sábado, 30 de setembro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Fonte de Água Vida”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Se conhecesses o dom de Deus
A liturgia da Quaresma, no ano A, (são três ciclos: A.B.C) é uma preparação para a celebração do Batismo na Vigília Pascal. É o catecumenato cristão. O tema do 3º,4º e 5º domingos é Jesus que é a Água Viva, a Luz e a Vida. No batismo, os catecúmenos que nascem para pelas águas, são iluminados e têm a Vida nova de ressuscitados em Cristo. A narrativa do encontro de Jesus com a samaritana, é uma síntese do evangelho: a infiel, por ser samaritana, excluída do povo de Deus, busca água. Encontra Jesus assentado junto ao poço. Ele, que é a fonte, pede-lhe água. Por questões de separação dos samaritanos e judeus, não pode acontecer esta delicadeza. Jesus abre espaço para um novo modo de vida: Ele dá a Água Viva (água corrente) símbolo da Vida que brota e seu coração transpassado pela lança do qual jorrou sangue e água. Estas águas simbolizam a vida dada pelo batismo. É como a água tirada da rocha que salvou o povo no deserto. Encontrar Jesus é encontrar a Vida. A simbologia da água é farta no Antigo Testamento, por exemplo, na narrativa do dilúvio, na travessia do Mar Vermelho, na água tirada da pedra. Para quem crê, Cristo dá a Água Viva. Os que buscam o Batismo, clamam como os hebreus a Moisés e como a Samaritana a Jesus: dá-me desta água. A água é um duplo símbolo: Ao entrarmos nas águas do batismo, mergulhamos no Mistério de Cristo e Ele é a água que dá Vida, por isso diz: “Quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede”. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14). Ao crer em Jesus significa adorar o Pai: Onde adorar a Deus? No monte Garizim (Samaria num culto condenado pelos judeus) ou em Jerusalém? (20). A Água da Vida dispensa lugar. Basta adorar no Espírito e na Verdade que é Jesus. 
Amor de Deus nos corações 
A fé é a resposta à entrega que Deus faz de Si a nós. A samaritana foi buscar água e Jesus lhe oferece a Água Viva. Quando o povo clama por água é porque tinha confiança que Deus lhe daria esta água. A fé nos dá a esperança, porque “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado” (5). Deus vem a nós como Amor: “A prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8). Ele dá o Espírito que é amor. “O Espírito é este Amor de Deus, derramado como fogo sobre o altar vivo que é nosso coração, tornado assim sacrifício vivo”(T.Federici). 
Jorrando as águas 
Jesus é a rocha de onde brota a água viva. Batismo é a vida que sai da rocha do sepulcro na Ressurreição. Deus é a rocha da salvação, o rochedo que salva (Sl 94). A Água Viva salva da morte. Cristo é a rocha de nossa salvação, pois dela sai a água viva. Em cada Eucaristia podemos gritar: Dá-nos desta água! Esta água é Ele mesmo, aquele que fala conosco: sou Eu que falo contigo (Jo 4,26). A samaritana abandona o pote e vai comunicar o que ocorrera. Mais que uma novidade, ela anuncia Jesus. Isso é já o jorrar da pedra de um coração infiel que acreditou. Quem chega à Água Viva se torna um canal desta graça. Quem crê se torna uma rocha da qual brotam os rios de água viva. 
Leituras: Êxodo 17,3-7; Salmo l 94; 
Romanos 5,1-2.5-8; João 4,5-42. 
1. A liturgia da Quaresma neste ano é batismal. Mostra Jesus como a Água Viva, a Luz e a Vida. O batismo é o nascimento nas águas, para que iluminados se tenha a vida. A samaritana é um modelo do acolhimento de Jesus que oferece a Água Viva. Temos farta simbologia sobre a água no Antigo Testamento, como lemos no Êxodo na cena da água tirada a rocha. Simboliza o túmulo do qual ressurgiu Jesus. A fé em Cristo nos dá a Água viva que é Ele mesmo. Por ela adoramos em Espírito e Verdade. 
2. A fé é a resposta à entrega que Deus faz de si mesmo. A prova do amor de Deus é sua entrega em Cristo quando ainda éramos pecadores. Ele nos dá o Espírito que é Amor e nos faz vivos. 
3. Jesus é a rocha de onde brota a água viva e chega a nos pelo Batismo. A Água Viva salva da morte. Em cada Eucaristia bebemos desta Água, Jesus. Quem o recebe anuncia, como a samaritana. Quem chega à água viva se torna um canal da graça. 
Um poço no meio do caminho 
O tempo da Quaresma é batismal. Pelo batismo somos colocados na morte e ressurreição de Jesus. Morremos e vivemos com Ele Lendo o evangelho da Samaritana, conhecemos Jesus como a Água Viva. Nós pensamos que vamos receber muito de Deus pelo bem que fazemos. Mas Jesus nos mostra que não nos recompensa, e sim nos oferece mais do que necessitamos, sem ter merecido nada, pois Ele chega primeiro. Deus é gratuito. Ele está a nossa espera à beira de um poço. Moisés tirou água da pedra para saciar a sede do povo. Jesus tira de seu coração a Água Viva que mata qualquer sede. A fé abre para nós as fontes desta Água. Basta crer. A fé nos ensina adorar em Espírito e Verdade. Adorar a Deus através do Espírito Santo e unidos a Jesus que é a Verdade. Tudo sem merecer, por puro amor de Deus. Basta não fechar o coração, como rezamos no salmo. Homilia 3º Domingo da Quaresma (27.03.2011)

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,43b-45. 
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Basílio(330-379) 
Monge, bispo de Cesareia da Capadócia, 
doutor da Igreja 
Homilia sobre a humildade, 5-6 
«O Filho do homem vai ser entregue
 às mãos dos homens» 
«Quem se humilha será exaltado 
e quem se exalta será humilhado» (Mt 23,12). 
Imitemos o Senhor, que desceu do Céu até à humilhação mais profunda e que, em recompensa, foi exaltado até às alturas que Lhe convinham. Descubramos tudo o que o Senhor nos ensina para nos conduzir à humildade. Ainda menino, ei-lo já numa gruta, e não está deitado num berço, mas numa manjedoura. Em casa de um operário e de uma Mãe sem recursos, submeteu-Se à Mãe e a seu esposo. Deixando-Se ensinar, escutando aqueles de quem não tinha precisão, fazia perguntas; mas eram tais que todos se espantavam com a sua sabedoria. Submeteu-Se a João e o Senhor recebeu o batismo das mãos do servo. Não resistiu aos que se erguiam contra Ele nem recorreu ao seu poder invencível para Se libertar das mãos que O prenderam; mas deixou-Se levar como se fosse impotente e, na medida em que Lhe pareceu bem, entregou-Se nas mãos de um poder efémero. Compareceu diante do sumo sacerdote na qualidade de acusado; conduzido à presença do governador, submeteu-Se ao juízo deste e, quando podia responder aos caluniadores, suportou em silêncio as calúnias. Coberto de escarros por escravos e servos indignos, foi enfim entregue à morte, a uma morte infamante aos olhos dos homens. Assim se desenrolou a sua vida de homem, desde o nascimento até ao fim. Mas, depois de tal abatimento, fez brilhar a sua glória. Imitemo-lo, para chegarmos, também nós, à glória eterna.

SÃO SIMÃO, CONDE DE CRÉPY

Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro. 
Simão de Crépy (c. 1048 – 1081) foi Conde de Amiens, de Vexin e de Valois de 1074 até 1077. Era filho do conde Raul II de Vexin e Adela de Bar-sur-Aube. Também é conhecido como Simão de Vexin e São Simão. Nasceu no Castelo de Crépy, e 1048. Simão foi educado na corte de Guilherme da Normandia, e herdou terras consideráveis de seu pai em 1074.[2] Nestes jazia entre o domínio real do rei Filipe I de França e as terras de Guilherme, o Conquistador, pelo então rei da Inglaterra, e fez dele um homem importante. Diz-se que neste momento Guilherme da Normandia propôs um casamento entre Simão e sua filha Adela. Enquanto isso, o rei da França tentou reter uma parte da herança de Simão, o que resultou em uma longa guerra de três anos. Um casamento com Adela estava dentro do grau de consanguinidade proibida e Simão foi a Roma para se encontrar com o Papa Gregório VII, talvez para marcar uma dispensação. Se este era o seu motivo, o Papa organizou uma trégua entre Simão e o Rei Filipe. Talvez como parte do acordo papal, casou-se com uma filha do Conde de Auvérnia (em ordem cronológica, o que teria sido tanto Guilherme V ou Roberto II) em torno de 1075.

SÃO JERÔNIMO, PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA

O nome completo deste Santo é Sofrônio Eusébio Jerônimo. Sua cidade natal é Estridão, atual Croácia. Não se sabe a data exata do seu nascimento, mas deve ser por volta de 347. De família cristã e rica, Jerônimo recebeu uma sólida educação e, ajudado pelos seus pais, completou os estudos em Roma. Ali, deu-se à vida mundana, deixando-se levar pelos prazeres. Porém, logo se arrependeu, recebeu o Batismo e seguiu a vida contemplativa. Transferiu-se para Aquileia, onde passou a fazer parte de uma comunidade de ascetas. Algum tempo depois, deixou a comunidade, decepcionado pelas inimizades surgidas naquele ambiente. Partiu para o Oriente, deteve-se em Tréveris, retornou a Estridão e partiu novamente. Permaneceu alguns anos em Antioquia, onde aperfeiçoou seus conhecimentos em língua grega; depois, se retirou como eremita para o deserto de Cálcis, ao sul de Alepo. Por quatro anos, dedicou-se totalmente ao estudo, aprendeu o hebraico e transcreveu os códigos e escritos dos Padres da Igreja. Foram anos de meditação, solidão e intensa leitura da Palavra de Deus, que o levaram a refletir sobre a disparidade entre a mentalidade pagã e a vida cristã. Decepcionado pelas diatribes dos anacoretas, provocadas pela doutrina ariana, retornou a Antioquia, onde foi ordenado sacerdote, em 379. A seguir, mudou-se para Constantinopla, onde continuou a estudar grego, sob a orientação de São Gregório Nazianzeno.

Santo Ismidão Bispo († 1115?)

Ismidão, nasceu no castelo de Sassenage, perto de Grenoble, França. Recebeu uma sólida educação na cidade de Valence, nas cercanias de Grenoble. Mais tarde, tornou-se cônego de Santo Estevão, em Lião, graças, sem dúvida, à proteção do famoso arcebispo Hugo. Em 1097, após a renúncia do bispo Pôncio, Ismidão o sucedeu em sua modesta diocese de Die. Durante os anos seguintes, em todas as ocasiões ele se mostrava como o homem de confiança do arcebispo Hugo de Lião. Em 1099, foi a Roma para defender com sucesso os direitos do primado de Lião. Em 1100 deu assistência ao arcebispo Hugo de Lião no Concílio de Anse e foi seu porta-voz no Concílio de Poitiers. Finalmente, em 1101, ele o acompanhou a Roma e Jerusalém. Ismidão foi repetidamente designado pelo papa e pelo legado como moderador em disputas entre várias igrejas dos reinos da França e da Borgonha: A Cartuxa de São Benigno de Dijon, La Chaise-Dieu, Aniane Domène, Cruas, Bordéus.

São Francisco de Borja, Vice-Rei da Catalunha, Viúvo, Sacerdote Jesuíta (+1572), 30 de Setembro

Francisco de Borja e Aragão (Gandía, Valência, Espanha, 28 de outubro de 1510 – 30 de setembro de 1572) era Duque de Gandía, bisneto do Papa Alexandre VI e bisneto do rei Fernando II de Aragão. Exerceu o cargo de Vice-rei da Catalunha e fez-se jesuíta logo após enviuvar. Foi canonizado em 1671. Seu onomástico é celebrado em 30 de setembro.

Infância e juventude
Desde pequeno era muito piedoso e desejava tornar-se monge. No entanto, sua família enviou-o à corte de Carlos V, onde se destacaria acompanhando o imperador em suas campanhas e casando-se com uma nobre portuguesa, Eleonor de Castro Melo e Menezes, com a qual teve oito filhos: Carlos, Isabel, João, Álvaro, Fernando, Afonso, Joana e Dorotéia.
Nobre e considerado "grande de Espanha", em 1539 escoltou o corpo da imperatriz Isabel de Portugal até ser enterrado em Granada. Conta-se que, quando Francisco viu o efeito da morte sobre o corpo daquela que tinha sido uma bela imperatriz, decidiu que "nunca mais serviria a um senhor mortal". Ainda jovem foi nomeado vice-rei da Catalunha, província que administrou com grande eficiência. Quando seu pai morreu, recebeu por herança o título de Duque de Gandía, então retirou-se para a sua terra natal e aí levaria, com sua família, uma vida dedicada puramente à religião.

São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea. Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular. Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia.

JERÓNIMO DE STRIDON Padre e Doutor da Igreja, Santo ca. 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e reti-rou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religio-sa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquis-mo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigo-rosas, que o levaram aos limites da morte. Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerónimo não sentia vocação à actividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal.

Beato Conrado d’Ulrach (1175-1227), monge.

Konrad von Urach O. Cist. (Bad Urach, 1170? — Bari, 30 de setembro de 1227) foi um abade e cardeal da Igreja Católica de origem badeniana, ligado à Casa de Zähringen. De família nobre, filho do conde Higino IV de Urach e Inês de Zähringen, ele se tornou um monge cisterciense, tornando-se abade e então foi proclamado cardeal-bispo pelo Papa Honório III. 
Biografia
Para Conrado, que levava o nome de Zähringer, o caminho eclesiástico já estava traçado no seu nascimento e foi provavelmente desde 1189 cônego da Catedral de Liège, onde seu tio-avô Rodolfo, irmão de Bertoldo IV de Zähringen, foi bispo de 1167 a 1191. A escola da catedral deu ao jovem uma educação sólida. Depois da sua entrada, ocorrida em 1199, na Abadia de Villers-Bettnach, filiada à de Clairvaux, tornou-se monge cisterciense e a partir de 1208 (ou de 1209) está comprovada a sua nomeação como abade. Em 1213 (ou 1214) mudou-se para a Abadia de Clairvaux, da qual se tornou abade; em 1217 tornou-se abade da de Cîteaux, a primeira, por fundação, abadia da Ordem de Cister. Como abade, primeiro de uma abadia primária, sucessor de Bernardo de Clairvaux, e depois da primeira abadia cisterciense, a de Cister, portanto representante da mais alta autoridade da Ordem (Abade-geral), ele definiu a organização e as políticas desta comunidade monástica europeia amplamente ramificada.

30 de setembro - Beato Frederico Albert

Frederico Albert, fundador das Vicentinas de Maria Imaculada, nasceu em Turim (Itália), em 16 de outubro de 1820, e morreu em Lanzo Torinese, em 30 de setembro de 1876. Foi beatificado no dia 30 de setembro de 1984, pelo Papa João Paulo II. Filho de um alto oficial do exército, estava para entrar na Academia militar quando se sentiu repentinamente chamado à vida sacerdotal. Ordenou-se no dia 10 de Junho de 1843 e foi designado capelão militar. Depois de algum tempo, renunciou a esse posto para se consagrar ao múnus de pastor da paróquia de São Carlos. Em 1852 transferiram-no para a paróquia de Lanzo Torinese, onde permanecerá até à morte. O Padre Frederico conheceu São José Bento Cottolengo, que lhe chamou a atenção para a situação miserável de tantos pobres. Conheceu igualmente São José Cafasso, apóstolo dos presidiários e condenados à morte; São Leonardo Murialdo, criador da ação social em Turim; São João Bosco, apóstolo da juventude, que o convidou para pregar os exercícios aos jovens do Oratório de Valdocco. Todos estes Santos influíram no espírito do Padre Frederico Albert, levando-o também ele a criar obras dignas de menção. Em 1859, abriu um asilo para órfãs abandonadas. Em 1866, acrescentou-lhe uma escola de pedagogia, a fim de as raparigas se prepararem para professoras.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sábado Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador
Evangelho (Lc 9,43b-45) “Jesus disse a seus discípulos: – Prestai atenção ao que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.”
Os discípulos deviam estar muito animados com o que viam. Era tanta gente acorrendo para ouvir Jesus, era tão grande o entusiasmo por onde andavam com ele. Podemos imaginar como ficaram sem saber o que pensar quando ele começou a lhes dizer que os adversários iriam apoderar-se dele. Não tinham coragem de lhe perguntar o que afinal lhes queria dizer, pois tinham medo da resposta.
Oração
Senhor Jesus, saber o que vos esperava no futuro não vos tirava a alegria de viver. Mas também não vos permitia ilusões. Não sei o que me reserva o futuro, mas sei que não posso iludir-me, e terei momentos difíceis pela frente. Confio em vós e espero que me ajudareis a continuar como discípulo vosso. Não permitais que as dificuldades me tirem a esperança e a alegria de viver. Amém.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - Anunciação do Senhor (25.03.11)

Um mistério de Deus
 
João, em seu Evangelho, ao proclamar a Encarnação do Verbo Eterno, o Filho de Deus, diz que Ele armou sua tenda entre a nossas. Tenda significa a presença de Deus em nossa condição humana. Ao dizer que se fez carne, explica se tornou o que somos. Dizendo que Jesus armou sua tenda no meio das nossas, não podemos imaginar que, com o passar do tempo se torne uma tapera abandonada que, de um momento para o outro, caia. A sociedade quer isso. Mas Ele supera os tempos. No momento da encarnação no seio de Maria Ele assumiu totalmente a condição humana. Esse mistério de Deus não pode ser trocado por nada. Não é concorrência com outras entidades ditas espirituais. Deus se fez homem. Rezamos na profissão de fé: “Creio em Jesus Cristo seu único Filho nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu Virgem Maria; Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia; subiu ao céu; está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos” (profissão de fé apostólica). Cremos em uma pessoa concreta que vive desde toda eternidade e se fez homem. Tem uma história entre nós e retorna ao Pai com todo poder e glória. É uma fé inegociável. É Deus conosco, para nós e em nós. Quando deixamos de crer na humanidade de Cristo, com todas as consequências, fazendo uma religião só espiritual que não entra na realidade humana. Quando pensamos só o humano, perdemos a dimensão de vida eterna e dimensão divina que nos foi dada pela Encarnação. Ele foi tão humano que, os que não O receberam, recusaram-No até dar-lhe a morte. 
Mistério que é caminho 
O Mistério da Encarnação não é só uma história bonita do passado como um Natal tão terno, uma vida miraculosa e uma morte dolorosa. Ele permanece no meio de nós. Esta verdade é um caminho de redenção e um modo de ser Igreja. Este mistério tem que penetrar toda a realidade do mundo A grande tentação da Igreja é afastar-se da Encarnação. Afastando-se perde sua capacidade de transformar o mundo. Ideologia espiritual não salva. Em sua condição humana Ele nos ensina a fazer a vontade do Pai. É nesta vontade que se fez nosso Redentor. Fazer a vontade do Pai é querer que todos se salvem. A Igreja deve se encarnar no mundo como Jesus se encarnou.. “pois Ele mesmo foi provado em tudo com nós, com exceção do pecado” (Hb 4,15). Ele humilhou-se. Por que a sociedade tem medo e Jesus? Porque Ele requer de nós a humildade de ser gente, o que não nos agrada. 
Na carne da Mãe 
Jesus se encarnou no seio de uma mulher, como todas as mulheres. Você, mulher e mãe, pode entender Maria, vendo a si mesma. Dela Ele tomou tudo o que um filho recebe da mãe ao ser concebido e gerado. Conhecendo Jesus, podemos conhecer sua mãe. Muitos dos traços de Jesus, mesmo espirituais, assumiu de Maria. Nós preferimos uma Maria toda maravilhosa e belíssima, como contemplamos nos quadros, nas imagens nas devoções. E nos esquecemos daquela mulher do povo, curtida na vida dura da gente simples, do trabalho, do sol forte, das fraquezas a vida. Se a vida do povo é dura nos dias de hoje, imaginemos há 2000 anos. Não podemos desligar Maria da humanidade do Filho, como Ele foi humano. Ele assumiu nossa condição para os colocar em comunhão com Deus e nos tornamos, por assim dizer, divinos. Maria traz no seio a divindade que é o Homem Deus, seu Filho. Assim podemos, celebrando a Encarnação, celebrar a Mãe que O concebeu.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2011

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 1,47-51. 
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: "Eu vi-te debaixo da figueira", acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém(313-350) 
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequese batismal n.º 6, 5-6 
«Vereis o céu aberto» 
A pretexto de que não consigo beber o rio todo, deverei privar-me de tomar modestamente o que dele necessito? A pretexto de que a constituição dos meus olhos me impede de olhar o Sol de frente, deixarei de ver aquilo que as minhas necessidades me solicitam? A pretexto de que entrei num enorme pomar e não consigo comer todos os frutos que nele se encontram, deverei sair dele com fome? Eu louvo e glorifico Aquele que nos criou, porque tal está prescrito por mandamento divino: «Todo o ser vivo bendiga o seu santo nome» (Sl 145, 21). Mas não está escrito: «Os seus [dos pequeninos] anjos, nos Céus, veem para sempre o rosto do meu Pai que está nos Céus» (Mt 18,10)? Os anjos veem a Deus, não como Ele é, mas – também eles – como O compreendem. Com efeito, foi o próprio Jesus que disse: «Não porque alguém tenha visto o Pai, a não ser Aquele que existe junto de Deus: este viu o Pai» (Jo 6,46). Os anjos veem, pois, de acordo com a sua capacidade, e os arcanjos como podem; os tronos e as dominações veem-no melhor que estas primeiras categorias, mas ficam aquém de um conhecimento digno do seu objeto. Só o Espírito Santo, juntamente com o Filho, O pode ver como Ele deve ser visto, pois «sonda todas as coisas e conhece as profundezas de Deus» (1Cor 2,10). Uma vez que tanto o Filho unigénito como o Espírito Santo conhecem adequadamente o Pai – pois «ninguém reconhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar» (Mt 11,27) –, o Filho vê Deus como Ele deve ser visto e revela-O, com o Espírito e através do Espírito Santo, a cada um segundo a sua capacidade. Portanto, uma vez que nem os anjos O conhecem – pois, como dissemos, o Unigénito revela com o Espírito e pelo Espírito Santo, a cada um segundo a sua capacidade –, que ninguém se envergonhe de confessar a sua ignorância.

29 de setembro - São João de Dukla

Estas palavras do profeta Isaías, propostas na primeira Leitura, foram lidas por Jesus na sinagoga de Nazaré no início da Sua atividade pública: O Espírito do Senhor repousa sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu. Enviou-Me a levar a boa nova aos que sofrem; a curar os de coração despedaçado, a anunciar a anistia aos cativos, e a liberdade aos prisioneiros; proclamar um ano de graça da parte do Senhor. Naquele dia, na sinagoga, Jesus anunciou o seu cumprimento: o Espírito Santo consagrara com a unção precisamente a Ele, em vista da Sua missão messiânica. Mas aquelas palavras têm um valor que se estende também a todos aqueles que são chamados e enviados por Deus para continuar a missão de Cristo. Elas, portanto, podem referir-se certamente também a João de Dukla, que hoje me é dado incluir entre os Santos da Igreja. Dou graças a Deus, porque a canonização do Beato João de Dukla pode ter lugar na sua terra natal. O seu nome e juntamente a glória da sua santidade estão unidos para sempre a Dukla, pequenina ainda que antiga cidade, situada aos pés do monte Cergowa e da cadeia de montanhas do Beskid Central. João de Dukla é um dos muitos Santos e Beatos que cresceram na terra polaca, no decurso dos séculos XIV e XV. Todos estavam ligados à Cracóvia régia. Atraía-os a Faculdade de Teologia de Cracóvia, surgida por obra da Rainha Edviges, por volta do final do século XIV. Animavam a cidade universitária com o sopro da sua juventude e da sua santidade, e dali dirigiam-se para o Leste. As suas estradas levavam, antes de tudo, a Lviv, como no caso de João de Dukla, que transcorreu a maior parte da sua vida naquela grande cidade, centro ligado à Polónia por vínculos muito estreitos, especialmente a partir dos tempos de Casimiro, o Grande. São João de Dukla é o padroeiro da cidade de Lviv e de todo o território circunstante. 
Papa João Paulo II – Homilia de canonização – 10 de junho de 1997

29 de setembro - Beato Francisco de Paula Castelló i Aleu

Não menos edificante foi o testemunho dos demais mártires, como o jovem Francisco Castellói i Aleu, de vinte e dois anos, químico de profissão e membro da Ação Católica que, consciente da gravidade do momento não se escondeu, mas ofereceu a sua juventude em sacrifício de amor a Deus e aos irmãos, deixando-nos três cartas, exemplo de fortaleza, generosidade, serenidade e alegria, escritas poucos momentos antes de morrer, às suas irmãs, ao seu diretor espiritual e àquela que fora sua noiva. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 
11 de março de 2001 
Francisco de Paula Castelló i Aleu nasceu em Alicante (Espanha) em 19 de abril de 1914. Seu pai morreu quando ele era apenas um bebê e sua mãe, professora, cristã exemplar e excelente educadora, encarregou-se da família. Ela ensinou-lhe a educação primária nas diferentes cidades de sua carreira como professora nacional, e preparou-o para sua primeira comunhão, que ele recebeu em Juneda, onde então Teresa Aleu trabalhava. Sua vida foi desenvolvida quase inteiramente em Lleida e em Barcelona, ​​onde Francisco fez seu ensino superior. Aos 12 anos, começou o ensino médio como aluno interno na escola marista de Lleida. E no Instituto de Química de Sarriá, dirigido pelos padres da Companhia de Jesus, obteve seu diploma em Ciências Químicas, iniciado em 1930.

Beato João de Montmirail Monge cisterciense († 1217)

João nasceu em 1165, na vila de Montmirail, na região de Champagne, França. Seu pai, Andrea, Senhor de Montmirail e Conde de Brie, casou-se com Elviada de Oisy-en-Cambrésis. Esta lhe deu como dote a zona rural de Ferté-d’Ancoul, o título de Visconde de Meaux e o castelo de Cambrai. João perdeu a mãe na juventude e seu pai recebeu, em segundas núpcias, a condessa de la Ferté-Gaucher. De sua madrasta, João recebeu um grande carinho e lições das maiores virtudes. Seu pai não negou esforços para que seu filho tivesse garantida uma brilhante educação. Queria que ele suplantasse todos os outros Senhores Feudais de seu tempo, não apenas em fortuna, mas também pela qualidade de seu espírito e coração. João estudou Latim e Direito Consuetudinário em Vitry e Cambrai: mostrou ao longo da vida ser um fiel observador de tudo o que aprendera. Quando completou os estudos seu pai o introduziu na corte, pois tinha a mesma idade que Filipe Augusto, filho do Rei Luís VII. Na corte destacou-se por sua integridade e lealdade e desenvolveu uma grande amizade com o príncipe. Quando Filipe Augusto tornou-se rei tomou João como seu conselheiro e gostava de chamá-lo de “João, o Íntegro”. O rei Filipe Augusto o condecorou com o título de Barão e é com essa distinção que aparece no tratado celebrado entre o rei da França e Blanche, condessa de Champagne. A conselho da madrasta, João casou-se com Helvide de Dampierre e teve dois filhos: Archambaud, o grande senhor de Bourbon (pai entre outros de Marguerite de Bourbon, Rainha de Navarra, Condessa de Champagne e Brie), e Guillaume de Dampierre, Conde de Flandres e Hainaut. Em uma batalha contra os ingleses, perto de Gisors, o rei Filipe Augusto se viu cercado de inimigos e sua salvação se deveu à coragem do beato, que correu em seu auxílio. A certa altura de sua vida, João, que era muito piedoso, quis despedir-se da corte, do mundo e retirar-se para a solidão.

Santas Ripsima, Gaiana e comp., Mártires na Armênia – 29 de setembro

      A Vita destas Santas, bem como a de São Gregório o Iluminador, também chamado São Gregório Armênio (1), são recordadas nas fontes da tradição armênia. As Actas destas virgens apresentam pormenores extravagantes, mas não há dúvida de que a veneração a estas virgens e mártires existe desde tempos imemoriais na Armênia. Ripsima é venerada no Egito com o nome de "Arepsima" (ver Analecta Bollandiana, vol. XIV (1927), pp. 157 e 395), como também nos textos em árabe e no Martirológio Sírio de Rabban Silba.

Beata Amália Abad Casasempere, Mãe de família e mártir da Rev Comunista de 1936 - 28 de setembro

Amália Abad Casasempere nasceu em 11 de dezembro de 1897 em Alcoy, Alicante, na Espanha. Foi batizada no mesmo dia na paróquia do seu povoado; foi crismada em 6 de outubro de 1906 e recebeu a 1ª Comunhão em 22 de maio de 1907. Amália foi educada nos valores da fé e cresceu, como muitas jovens da sua geração, em meio às dificuldades políticas daquelas primeiras décadas do século XX, na Espanha. Em 6 de setembro de 1924, casou-se com o capitão do exército Luís Maestre Vidal, preocupando-se doravante em ser uma boa esposa e criar o ambiente adequado para criar os filhos que Deus lhes concederia. À alegria do nascimento de suas duas filhas, Maria e Luísa, seguiu-se a triste perda de seu esposo, que morreu na Guerra do Rif, deixando Amalia Abad viúva. Ela teve que ser forte e nos momentos de fraqueza confiava seus filhos à Virgem Maria. Sabia que a fé era o maior tesouro que poderia lhes dar e educou-os num ambiente de piedade e generosidade. Apesar da responsabilidade que implicava educar seus três filhos, Amália encontrava tempo para participar de várias atividades da Igreja, de maneira especial na Ação Católica. Sem se descuidar do seu lar, se dedicava com entusiasmo à catequese e às obras de caridade. Amália esteve presente em outras organizações católicas como Mães Católicas, Marias do Tabernáculo, Conferências de Paulo e a Confraria de Nossa Senhora do Carmo. Quanto aos estudos, em 1935 começou a cursar o bacharelado com o objetivo de obter o título de parteira. 

Patriarca São Ciríaco (Kyriakos), o Anacoreta, Padre do Deserto (+556), 29 de Setembro

Anacoreta = Eremita 
São Ciríaco nasceu em 448 d.C., sob o reinado do imperador Teodósio o Jovem, em Corinto. Era filho de um Sacerdote da Igreja de Corinto chamado João e de uma piedosa mulher, Eudóxia. Com a idade de 18 anos, Ciríaco foi ordenado Leitor por Pedro, Bispo da cidade e tio de seu pai. Com o coração ardendo fortemente de desejo por Deus, o jovem fugiu para Jerusalém. Tendo chegado à Cidade Santa, Ciríaco ouviu a respeito das façanhas de Santo Êutimo1 e pediu para ser recebido entre os seus discípulos. Santo Êutimo, então, revestiu-o com o santo hábito angélico, mas não lhe permitiu ficar na sua comunidade religiosa, com receio de escandalizar os outros patriarcas, por causa da pouca idade de Ciríaco. Enviou-o a São Gerásimo2, que ficava perto do Rio Jordão. Ciríaco encarregava-se bem de sua tarefa de cozinheiro e progredia tão rapidamente nas santas virtudes ascéticas e nas orações que São Gerásimo afeiçoou-se a ele e aceitou levá-lo consigo para o deserto de Ruba, todos os anos, após o encerramento da Teofania até o Domingo de Ramos. Foi aí que Gerásimo teve a revelação da partida da alma de Santo Êutimo para o Céu, e decidiu então ir com Ciríaco para o enterro do santo. Quando Ciríaco estava em seu nono ano de permanência no mosteiro de São Gérsimo, este últmo adormeceu na paz e foi juntar-se ao Senhor. Então com 27 anos, Ciríaco pôde ser recebido na comunidade de Santo Êutimo.

São Miguel, Arcanjo


O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas. Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo. O profeta Daniel nomeia esse arcanjo chamando-o de príncipe protetor dos judeus e depositário das profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Miguel torna-se, também, protetor especial de todos nós, filhos de Deus, pois a Igreja e o seu povo são herdeiros definitivos das revelações e dos mistérios divinos. Por isso Miguel arcanjo assumiu a posição de padroeiro da Igreja Católica. Miguel arcanjo, protetor dos justos, é assim lembrado na passagem bíblica do Apocalipse, pois, nela, vê-se que houve uma batalha no céu, e Miguel, com seu exército de anjos, precisou combater e vencer a primitiva serpente, chamada de satanás.

SÃO GABRIEL, ARCANJO-O ANJO DA ANUNCIAÇÃO

Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra. A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação, desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição.

São Rafael, Arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobias, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se: "...chamou-os à parte e disse-lhes: 'Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu.Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória do Senhor'. Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor.

MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus.

Beato Nicolau da Forca Palena, sacerdote e fundador 29 de setembro

(*)Forca Palena, Chieti, 10 de setembro de 1349
(+)Roma, 1 de outubro de 1449 
Martirológio Romano: Em Roma, o beato Nicola da Forca Palena, sacerdote da Ordem dos Eremitas de San Girolamo, que fundou o mosteiro de Sant'Onofrio no Monte Janículo, onde repousou no Senhor durante cem anos. 
No coração de Roma, não muito longe da Basílica de São Pedro, ergue-se a igreja de S. Onofrio al Gianicolo, joia renascentista onde está sepultado Torquato Tasso, que aqui viveu o último período da sua vida e morreu em 25 de abril de 1595. Sob a mesa do altar-mor repousam os restos mortais de Nicolò da Forca Palena, fundador do mosteiro e da igreja no século XV. A longa vida do Beato começou numa modesta casa de Forca (Chieti), nas montanhas de Abruzzo, no dia 10 de setembro de 1349. No dia anterior, um terremoto devastador abalou o centro e o sul da Itália, complicando uma situação já dificultada pelo ataque atávico. luta pelo controle das terras, pela dureza do território e pelo clima, severo durante boa parte do ano. Forca, embora pequena, ocupava uma posição estratégica e era frequentemente saqueada por empresas mercenárias. Pouco sabemos sobre a adolescência de Nicolò. Com cerca de trinta anos de idade, com seus companheiros aldeões, ele foi forçado a se mudar para a vizinha Palena, que era defendida por poderosas muralhas e pelo castelo do Conde Giovanni di Manoppello. Assim, numa situação mais tranquila, iniciou a vida religiosa.

Santos Miguel de Aozaraza, Guilherme Courtet, Vicente Shiwozuka, Lázaro de Quioto e Mártires Lorenzo Ruiz 29 de setembro

† Nagasaki, 
Japão, 29 de setembro de 1637 
Martirológio Romano: Em Nagasaki, no Japão, paixão dos santos mártires Miguel de Aozaráza, Guilherme Courtet, Vicente Shiwozuka, sacerdotes da Ordem dos Pregadores, Lázaro de Quioto e Lourenço da Manila Ruiz, pai de família, que, detido na prisão por durante um ano em nome de Cristo, sofreram a tortura da cruz e finalmente a decapitação. A sua memória, juntamente com a de outros camaradas, é celebrada na véspera. Lorenzo Ruiz é o protomártir das Filipinas, o país mais católico do Extremo Oriente, mas o seu martírio juntamente com outros 15 companheiros não ocorreu na sua terra natal, mas no Japão. 
A fidelidade dos cristãos japoneses 
A longa e feroz perseguição contra os cristãos no Japão privou-os de sacerdotes, mas não destruiu a sua fé. Quando, em 1634, alguns comerciantes espanhóis desembarcaram nas ilhas de Okinawa, os fervorosos cristãos que ali estavam imploraram-lhes que enviassem missionários. Teriam encontrado uma forma de apresentá-los secretamente às outras ilhas para trazer conforto às comunidades cristãs que viviam num clima de catacumbas. O apelo chegou ao provincial dos Dominicanos em Manila e em dois anos conseguiu preparar um grupo de missionários e alugar um pequeno navio que partiria em segredo para Okinawa, tendo o governador espanhol proibido o envio de pessoal ao Japão para fins políticos. tensões entre os dois países.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Sexta-feira Santos: Miguel, Gabriel, Rafael
Evangelho (Jo 1,47-51) “Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: – Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade.”
Filipe tinha sido convidado por Jesus para o seguir. Entusiasmado foi logo convidar Natanael. Quando o acolhe, Jesus reconhece-o como um homem fiel a Deus, de coração sincero e transparente. Se queremos seguir Jesus, como discípulos, precisamos estar comprometidos com o Senhor, ter, ou pelo menos procurar ter, um coração sincero e transparente, para nos entregar de todo o coração.
Oração
Senhor Jesus, ouvi o convite e quero seguir-vos como discípulo, vivendo do vosso jeito de viver. Purificai meu coração de todo mal, para que me volte de todo para vós, na sinceridade da fé. Firmai meu coração para que continue fiel a vós e a meus irmãos. Bem sabeis como preciso de vossa ajuda, porque sou fraco e volúvel, medroso e de pouca generosidade. Confio em vossa bondade. Amém.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Visão da Glória”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
E
PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO
REDENTORISTAS NA PAZ DO SENHOR
Purificado o olhar da fé
 
A Quaresma aponta para a Glória. No domingo passado sofremos as angústias da tentação. Agora vivemos a serenidade da presença de Deus em Cristo, no alto do monte. Estava tão bom que Pedro disse: “É bom estarmos aqui’. Nossa fé não é só sofrimento, tentação, purgatório. “É alegria e paz no Espírito Santo” (Rm 14,17). Fizemos uma religião do medo; Jesus implantou um Reino que alegria a todos. A tentação tem como fruto a perseverança (Tg 1,2). Este evangelho mostra o futuro glorioso da Ressurreição, depois de passada a tentação da Paixão dolorosa. O que os discípulos sentem depois da Ressurreição é o que Pedro diz: “É bom estarmos aqui”. Jesus se manifesta todo transformado e glorificado. Mostra, assim, como serão os discípulos. Um ensinamento importante deste evangelho é a centralidade de Jesus no Novo Testamento: Aparecem Moisés e Elias falando com Ele” (Mt 17,3). Jesus de agora em diante é a Lei e a Profecia – Moisés e Elias. Não há outro a ser ouvido. Certamente os primeiros cristãos ainda estavam ligados demais à lei antiga. Isso se manifesta no desejo de Pedro de construir 3 tendas(4), quer dizer, os dois grandes continuam presentes na comunidade. O Pai mostra, então, que agora, quem fala é Jesus, o Filho Amado (5). Por isso, “escutai-O!” (5). A vida cristã é um processo permanente de transformação. Purificado o olhar de nossa fé (oração), nós vamos à verdade de Jesus. Nós precisamos do colírio que oferece João no Apocalipse para poder enxergar (Ap 3,18). Não podemos fazer um cristianismo sem Jesus, baseado só em fórmulas, idéias e teorias espirituais que nem sempre são evangelho e respondem a ideologias políticas. Não podemos entender como se desenvolvem certas manias na religião que não tem nada do evangelho. É preciso purificar. Este foi o caminho de Abraão para ser bênção para todos. 
Vocação Santa 
A vida cristã tem como vocação fundamental nossa transformação em Cristo. A partir do momento que aceitamos Jesus em nossa vida, e mesmo desde pequenos, começamos essa transfiguração, pois a vida cristã é dominada pela graça. O que aconteceu com Jesus naquele momento é figura da Ressurreição. Sua ressurreição em nossa vida realiza esta transfiguração. Já participamos na terra das coisas do céu (pós-comunhão). Não vivemos de novidades, mas batalhamos como Jesus o fez. Ele sempre fez que o Pai mandou fazer (Jo 5,36). Sofremos pelo Evangelho, como Paulo convida a Timóteo: “Sofre comigo pelo evangelho, fortificado pela graça de Deus” (2Tm 1,8b). O sofrimento não é a dor, mas o empenho de crescer e se transformar em Cristo, suportando o esforço que isso comporta. 
Ouvir o Filho 
Rezamos: “Alimentai nosso espírito com vossa palavra... para que os alegremos com a visão de vossa glória” (Orção). A solução que o evangelista Mateus sugere para superar a tentação de voltar atrás e não se empenhar na transformação é ouvir a Palavra do Filho. Ouvindo-a está participando do amor que o Pai tem pelo Filho, o Dileto. A transformação é realizada pelo esforço, mas sobretudo pela graça. Esta é o fruto dos sacramentos que celebramos, de modo particular a Eucaristia. “Oferendas nos transfiguram interiormente para celebrarmos a Páscoa” (oferendas). Celebrar a Páscoa em cada Eucaristia é ser transformado para continuar a missão de anunciar, mesmo que não o vejamos glorioso. 
Leituras: Gênesis 12,1-4ª; Salmo 32; 
2Timóteo 1,8b-10; Mateus 17,1-9. 
1. Iniciamos a Quaresma com narrativa das tentações de Jesus e também sua glorificação. Os cristãos viviam a tentação de voltar ao Antigo Testamento (Moisés e Elias). O Pai apresenta Jesus como o Profeta e a Lei. E a Ele que devemos ouvir. Contemplamos em Jesus transfigurado nosso futuro. É preciso purificar o olhar da fé para não viver em teorias. Esse foi o caminho de Abraão 
2. A solução que Mateus apresenta para superar a tentação de voltar atrás é ouvir a Palavra do Filho. A transformação é realizada pelo esforço pessoal, mas sobretudo pela graça. A Ressurreição de Jesus em nossa vida realiza a transformação. Isso comporta esforço 
3. A transfiguração é nossa vocação fundamental em Cristo. Deus trabalha em nós com sua graça. Já participamos das coisas do Céu. Não vivemos ainda, mas já participamos na terra da glória do Céu. 
Dançando nas nuvens 
Se o primeiro domingo mostra a fragilidade de Jesus que deve ser tentado, neste domingo conhecemos sua força divina. Lembramos também que o homem não é só pó, mas tem a dimensão divina que o faz dançar nas nuvens. Ao vencer a tentação, vê brilhar em si a força da imortalidade. Não podemos desanimar diante da fraqueza, quando o mais importante é a força de Deus que habita em nós. Jesus aparece na sua glória divina. Os discípulos ficaram maravilhados. Mas a vida continua. Por isso, para não perder a glória de Deus em nós, é preciso ouvir o Filho, como diz o Pai. Viver a Palavra é nossa transfiguração. Abraão era frágil, mas recebe uma promessa que o faz pai de um grande povo e nele serão abençoadas todas as nações da terra. Quaresma não é penitência, é glória, vitória e ressurreição. 
Homilia do 2º Domingo da Quaresma (20.03.2011)

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,7-9. 
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus fazia e andava perplexo, porque alguns diziam: «É João Batista que ressuscitou dos mortos». Outros diziam: «É Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou». Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Isaac o Sírio(século VII) 
Monge perto de Mossul 
Discursos espirituais,1.ªsérie,n.°20 
Herodes procurava ver Jesus 
Como podiam os seres criados contemplar a Deus? A visão de Deus é tão terrível que o próprio Moisés afirmava que temia e tremia. Com efeito, quando a glória de Deus apareceu no monte Sinai (cf Ex 20), a montanha fumegava e tremia de medo sob o efeito da revelação; e os animais que se aproximavam das suas encostas morriam. Os filhos de Israel prepararam-se: obedecendo à ordem de Moisés, purificaram-se durante três dias a fim de serem dignos de ouvir a voz de Deus e de ver a sua revelação. Mas, quando chegou o momento, não conseguiram assumir a visão da sua luz nem receber a força da sua voz de trovão. Agora, porém, que Ele espalhou a sua graça pelo mundo com a sua vinda, não apareceu através de um tremor de terra, nem através do fogo, nem anunciando-Se com voz tonitruante, mas como o orvalho sobre o velo (cf Jz 6,37), como gota que cai docemente no solo. Foi sob outra forma que Ele veio até nós: cobrindo a sua grandeza com o véu da carne, fez desta um tesouro; viveu entre nós nessa carne que a sua vontade havia formado no seio da Virgem Maria, a Mãe de Deus, para que, ao vê-lo semelhante a nós e a viver entre nós, não ficássemos atormentados de medo ao contemplá-lo. Por isso, aqueles que se cobriram com as vestes nas quais o Criador apareceu, com esse corpo de que Ele Se revestiu, revestiram-Se do mesmo Cristo (cf Gl 3,27), porque desejavam ter no seu homem interior (cf Ef 3,16) a mesma humildade com que Cristo Se revelou na sua criação e nela viveu, como Se revela agora aos seus servos. Em lugar das vestes de honra e glórias exteriores, adornaram-se com essa humildade.

28 de setembro - Beato Bernardino de Feltre

Martinho, como foi chamado no batismo, nasceu em 1439, em Tomo, lugarejo minúsculo, distante alguns quilômetros de Feltre, na Itália. Foi o primogênito de dez irmãos, todos filhos do nobre e abastado Donato Tomitano e de Corona Rambaldoni. Criança precoce, ávido de leituras, Martinho se mostrou dotado de grande memória desde os primeiros estudos, tanto que aos onze anos lia e falava corretamente o latim. Cresceu numa família bem estruturada e de nível cultural elevado e, assim, conseguiu adquirir um espírito de discernimento diante de comportamentos sociais da época. Também em Pádua, onde estudou Direito, fez-se admirar pela seriedade de sua conduta e acuidade de suas reflexões. Profundamente tocado pela morte repentina de três de seus professores universitários, pelos quais sentia-se profundamente amado e ao mesmo tempo conquistado pela pregação que São Tiago das Marcas fazia na catedral de Pádua, Martinho interrompeu os estudos a 14 de maio de 1456 e tomou o hábito dos Frades Menores no Convento de São Francisco das mãos de Frei Tiago. Este, para honrar São Bernardino de Sena, deu a Martinho o nome de Frei Bernardino. Seu pai tentou demovê-lo da ideia de se tornar franciscano.

28 de setembro - Beato Luis Monza

Nasceu no dia 22 de Junho de 1898 em Cislago (Itália) em uma família extremamente pobre, cuja única riqueza era a fé e o trabalho. Em Setembro de 1913 partiu para o Instituto missionário salesiano de Penango Monferrato, nos arredores de Asti. A 16 de Janeiro de 1917 o seu pai faleceu. Logo depois, Luís foi chamado às armas. Após o final da guerra retomou os estudos sendo ordenado Sacerdote em Setembro de 1925. Exerceu o seu cargo dedicando-se à evangelização, ao exercício da caridade e à formação da comunidade. Fundou três importantes grupos: a schola cantorum, a filodramática e a sociedade desportiva "Viribus unitis". Em 1926 após uma série de provocações da parte de um grupo fascista, tiveram início numerosas violências contra o grupo Viribus unitis que, não obstante a mediação do Pe. Luís, culminaram com a prisão de oito jovens do oratório. Também ele foi preso e passou quatro meses no cárcere. Foi absolvido plenamente, embora com a proibição de ir a Vedano. Após a libertação, a diocese decidiu transferi-lo momentaneamente para a Paróquia de Santa Maria do Rosário, em Milão, para depois o destinar ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, em Saronno, onde chegou em Novembro de 1928. Foi neste ambiente familiar que o Pe. Luís se deparou com um mundo marcado pela solidão, tristeza e egoísmo. Assim, ele pediu a Deus que o ajudasse a fazer com que os jovens experimentassem o Seu grande amor. Esperou então, que o Senhor lhe indicasse o caminho a seguir. Deus o inspirou a ver no amor dos primeiros cristãos a maneira de chegar ao homem contemporâneo e anunciar o Evangelho.

SANTA EUSTÓQUIA, VIRGEM, FILHA DE SANTA PAULA

Santos Eustóquia,
Paula  e Jerônimo
Terceira filha da matrona Paula, Eustóquia converteu-se ao cristianismo, consagrou-se virgem e partiu com sua mãe para a Terra Santa, nas pegadas de São Jerônimo. Fixaram morada em Belém, onde fundaram dois mosteiros. Eustóquia estudou e tornou-se hábil hebraísta. Morreu, de repente, em 419.
Pertencente à aristocracia romana. Com a mãe, tornou-se filha espiritual de São Jerônimo. Quando partiu para a Terra Santa, seguiram-no. Em Jerusalém dedicou-se ao trabalho de escriba de São Jerônimo, ajudando-o na tradução da Vulgata.
Martirológio Romano: Em Belém de Judá, comemoração de Santa Eustóquia, virgem, que, juntamente com sua mãe Santa Paola, deixou Roma para chegar ao presépio do Senhor e não se privar do conselho de seu mestre São Jerônimo e nesta terra passou ao Senhor brilhando com méritos ilustres. 
Eustóquia nasceu em Roma não antes de 367, o terceiro filho do senador Tossozio e da matrona Paola, ambos pertencentes à alta aristocracia romana. Depois de um período juvenil dedicado ao mundanismo, com a morte de seu pai em 379, ele seguiu sua mãe para se juntar ao cenáculo de Marcella no Aventino. Quando, nos anos 382-85, São Jerônimo permaneceu em Roma, tornou-se discípula leal dele, participando assiduamente das conferências sobre a Sagrada Escritura que o santo doutor deu a um grupo de senhoras romanas na casa de Marcela.

São Simão de Rojas Presbítero († 1624)

Em 28 de outubro de 1552 nasceu Simão de Rojas, em Valladolid, Castela (Espanha), filhos de uma fervoroso casal de cristãos. Constança, sua mãe, que instilou e fez brotar na alma de Simão o amor à Virgem Maria sempre foi devota de Nossa Senhora, juntamente com seu marido Gregório. Diz a lenda que Simão, quando pronunciou suas primeiras palavras tardiamente aos 14 meses, de maneira um pouco gaguejante, disse: “Ave Maria”. Era a oração que escutava constantemente entre seus pais. Em 1564 entrou na Ordem trinitária, e doze anos depois emitiu seus votos religiosos em 28 de outubro de 1572. Estudou filosofia e teologia na universidade de Salamanca de 1573 a 1579. Em 1579 recebeu a ordenação sacerdotal e foi mandado para o convento de Toledo, onde ensinou filosofia e teologia de 1581 até a1587. Dentre seus alunos estava João Batista Rico, que se tornaria reformador da Ordem Trinitária. A partir de 1587 exerceu o ofício de superior conventual em diferentes conventos de sua província; foi também convidado a ser visitador apostólico duas vezes: na Província de Castela e na de Andaluzia e ministro provincial. Foi requisitado pelo rei Filipe II para morar em Madri, onde viveu a partir de 1600. Tornou-se preceptor dos Infantes da Realeza Espanhola e confessor da rainha Isabel de Bourbon. Simão de Rojas estava convencido que para todos serem de Deus como Maria, era preciso tornar-se seus servos, por isso instituiu em 1612 a Congregação dos Escravos do Docíssimo Nome de Maria. Para ele, ser escravo de Maria indicava uma pertença total a ela: “Totus tuus”, para unir-se mais intimamente com Cristo e, nele, pelo Espírito, com o Pai.

WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wen-ceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cris-tãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram preva-lecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtor-nada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu. Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho, impedindo seus pla-nos maldosos e sua perseguição ao povo cristão.

MÁRTIRES DO JAPÃO 1617-1632

Quem são os Beatos Mártires do Japão?
 
Sob a designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867. Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito fran-ciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês. 
Os cinco mártires portugueses Dos treze jesuítas, cinco eram portugueses. São co-nhecidos os seus nomes, a quem a Santa Sé concedeu celebração própria como Memória Facultativa (MF), para a Companhia de Jesus, nos seguintes dias: 
1.- João Baptista Machado, sacerdote, de Angra do Heroísmo, degolado em Omura, a 22 de Maio de 1617 (festa a 22 de Maio: Solenidade na Diocese de Angra e MF na Companhia de Jesus). 
2.- Ambrósio Fernandes, irmão jesuíta, de Xisto ou Sisto, Porto, morto devido a maus tratos na cadeia de Omura a 7 de Janeiro de 1620 (festa a 8 de Junho). 
3.- Francisco Pacheco, sacerdote, de Ponte do Lima, queimado vivo em Nagasáki, a 20 de Junho de 1626 (festa a 20 de Junho: Memória na Diocese de Viana e MF na Companhia de Jesus). 
4.- Diogo de Carvalho, sacerdote, de Coimbra, morto num tanque gelado em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624 (festa a 7 de Julho). 
5.- Miguel de Carvalho, sacerdote, de Braga, queimado vivo em Omura, a 25 de Agosto de 1624 (festa a 25 de Agosto: MF na Arquidiocese de Braga e na Companhia de Jesus).