A festa não é um dia no calendário, mas o calendário que penetra a vida. Tudo o que Deus nos oferece, acontece por inteiro em cada momento de nossa fé. Estamos nos preparando para a celebração do Natal, no qual fazemos memória do Mistério Pascal de Cristo em Seu Nascimento. Celebrar é mais que lembrar, é vivenciar o mesmo acontecimento na celebração litúrgica e na vida. A celebração não é só o momento ritual, mas o tempo litúrgico. Celebramos a Manifestação do Senhor. “Ele veio para o que era seu” (Jo 1,11). Estamos acolhendo Deus que vem ao mundo para comunicar sua vida: “A todos os que O receberam deu poder de se tornarem filhos e filhas de Deus”. Filhos nascido “não da carne nem da vontade do homem, mas de Deus” (12). Digamos que alguém ganhe na mega sena no Natal. É uma transformação total da vida. O que significa isso diante do fato de ganharmos o Filho Daquele que é o Senhor de todas as coisas? A percepção desta grandeza vem da fé. Por isso Maria exulta de alegria (Lc 1,46); O profeta Isaias escreve: “Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija no meu Deus” (Is 61,10); Paulo exorta: “Estai sempre alegres!” (1Tes 5,16); A antífona de entrada canta: “Alegrai-vos sempre no senhor! Outra vez vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está para chegar!(Fil 4,4.5). Nas celebrações de Natal contemplamos a festa da alegria: Anjos cantam, pastores se alegram, Simeão e Ana se rejubilam, Magos sentem uma grandíssima alegria. Estamos alegres porque, na Eucaristia, se realizam as maravilhas da salvação (oferendas). A alegria do Natal é a mesma que sentem os discípulos ao verem o Ressuscitado. O Espírito que torna fecundo o seio de Maria, fecunda nosso coração com a presença do Salvador. Isaías canta a alegria dos sofredores pelo anúncio do Salvador que é o Evangelho (Alegre Notícia).
Testemunha da Luz
Alegria e luz são duas palavras que se casam neste tempo de Natal. Não é sem razão que Jesus chama João de amigo do noivo, pois se alegra com sua presença (Jo 3,29). João não toma o lugar de Jesus, mas se coloca como servidor Daquele que vem. “Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Os judeus, que conheciam o que se esperava do futuro Messias, procuram saber se João se identifica com algum dos predicados do Messias: Ele não é o Messias-Cristo nem Elias (Ml 3,22-23) que deveria voltar, nem o Profeta (Dt 18,15). João entra na linha das profecias de Isaias (40,3). Ele anuncia a presença de Cristo e se alegra como exultou no seio de Isabel (Lc 1,40)
Plenitude dos bens
Os dons que recebemos nos preparem para as festas que se aproxima (pós-comunhão). O Menino de Belém quer que a plenitude dos bens da salvação que nos trouxe, cheguem, através de nós, a todas as pessoas, sobretudo aos que pouco tem. Ele saiu de si, de sua glória, para dar a vida. Nós, recebendo Dele a vida a teremos em abundância se sairmos de nós para fazer como Ele o fez, como ensina Paulo: “Vós conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que por causa de vós se fez pobre, embora fosse rico, para vos enriquecer com sua pobre” (2Cor 8,9)... “Por isso Deus o exaltou grandemente” (Fl 2,9). Os presentes de Natal refletem o sair de si e doar-se através dos dons. Pena que esquecem o Doador de todo Dom, Jesus Na celebração de hoje vivemos a alegria da salvação anunciada para celebrá-la presente.
Leituras: Isaías 61,1-2ª.10-11;
Lc 1,46-5053-54;
1Ts 5,16-24 João ,6-8.19-28
1. No Natal celebramos o Mistério Pascal de Cristo em seu Nascimento. Celebrar é viver. Celebramos a Manifestação do Senhor. Ele veio para o que era Seu. A liturgia de hoje chama à alegria pela vinda do Salvador.
2. Alegria e luz são palavras chaves do Natal. João não toma o lugar de Jesus, mas se coloca como servidor Daquele que vem. É testemunha da Luz. Os judeus querem saber se ele se identifica com os predicados do Messias : Elias que devia voltar e o Profeta anunciado por Moisés. João está na linha de Isaias.
3. A Eucaristia que recebemos nos prepare para as festas. O Menino quer que os bens da Salvação cheguem a todos por meio de nós.
Nome, endereço, profissão
A liturgia deste domingo é dominada pela alegria da salvação presente no meio de nós pela vinda de Deus ao mundo. Ele se fez homem e se fez um de nós. Por isso São Paulo nos convida a estar sempre alegres. Ser cristão é ser alegre. Tudo é festa! Nossa Senhora, em seu cântico, gritou com alegria: A minha alma se alegra no meu Deus!
João Batista é chamado pelo Evangelho de testemunha da Luz. Quando se está no escuro por um apagão e alguém avisa que a energia vai ser restabelecida logo, todos se alegram. Ele vem anunciar a alegria da presença de Deus no meio de nós, preparando os caminhos para sua chegada.
No mundo atual nós podemos ser como João que prepara os caminhos para Deus chegar às pessoas. Que alegria sentem as pessoas quando se encontram com Deus! Nossa alegria consista ver Deus chegando a tantos corações.
João sabe qual é sua missão e a exerce com força.
Homilia do 3º Domingo do Advento (11.12.2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário