Lucila é uma santa pouco conhecida e com um nome antigo e familiar. Foi atribuído pelos antigos romanos às meninas nascidas às primeiras luzes do novo dia. Lucila, diminutivo de Lúcia, significa “nascida de madrugada”, assim como Crepusca significa “nascida ao pôr do sol”, ou ainda “pouca luz”. Não sabemos nada com certeza sobre Lucila, a mártir, a não ser a lendária história que gozou de tanta popularidade nos primeiros anos do Cristianismo. A pequena mártir cega, várias vezes trazida à luz por vários Papas, apresenta-se como um símbolo da força da fé, uma tocha de caridade, acesa no mundo pagão, iluminando as ruas de Roma com um novo amanhecer.
Etimologia: Lucila = luminosa, brilhante, do latim
Emblema: Palma
Dois termos significativos expressam o início e o fim de um dia: nascer e pôr do sol. Dois esplêndidos nomes próprios estão ligados ao arco do fluxo da boa luz: a muito comum Lúcia “nascida de madrugada” e a obsoleta Crepusca “nascida ao pôr do sol”.
Lucila é o lindo diminutivo de Lúcia; como virgem e mártir do século III, ela é lembrada pelo calendário no dia 31 de outubro.
Pouco documentário sobre S. Lucila, mas muito simbólico com uma estreita ligação entre a luz e a fé que ilumina.
A história, distante e lendária, conta que na época da perseguição de Valeriano em 257 o tribuno Nemésio pediu e obteve do Papa o batismo para si e sua filha Lucila. Esta mulher, cega de nascença, recuperou imediatamente a visão logo após a cerimónia.
A nova fé e o milagre obtido por sua filha tornaram o tribuno romano surdo às exortações do imperador que exigia seu pronto retorno à antiga religião. Pela sua repetida recusa, pai e filha foram condenados à morte e martirizados, um entre a Via Appia e a Via Latina e o outro na Via Appia, perto do templo de Marte.
Seus corpos foram enterrados e exumados diversas vezes e, segundo algumas interpretações, as repetidas traduções teriam tido e manteriam o significado simbólico de uma centelha luminosa e santa que marca o itinerário tirofal do cristianismo no mundo.
Basta-nos pensar no pai S. Nemesio e na filha S. Lucila como tochas de caridade mútua e de testemunho convicto, colocadas nas realidades da fé e na poesia incerta das sombras de cada dia.
Autor: Mário Benatti
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