Ressoam ainda as palavras de Jesus em sua Ascensão: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos¸ batizando... e ensinando a observar tudo quanto vos ensinei” (Mt 28,19). Não é uma subida geográfica, mas espiritual na qual conhecemos o destino de Jesus, pois assim rezamos no “creio”: “... Ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai, Todo poderoso”. A glorificação de Cristo junto do Pai não O afasta de nós, pois continuamos sua presença e missão, motivados por sua presença que nos envia: “Ide!” Renovar a evangelização é deixar transparecer sempre mais o Cristo em sua Igreja não O encobrindo com nossas fragilidades. Para isso nos dá o Espírito Santo. Já o Sínodo de 2012 estimulara a renovada missão. O Papa apresenta três níveis para a evangelização: Primeiro a pastoral ordinária. A nova evangelização significa a sempre renovadora força do Espírito que procura animar os fiéis que freqüentam regularmente a comunidade. Há muita gente boa que vive a fé, celebra a Eucaristia e vive da Palavra. As comunidades param de crescer e abafam a vida cristã. É preciso crescer sempre fundamentando a fé por uma formação mais exigente e uma prática mais coerente. Em segundo lugar estão os cristãos que são boas pessoas, mas não vivem as exigências do Batismo. É a grande maioria dos batizados. A Igreja para eles não tem sentido. Em terceiro lugar estão os que não conhecem a Cristo ou O recusaram. Todos têm o dever de anunciar. Temos o direito de mostrar a causa de nossa alegria e as razões de nossa fé como diz Pedro (1Pd 3,15). Não arrastamos para a Igreja. Nossa vida, com a graça, vai atrair para Cristo.
Anunciar Jesus Cristo
Não anunciamos porque é uma obrigação, mas porque as pessoas têm o direito de conhecer Jesus. É o direito de ter a saúde completa. João Paulo II insistia que esta era a tarefa primária da Igreja. Curiosamente, já desde os tempos dos apóstolos, o primeiro anúncio era feito pelos leigos, como no caso dos cristãos judeus que foram para Antioquia fugindo da perseguição e arriscaram falar aos pagãos e deu muito certo. Ali os discípulos receberam pela primeira fez o nome de cristãos (At 19,26). Em alguns países do Oriente, foram os leigos que iniciaram a evangelização. Depois vieram os sacerdotes. Como uma pessoa se converte? Quem converte é Deus. Sempre há um modo diferente para cada pessoa. É uma chamada às comunidades que se satisfazem com um pouco e morrem lentamente, perdendo seu potencial evangelizador por acomodação. As comunidades devem ser missionárias, pois é o único modo de se revitalizarem. Ocorre muitas vezes que se vive uma intensa vida espiritual na comunidade, mas sem espírito de busca dos necessitados nem se preocupam com a missão evangelizadora que compete a cada cristão.
O que o Papa escreveu?
É importante darmos uma olhada nesse documento que o Papa Francisco escreveu porque é um caminho novo para todos. Se quisermos um mundo novo, é preciso fazer caminhos novos. O Papa nos coloca diante de um tema novo: uma Igreja em saída, como os patriarcas. Partem depois de ouvir a voz de Deus que os envia. Para isso necessita pensar sobre si mesma e renovar os métodos. Há uma necessidade fundamental de ir aos pobres para sua inclusão social. Os pobres são o Cristo vivo que precisa ser cuidado. O Papa não olha somente para os cristãos, mas quer um diálogo com todos os setores da sociedade e todas as religiões. Temos visto como ele tem uma aceitação muito grande de outras religiões. Eles percebem a sinceridade e a seriedade de nosso Francisco. Todos que procuram fazer o bem se sentem representados por este homem de liderança mundial. Veio de longe para nos levar longe. Vai sacudir a Igreja. Peçamos força e vida para ele.
ARTIGO PUBLICADO EM OUTUBRO DE 2014
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