam nas obras de caridade. Socorriam a toda espécie de necessidades e eram conhecidos na região como “os santos esmoleres”. Tomás herdou dos pais essa virtude. Dava a seus coleguinhas mais necessitados tudo o que podia, inclusive suas próprias vestes e calçados. Um dia em que os pais não estavam em casa, chegaram seis pobres pedindo esmola. O menino, não encontrando nada para dar-lhes, foi ao galinheiro e pegou seis franguinhos, dando a cada um dos pobres um destes. E disse à mãe que, se houvesse mais um pobre, ter-lhe-ia dado também a galinha. Seguindo o exemplo da mãe, desde muito cedo começou a jejuar, não só nos dias prescritos pela Igreja, como também em outros de sua devoção. Flagelava-se e fazia outras sortes de penitências como se fosse um adulto. Diz um seu biógrafo que Tomás “começou a praticar a mortificação a fim de fazer sentir à sua carne as dores da penitência, mesmo antes que ela fosse suscetível aos prazeres da concupiscência”.(1) Seu confessor, o Padre Tiago Montiel, depôs publicamente que ele guardou a inocência batismal até o túmulo.

Frederico Ozanam Leigo, Beato (1813-1853)

Leigo, promotor das Conferências 
de São Vicente de Paulo. 
Frederico Ozanam nasceu a 23 de Abril de 1813, em Milão (Itália). Filho de Jean-Antoine, médico prestigioso, cuja fama profissional não o impedia de assistir doentes indigentes, com o mesmo cuidado e afabilidade reservados aos pacientes da alta condição social, e de Marie Ozanam, também dedicada à assistência dos pobres e enfermos. Frederico respira desde o nascimento o profundo espírito de caridade compartilhado pelos seus pais. Depois de uma infância muito protegida em Lião, Frederico entra no colégio em 1822 para começar os estudos secundários. Estudante brilhante e leitor insaciável, aos 17 anos conhece várias línguas: grego, latim, italiano e alemão, e inicia um curso de hebraico e sânscrito. De espírito sensível e preocupado, é apaixonado pelo estudo da Filosofia, consumindo-se com frequência numa investigação existencial e espiritual, que jamais abandonará. Em 1831, Frederico, erudito jovem de província, chega a Paris para estudar na Sorbona. Em pouco tempo converte-se num assíduo frequentador dos ambientes intelectuais (entre os quais o salão de Madame Récamier) e começa a colaborar com jornais e revistas. Apesar da sua timidez e do comportamento simples, emergem com clareza tanto a sua profunda humanidade como o seu rigor moral: a sua imensa cultura, as suas opiniões actualizadas e o seu catolicismo empenhado tornam-no rapidamente uma personalidade relevante.

Natividade de Nossa Senhora - 8 de setembro


     Do nascimento da gloriosíssima Mãe de Deus, Maria, Senhora nossa, a Santa Igreja tem, em uma antífona, estas palavras: “Vossa natividade, ó Virgem e Mãe de Deus, trouxe gozo e alegria ao mundo inteiro. Porque de vós nasceu o Sol de justiça, Cristo nosso Deus, o qual, desfazendo a maldição (debaixo da qual estávamos compreendidos), lançou sua copiosa bênção sobre nós e, vencendo e matando a morte, nos deu a vida sempiterna e perdurável”. Com efeito, “festejando solenemente o nascimento da Virgem Maria, a Igreja canta a aurora da Redenção, a aparição, no mundo, daquela que devia ser a Mãe do Salvador”.
     Recordando tudo o que anunciava este nascimento, a Igreja exulta e pede a Deus um aumento de graças de paz, trazidas aos homens pelo mistério da Encarnação” (Missal romano quotidiano, D. Gaspar Lefebvre).
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

Santa Maria na sua Natividade Celebrado a 8 De Setembro

Natividade de Nossa Senhora
 
A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E, no Ocidente, desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador. No seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz: "Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus". (Apud José Leite, S. J.).

Nossa Senhora do Monte Serrate

“Nossa Senhora do Monte, 
que estais no monte a rezar, 
pedi por nós, vossos filhos, 
que não vos cessam de amar.” (Hino)  
Foi tocado pela graça que Inácio de Loyola dirigiu-se a Barcelona e retirando-se na solidão de Manresa pendurou sua espada e prostou-se aos pés da Virgem de Montserrat. Foi também aos pés da Ssma. Virgem que Inácio traçou as linhas gerais de seu célebre livro “Exercícios Espirituais”. Outros tantos santos estiveram em Barcelona e no majestoso Santuário de Nossa Senhora de Montserrat, encontraram as respostas de tantos anseios, entre eles destacamos: São João de Matha, São José de Calasanz, São Vicente Ferrer, São Pedro Claver etc. 
Origem da Devoção 
O culto a Virgem Senhora do Montserrat remonta aos primeiros tempos do cristianismo e faz referencia ao apóstolo São Pedro, que segundo a tradição, levou em sua viagem a península Ibérica uma imagem da Virgem Maria, esculpida em madeira e conhecida como a Senhora Jerusalemitana. Pelo ano de 546, na Cataluña, ao sul da Espanha, um monge chamado Querino, fundou um rudimentar mosteiro consagrado a referida imagem, que alguns séculos antes, fora trazida por São Pedro.No tempo das invasões, pelos árabes a imagem foi escondida numa caverna e só encontrada dois séculos depois por pastores da região, que a levaram de volta ao mosteiro em solene procissão.

8 DE SETEMBRO - NATIVIDADE DE MARIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Hoje Deus começa a executar seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o rei descesse para habitá-la. Esta casa, que é o seio puríssimo de Maria, está sustentada pelas sete sete colunas que são os sete dons do Espírito Santo, concedidos a ela em plenitude.Precisamente nove meses depois de comemorar a Imaculada Conceição da Virgem, a Igreja celebra o seu nascimento. Assim se exprimiu o famoso orador.
Padre Antônio Vieira num de seus sermões: 
"Quereis saber quão... digno de ser festejado é o nascimento desta celestial Menina? Escutai para que nasceu: 
Os enfermos dirão que nasceu para ser a Senhora da Saúde. 
Os pobres dirão que nasceu para ser a Senhora dos Remédios. 
Os desamparados, e dirão que nasceu para ser a Senhora do Amparo. 
Os desconsolados que nasceu para ser a Senhora da Consolação. 
Os tristes, e dirão que nasceu para ser a Senhora dos Prazeres. 
Os desesperados que nasceu para ser a Senhora da Esperança. 
Os cegos dirão que nasceu a Senhora da Luz; os brigados, a Senhora da Paz; os desencaminhados, a Senhora da Guia; os nascituros, a Senhora do Livramento; os cercados, a Senhora da Vitória; os navegantes, a Senhora da Boa Viagem; os pecadores todos, a Senhora das Graças; todos os seus devotos, a Senhora da Glória. 
E se todas estas vozes se unirem numa só voz, dirão que nasceu para ser Maria e Mãe de Jesus" (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus).
Oração: Imaculada Maria Menina, roga por nós!
Recomende este portal aos seus amigos:

Pe. Antônio Vieira

A DÚVIDA DE JOSÉ FOI ESCLARECIDA

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO, REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Conhecemos muito bem como se deu o nascimento de nosso Salvador. O evangelista apresentara os ascendentes de José, todos gerados de modo natural e ordinário. O nascimento de Jesus se deu de modo prodigioso. Maria estava desposada com José. Era já considerada sua verdadeira esposa. No período deste noivado, a noiva que não fosse viúva ficava ainda um ano na casa de seus pais, embora já pertencesse ao esposo. Só depois é que o esposo a levava para sua casa e era celebrada a festa das núpcias. Antes de morar com José, ela engravidou por obra do Espírito Santo,. O fato se deu antes da realização do casamento propriamente dito. A concepção do Verbo Divino se realizou por obra do Espírito Santo. Dele provêm as manifestações de caridade e santificação. Não houve intervenção de causa natural. José homem justo que era, não encontrando explicação para o fato de sua gravidez, decidira deixar Maria. Homem justo, resolve tomar a atitude que mais lhe parecia razoável.
- Eis que surge o Anjo do Senhor! - 
José procura uma solução para o problema e queria resolvê-lo do modo mais secreto possível. Encontra-se diante de um mistério. Como homem virtuoso, quer fazer justiça e, para consegui-la, age com prudência. Enquanto imaginava uma solução, o Anjo do Senhor veio até ele em sonho e a situação foi esclarecida. José foi pai adotivo. É então que José fica sabendo que sua esposa é a Virgem privilegiada, anunciada pelo profeta Isaías (7, 14): O profeta Isaías profetizara que Maria teria um filho, cujo nome seria designado por Deus. Este nome foi revelado a José: “Jesus!” É palavra hebraica: Deus é salvação! Deus é auxiliador e salvador! Deus é redentor. Jesus é o portador da salvação!
Recomende este portal aos seus amigos:

ORAÇÕES - 08 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
8 – Segunda-feira – Natividade de Nossa Senhora
Evangelho (Mt 1,1-16.18-23)“Assim aconteceu o nascimento de Jesus: Maria, sua mãe, era noiva de José; antes de conviverem, ela ficou grávida por obra do Espírito Santo.”
Maria, a mãe de Jesus, desde sempre fez parte do plano de Deus, para ser a mãe da humanidade deseu DivinoFilho,por quem, em quem e para quem tudo seria criado.Todos nós também desde sempre fomos amados, escolhidos e chamados para ser filhos de Deus, pela nossa união vital com Jesus.Nunca agradeceremos devidamentea Deus o ter amado tanto Maria e a cada um de nós.
Oração
Senhor meu Deus, bendito sejais por terdes escolhido e amado tanto Maria nossa irmã. Bendito sejais pela sua bondade. Bendito sejais por nos ter criado por amor, para nossa participaçãona vida divina de vosso Filho. E bendito sejais por nos ter dado Maria como mãe e companheira em nossa caminhada no seguimento de Jesus. Senhor, hoje me alegropor sermos tão amados. Amém.

domingo, 7 de setembro de 2025

REFLETINDO A PALAVRA - “Lendo a Bíblia com sabedoria”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Ler a Palavra com os dois olhos
 
A palavra bíblia significa livros. É uma biblioteca da sabedoria de Deus. Ele se serviu dos homens e, pela ação do Espírito Santo, colocou sua sabedoria a tal modo que as pessoas entendessem. Deus não iria fazer algo só para alguns, mas abriu seus tesouros também para os humildes. A Bíblia não é um privilégio só dos estudiosos. Primeiro é palavra de Deus. Mas escrita na linguagem dos homens. Temos que ter consciência que foi escrita na linguagem de um tempo. Há coisas que não são de nosso linguajar. Ela não foi escrita de uma vez. Foram quase mil anos para escrever, recolhendo tradições antiqüíssimas, como por exemplo, as narrativas do Genesis, Êxodo, Juízes etc... Cada texto tem que ser entendido como palavra de Deus, mas para ver o que diz é preciso também conhecer sua origem. Não podemos pegar frases soltas e dizer o que queremos. Cada palavra tem seu contexto. A Bíblia é o livro mais traduzido e podemos dizer, o mais estudado. É bom usar a sabedoria humana para acolher melhor a sabedoria de Deus. Temos que entender sempre melhor o que o escritor sagrado quis nos dizer. Do contrário, podemos anular o que nos é proposto pela Palavra. Esses estudos já são antigos e podem nos iluminar. É preciso estudar. É mais fácil jogar sobre a Palavra nossas palavras e assim seguir caminhos que não levam à sua compreensão. A primeira preocupação é saber que ela foi escrita por homens, inspirados por Deus. 
Como estudar? 
Um primeiro elemento a se ter em conta é o gênero literário. A Palavra de Deus é igual para todos os textos. Mas o sentido do texto tem que partir do gênero literário, isto é, ver como foi escrito. É diferente um livro profético de um histórico. Um apocalíptico é diferente de um livro de salmos. Há frases que não trazem uma revelação. São todos inspirados, mas não ensinam algo espiritual. Por exemplo: “O cachorro de Tobias foi correndo como mensageiro e mostrava seu contentamento fazendo festas abanando a cauda” (Tb 11,9). O texto tem que ser interpretado e usado conforme seu gênero literário. Houve no Antigo Testamento um longo caminho de composição da Palavra de Deus. Houve um crescimento do povo. Desde a saída de Abraão até a ressurreição de Jesus há uma diferença. Temos que entender os tempos históricos. Há uma ordem de matar todos as pessoas e animais. Em Jesus vamos ver outra linguagem. Temos que ver o Antigo Testamento a partir da revelação de Jesus. Não destruímos o Antigo Testamento, mas o entendemos num processo pedagógico que Deus usa para preparar seu povo para a vinda de seu Filho, Palavra viva. 
Jesus é o modelo de entender a Palavra 
Dizendo que não veio abolir a lei e os profetas, mas levar à perfeição, Jesus modifica textos do Antigo Testamento. Estava escrito: “Olho por olho, dente por dente” Jesus modifica e diz: “Aquele que te fere a face direita, oferece-lhe também a esquerda” (Mt 5,38). Essa frase é da lei do Talião de Hamurabi, da Mesopotâmia, do sec. XVIII AC. Com isso podemos ver que a leitura tem que ser criteriosa e não pode ser tomar um texto isolado dos outros nem fora de seu tempo. Aperfeiçoamento não significa negar, mas levar adiante. Quantas leis que há no Antigo Testamento que foram deixadas de lado. Para isso é preciso ver como as comunidades primitivas acolheram a Palavra de Deus do Antigo Testamento e foram capazes de discernir as do Novo Testamento. Por isso é preciso estudar. O Espírito Santo ilumina, mas não substitui. Temos que fazer também nossa parte.
ARTIGO PUBLICADO EM SETEMBRO DE 2017

EVANGELHO DO DIA 7 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,25-33. 
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vier ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir, e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: "Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir". E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo». 
Tradução litúrgica da Bíblia
São João Cassiano 
(360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
Conferências, I, 6-7 
Oferecer a Deus o nosso verdadeiro tesouro 
Muitos dos que, para seguirem a Cristo, desprezaram fortunas consideráveis, enormes quantias de ouro e de prata e propriedades magníficas, mais tarde deixaram-se apegar a um raspador, a um estilete, a uma agulha, a um junco de escrita. Depois de terem distribuído todas as suas riquezas por amor a Cristo, recuperaram a anterior paixão e aplicaram-na a futilidades, sendo capazes de se deixar levar pela cólera para as manter. Não tendo a caridade de que fala São Paulo, a sua vida foi tocada pela esterilidade. O bem-aventurado apóstolo previu essa infelicidade: «Ainda que eu distribua todos os meus bens pelos pobres e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita», dizia (1Cor 13,3). Prova evidente de que não atingimos de imediato a perfeição pela simples renúncia a todas as riquezas e pelo desprezo de todas as honras, se a isso não juntarmos a caridade cujas características o apóstolo descreve. Ora, esta caridade apenas se encontra na pureza do coração. Porque rejeitar a inveja, a arrogância, a ira e a frivolidade, não procurar o próprio interesse, não se alegrar com a injustiça, não guardar ressentimento e tudo o resto (cf 1Cor 13,4-5), que é tudo isso se não oferecer continuamente a Deus um coração perfeito e puro, e mantê-lo livre das moções das paixões? Assim, a pureza do coração deve ser o fim último das nossas ações e dos nossos desejos.

Santos Estêvão Pongraez e companheiros, mártires

O Padre Estêvão Pongráez nasceu no Castelo de Alvincz, na Transilvânia em 1584. Entrou na Companhia de Jesus em 1602 e estudou na Boémia e na Áustria. Foi enviado para Košice (atualmente na Eslováquia) quatro anos após a sua ordenação. No início do século XVII, e durante a vigência do conflito religioso entre católicos e protestantes que então grassava, Košice era um reduto de calvinistas húngaros. Os poucos católicos que viviam na cidade ou nas suas imediações estavam sem padre há algum tempo, o que levou o representante do rei na cidade a pedir o envio de dois sacerdotes jesuítas para acompanharem a comunidade. Foram escolhidos o padre Estêvão Pongráez e o padre Melchior Grodziecki. Pongráez, era húngaro e trabalhava entre o seu próprio povo, enquanto Grodziecki, polaco, acompanhava os alemães e os que falavam a língua eslava. A certa altura, quando os dois jesuítas se encontravam a trabalhar nas imediações da cidade, ouviram a notícia de que um exército calvinista marchava para Košice com o objectivo de a conquistar e expandir o território de Gabriel Bethlen, príncipe da Transilvânia. Voltaram os dois a Košice, onde se lhes juntou o Padre Marcos Krizevcanin, diocesano e cónego de Esztergom.

07 de setembro - Beato Inácio Klopotowski

O padre Klopotowski, atento à voz de Deus, a reconhecendo, acima de tudo, na oração e nas circunstâncias concretas da vida, não se contentava em satisfazer as necessidades básicas dos mais pobres, mas também queria ajudá-los espiritualmente, preocupando-se ao mesmo tempo pela sua situação cultural. Sua vida estava polarizada em torno da Eucaristia. O rosário era para ele um elemento importante da piedade mariana. Em particular, quando a Polônia foi libertada da Rússia, promoveu incansavelmente a educação cristã de crianças e jovens, defendendo com determinação o papel da mãe no lar e seu papel insubstituível na educação das crianças e na transmissão das primeiras noções de a fé. Inácio Klopotowski nasceu em 20 de julho de 1866 em Korzeniówka, na Polônia. Ele recebeu de seus pais uma educação religiosa sólida, bem como um amor por sua pátria nativa, a Polônia. Em 1883, Inácio entrou no Seminário Maior de Lublin. Em 5 de julho de 1891, nas mãos do bispo Franciszek Jaczewski, foi ordenado sacerdote na Catedral de Lublin. Após a ordenação sacerdotal, o Padre Inácio foi nomeado vigário paroquial da Paróquia Conversão de São Paulo. Em 1892, foi capelão do Hospital de São Vicente e começou a ensinar no Seminário Maior; onde, por 14 anos, ensinou escrituras sagradas, catequeses, homiléticas, teologia moral e direito canônico. De 1892 a 1894 serviu como vigário da Catedral de Lublin e foi nomeado reitor da Igreja de São Estanislau, onde prestou assistência aos fiéis católicos gregos perseguidos.

Beato João Baptista Mazzucconi

Nasceu em uma família profundamente cristã, seus pais tinham uma fábrica e eram muito estimados pela sua generosidade. Eles tiveram doze filhos, três dos quais se tornaram sacerdotes e quatro das filhas foram freiras. João, o nono filho, foi ordenado sacerdote em 1850 e, em seguida, entrou no Seminário das Missões Estrangeiras fundada recentemente (atualmente conhecido sob o título de PIME: Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras). Com ele os aspirantes missionários são seis e começam uma preparação intensa, mas incompleta dado a região para onde serão enviados: a Oceânia. Em Março de 1852, embarcam em Londres com destino à Austrália cinco padres: Paulo Reina, Carlos Soleri, Timoleon Raimondi, Angel Ambrosoli e João Mazzucconi, juntamente com os catequistas Luís Tacchini e José Corti. Da Austrália partem, em Outubro, para a sua área de missão, são divididos em grupos nas pequenas ilhas de Rook e Woodlark, perto da Nova Guiné. Recebem as instruções dos missionários Maristas, que se retiram completamente desmantelados. O seu amor à missão que lhe era confiada, levou-o a este arrebatamento, numa oração que é agora recitada por todos os missionários do PIME: “Feliz o dia em que me será dado sofrer muito por uma causa tão santa e humana, mas mais feliz ainda aquele em que serei julgado digno de por ela verter o meu sangue e de encontrar a morte no meio dos tormentos. Meu Deus, vós que inspirais estes ideais tão sublimes às minhas pobres forças, socorrei-me com esse Espírito todo poderoso que primeiro investiu os vossos santos Apóstolos.”